Terça, 3 de junho de 2025
Bolsonarista foi condenada a dez anos de prisão pela invasão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) saiu do Brasil, mas não divulgou em qual país está abrigada. A informação foi dada pela parlamentar em uma entrevista à Rádio Auriverde, na manhã desta terça-feira (3). Ela afirmou que está à procura de tratamento médico.
“Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias, eu vim a princípio buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e agora eu vou pedir para que eu possa me afastar do cargo. Tem essa possibilidade da constituição, acho que as pessoas conhecem um pouco mais essa possibilidade hoje em dia porque foi o que o Eduardo [Bolsonaro] fez também”, afirmou Zamblelli.
Ainda à Rádio Auriverde, a deputada federal disse que pretende se manifestar sobre a política brasileira fora do país. “Me cansei de ficar calada, me cansei de não atender meu público. Nosso país não tem condições de abarcar pessoas que querem falar tanto quanto eu.”
Em abril, Carla Zambelli foi condenada a dez anos de prisão pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, desde então, alegava ter problemas de saúde que a impediriam de cumprir a pena em regime fechado.
Zambelli foi isolada na Câmara dos Deputadas. De extrema-direita, a parlamentar foi rechaçada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que a culpa pela derrota eleitoral de 2022, para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Porte ilegal de arma
Na véspera das eleições de 2022, Carla Zambelli foi flagrada correndo atrás de um homem no centro de São Paulo, apontando uma arma para o rapaz e o ameaçando.
Por conta desse episódio, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na para condenar a deputada federal pelos crimes de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, no dia 25 de março deste ano.
O julgamento foi interrompido após pedido de vista do ministro Kássio Nunes Marques, que deve votar pela absolvição de Zambelli. Caso seja condenada, porém, a pena prevista para o crime é de cinco anos e três meses de reclusão.
Editado por: Nathallia Fonseca