Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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terça-feira, 9 de agosto de 2016

MPF/DF vai investigar caso envolvendo Delcídio do Amaral e Edinho Silva

Terça, 9 de agosto de 2016
Do MPF no DF
Ex-senador acusa Edinho Silva de oferecer dinheiro de propina para pagar contas de campanha eleitoral
 
O Ministério Público Federal em Brasília (MPF/DF) requisitou a abertura de inquérito policial para apurar possíveis irregularidades praticadas pelo ex-ministro das Comunicações Edson Antônio da Silva, conhecido como Edinho Silva, pelo Laboratório Farmacêutico EMS S.A e pelo ex-senador Delcídio do Amaral. O caso é decorrente de informações reveladas pelo ex-parlamentar em delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Em Liechtenstein: Documentos revelam que doleiro abriu conta secreta da família de Aécio Neves

Quarta, 16 de março de 2016
Fontes: Por DIEGO ESCOSTEGUY - Tevista Época //// Blog do Sombra
A revista ÉPOCA obteve acesso aos papéis, apreendidos em operação da PF. Conta foi citada por Delcídio do Amaral, na delação homologada no STF, e está sendo investigada pela PGR na Lava Jato - anos atrás, MP chegou a arquivar o caso, sem apurá-lo. ...
 
Na manhã do dia oito de fevereiro de 2007, um comboio da Polícia Federal atravessou sem alarde a avenida Rui Barbosa, no Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Estacionou próximo ao portão de abóboda dourada do edifício residencial Murça, no número 460. Desembarcaram dos carros agentes da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros, a unidade da PF encarregada de investigar esquemas de lavagem de dinheiro. Bateram à porta de um dos confortáveis apartamentos do décimo-terceiro andar. Um casal de senhores atendeu, atônito. Não havia engano: era atrás deles que a PF estava. O octogenário Norbert Muller e sua mulher, Christine Puschmann, eram suspeitos de comandar uma das mais secretas e rentáveis “centrais bancárias clandestinas” do país. Vendiam aos seus clientes um serviço que, por aqui, só eles podiam oferecer: a criação e manutenção, no mais absoluto sigilo, de contas bancárias no LGT Bank, sediado no principado de Liechtenstein, o mais fechado de todos os paraísos fiscais do mundo. Naquela manhã de fevereiro, tanto no apartamento do casal Muller quanto no escritório deles, os agentes e delegados da PF encontraram as provas de que precisavam.
 
Graças à organização minuciosa de Norbert Muller, havia pastas separadas para cada um dos clientes – apenas nos arquivos do apartamento, a PF localizou 75 nomes. Cada pasta apreendida continha extratos bancários de contas, procurações, cópias de passaporte do cliente, contratos, correspondências de Muller com o banco LGT, anotações de valores. ÉPOCA obteve cópia – na íntegra e com exclusividade – dos papéis apreendidos e da investigação da PF. Havia ali pastas com nomes de advogados, médicos, empresários, socialites, funcionários públicos, um ex-deputado e até um desembargador do Rio recém-aposentado. Havia ali, especialmente, uma pasta-arquivo amarela, identificada pela PF nos autos de busca e apreensão pelo número 41. Nela, o doleiro Muller escrevera, a lápis, a identificação “Bogart e Taylor”. Era o nome escolhido por Inês Maria Neves Faria, mãe e sócia do senador Aécio Neves, do PSDB de Minas, então presidente da Câmara dos Deputados, para batizar a fundação que, a partir de maio de 2001, administraria o dinheiro da conta secreta 0027.277 no LGT.

terça-feira, 15 de março de 2016

Delcídio diz que Aécio e Paes agiram em favor do Banco Rural na CPI dos Correios

Terça, 15 de março de 2016
Michèlle Canes e Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
O senador Delcídio Amaral (sem partido/MS), em acordo de delação premiada homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, disse que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria atuado no sentido de maquiar alguns dados obtidos no Banco Rural pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios – comissão da qual Delcídio foi presidente em 2005. Em nota, Aécio Neves negou as acusações de Delcídio.

O ex-candidato tucano à Presidência da República teria sido beneficiado também pelo esquema conhecido como Lista de Furnas – esquema de corrupção e lavagem de dinheiro por meio do qual a estatal Furnas Centrais Elétricas teria abastecido a campanha de políticos do PSDB e do PFL (atual DEM) nas eleições de 2002.

No documento da delação, divulgado hoje (15) pelo STF, Delcídio disse que, segundo um dos operadores dos pagamentos feitos no caso de Furnas, “um dos beneficiários dos valores ilícitos, sem dúvida, foi Aécio Neves, assim como o PP, através de José Janene”. Diz, ainda, que “a diretoria de Furnas anterior à atual [a penúltima] era muito ligada a Eduardo Cunha ” e que, por isso, acredita que ele tinha “comando absoluto” da estatal, recebendo inclusive “vantagens ilícitas” dela. Ex-deputado federal pelo PP do Paraná, morto em 2010, Janene foi condenado dentro da Ação Penal 470, o processo do mensalão.

Delcídio diz que Mercadante ofereceu ajuda financeira para evitar delação

Terça, 15 de março de 2016
Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) entregou ao Ministério Público Federal (MPF) gravação feita por seu assessor Eduardo Marzagão de dois encontros realizados, em dezembro do ano passado, com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e um com a assessora do ministro. As informações constam do Termo de Colaboração Premiada nº 5 firmado entre o senador e o MPF.

