Segunda, 9 de setembro de 2024
Depois de esperar décadas por um trem de passageiros, três diferentes projetos de integração com o Entorno Sul estão nas pranchetas. Dois sob responsabilidade do governo federal e um da iniciativa privada. Nenhum desses projetos, até agora, tem a participação do Governo do Distrito Federal.
Por Chico Sant’Anna
Nem VLT, nem Trem Regional, nem BRT. A bola da vez, digo, modal da vez, para conectar o Entorno Sul ao Plano Piloto é o Metrô de Alta Velocidade, uma tecnologia usada por chineses, alemães e mais recentemente pela Índia. A proposta, que está desde o ano passado na mesa do Ministério dos Transportes aguardando o seu aceite é denominada Expresso Planalto Central. Semelhante ao Intercity alemão e ao Rapid X da Índia, ela promete conectar o centro de Luziânia ao Noroeste em 28 minutos, com uma paradinha ainda no Aeroporto JK. Essa, contudo, não é a única proposta de transporte ferroviário de passageiros que o governo federal está a analisar.
No cinema, os clássicos do far-west sempre mostraram a presença das ferrovias na chamada corrida para o Oeste. Numa época em que não existia Canal do Panamá, eram elas que iriam conectar Atlântico e Pacifico. Por isso mesmo, vários empreendedores lançaram-se simultaneamente a construir estradas de ferro. Brasília, agora, parece viver momento semelhante. Depois de esperar décadas por um trem de passageiros, três diferentes projetos estão nas pranchetas. Dois sob responsabilidade do governo federal e um da iniciativa privada. Nenhum desses projetos, até agora, tem a participação do Governo do Distrito Federal.