Quinta, 5 de junho de 2025
Após ser condenada a 10 anos de prisão, deputada fugiu e pode ser detida internacionalmente
Brasil de Fato — São Paulo (SP)
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) passou a integrar, nesta quinta-feira (5), a lista vermelha da Interpol. A medida, solicitada pela Polícia Federal, foi autorizada após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretar sua prisão preventiva por descumprimento de ordens judiciais.
A lista de difusão vermelha, cuja inclusão da deputada foi solicitada pela Procuradoria Geral da República (PGR) ainda na terça-feira (3), é uma ferramenta que visa localizar e prender uma pessoa considerada foragida.
Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos e 8 meses de prisão por invadir ilegalmente o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir dados falsos, incluindo um mandado de prisão contra o próprio Moraes. Mesmo assim, deixou o Brasil clandestinamente, cruzando a fronteira com a Argentina por Foz do Iguaçu, segundo apurou a imprensa.
A fuga ocorreu pouco mais de 20 dias após a sentença. O portal G1 afirmou que a parlamentar está na Itália, onde desembarcou em Roma antes de seu nome ser formalmente incluído na lista internacional de procurados. Até a véspera, a assessoria da própria deputada dizia que ela estava na Flórida, nos Estados Unidos.
Na quarta-feira (4), Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República e ordenou a prisão preventiva de Zambelli, destacando o descumprimento reiterado de medidas cautelares e a tentativa de burlar o sistema de Justiça brasileiro.
Em nota, Zambelli acusou o ministro de agir de forma “monocrática” e disse que levará o caso a fóruns internacionais, afirmando ser vítima de “perseguição política.”
Editado por: Nathallia Fonseca
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