Domingo, 6 de novembro de 2016
Mariana Tokarnia - da Agência Brasil
Em pleno final de semana de aplicação do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem), a Polícia Federal deflagrou duas operações para reprimir
fraudes no exame: a Operação Jogo Limpo, nos estados do Maranhão, Piauí,
Ceará, Paraíba, Tocantins, Amapá e Pará e a Operação Embuste, em Minas
Gerais.
A
Operação Embuste, deflagrada na tarde de hoje (6), consiste no
cumprimento simultâneo de 28 mandados judiciais, sendo quatro de prisão
temporária, quatro de condução coercitiva, 15 de busca e apreensão e
cinco mandados de sequestro de bens, todos expedidos pela Justiça
Federal de Montes Claros (MG). A investigação foi feita com o auxílio do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep) e do Ministério Público Federal.
De acordo com a PF, os envolvidos nessas negociações criminosas já teriam, neste ano de 2016, fraudado ao menos dois processos seletivos: o vestibular realizado na cidade de Mineiros (GO), ocorrido nos dias 15 e 16 de outubro, e o vestibular destinado à seleção para o curso de medicina, realizado na cidade de Vitória da Conquista (BA), nos dias 22 e 23 de outubro.
O
próximo passo do grupo criminoso seria fraudar o Enem. No decorrer das
investigações, a PF conseguiu identificar o repasse de gabaritos, por
celular, para candidatos situados em diversas partes do país.
Os presos poderão responder, na medida de suas participações, pelos crimes contra a fé pública, o patrimônio, a paz pública, dentre outros delitos. Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 20 anos.
Os presos poderão responder, na medida de suas participações, pelos crimes contra a fé pública, o patrimônio, a paz pública, dentre outros delitos. Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 20 anos.
Já a Operação Jogo Limpo tem como alvo
cumprir 22 mandados de busca e apreensão de pessoas suspeitas de terem
cometido fraude no Enem e que fariam a prova novamente este ano. Segundo
a PF, foram identificadas 22 pessoas que teriam apresentado respostas
suspeitas de fraude, a partir da análise de gabaritos apresentados em
anos anteriores. A identificação foi feita em conjunto com o Inep.
Confirmada
a fraude, os investigados poderão responder pelos crimes de
estelionato, cuja pena é reclusão de um a cinco anos e multa; uso de
documento falso; fraude em certame de interesse público, cuja pena é
reclusão de um a quatro anos e multa; e crime por integrar organização
criminosa, reclusão de 3 a 8 anos e multa.