De acordo com o documento, após ser informado por Eduardo Marzagão que a famíla de Delcídio passava por problemas financeiros (despesas com advogados), Mercadante teria oferecido ajuda financeira à família de Delcídio para arcar com custos de advogados “por meio de empresa ligada ao PT”. Mercadante teria dito também que intercederia junto aos presidentes do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, e do Senado, Renan Calheiros, no sentido de favorecer a soltura de Delcídio.

Ainda segundo o documento, Delcídio disse que Mercadante teria agido como emissário da presidenta da República, Dilma Rousseff, e, “portanto, do governo”.

Aloizio Mercadante esteve reunido nesta terça-feira com a presidenta Dilma Rousseff, mas deixou o encontro sem falar com a imprensa. A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria do ministro, que informou que Mercadante dará uma entrevista coletiva sobre o assunto nesta tarde.

Lava Jato: Teori Zavascki homologa delação premiada do senador Delcídio do Amaral. Agora é que vai ser um Deus nos acuda! O sujeito conhece quase tudo dos dois lados

Terça, 15 de março de 2016
O ministro Zavascki ainda determinou o fim do segredo de Justiça dos depoimentos concedidos por Delcídio do Amaral. Logo conheceremos o teor desses depoimentos.
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Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator do processo da Operação Lava Jato, homologou o acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para colaborar com as investigações da operação. Segundo a assessoria de comunicação do STF, o ministro determinou ainda a retirada do sigilo do processo, mas ainda não se sabe a extensão da queda do sigilo. A decisão foi assinada pelo ministro Teori ontem (14), mas a informação sobre a homologação foi divulgada somente hoje (15) pelo STF.

A íntegra da decisão do ministro do STF sobre a homologação deve sair no início desta tarde. O acordo de delação foi firmado entre o senador e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para colaborar com as investigações da Lava Jato.

O senador Delcídio do Amaral foi preso no dia 25 de novembro do ano passado depois que Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, entregou ao Ministério Público o áudio de uma reunião na qual Delcídio propunha o pagamento de R$ 50 mil por mês à família e um plano de fuga para o ex-diretor deixar o país, que estava preso em Curitiba. O senador garantia ainda que poderia interferir junto a alguns ministros do Supremo para conseguir um habeas corpus para Nestor Cerveró.

Delcídio foi solto no dia 18 de fevereiro sob condição de se manter em recolhimento domiciliar, podendo deixar a sua residência apenas para ir ao Senado trabalhar e retornando no período noturno. Desde então, ele está de licença médica, devendo retornar ao trabalho no próximo dia 23.
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Leia também: 

Delcídio vai devolver R$ 1,5 mi aos cofres públicos no acordo de delação (Leia a íntegra da delação do ex-líder do governo Dilma no Senado)

quinta-feira, 3 de março de 2016

Revelações do senador: A delação de Delcídio na Lava-Jato

Quinta, 3 de fevereiro de 2016
Da IstoÉ / Blog do Sombra

Revelações do senador à força-tarefa da Lava Jato, obtidas por ISTOÉ, complicam de vez a situação da presidente Dilma e comprometem Lula

Por Débora Bergamasco - revista istoé
Pouco antes de deixar a prisão, no dia 19 de fevereiro, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) fez um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato. ISTOÉ teve acesso às revelações feitas pelo senador. Ocupam cerca de 400 páginas e formam o mais explosivo relato até agora revelado sobre o maior esquema de corrupção no Brasil – e outros escândalos que abalaram a República, como o mensalão. ...
 
Com extraordinária riqueza de detalhes, o senador descreveu a ação decisiva da presidente Dilma Rousseff para manter na estatal os diretores comprometidos com o esquema do Petrolão e demonstrou que, do Palácio do Planalto, a presidente usou seu poder para evitar a punição de corruptos e corruptores, nomeando para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) um ministro que se comprometeu a votar pela soltura de empreiteiros já denunciados pela Lava Jato. 
 
O senador Delcídio também afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha pleno conhecimento do propinoduto instalado na Petrobras e agiu direta e pessoalmente para barrar as investigações - inclusive sendo o mandante do pagamento de dinheiro para tentar comprar o silêncio de testemunhas. O relato de Delcídio é devastador e complica de vez Dilma e Lula, pois trata-se de uma narrativa de quem não só testemunhou e esteve presente nas reuniões em que decisões nada republicanas foram tomadas, como participou ativamente de ilegalidades ali combinadas –a mando de Dilma e Lula, segundo ele. 

Dilma reúne-se com Cardozo e Jaques Wagner após delação de Delcídio

Quinta, 3 de março de 2016
Ana Cristina Campos e Pedro Peduzzi – Repórteres da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff está reunida com o recém-empossado ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, e com o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência, Jaques Wagner, após a divulgação da delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). A reunião não consta da agenda oficial da presidenta.

Segundo a revista Isto É, o senador teria firmado um acordo de delação premiada com a equipe que investiga a Operação Lava Jato e, nos depoimentos, Delcídio do Amaral teria dito que a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

Após a cerimônia de posse na manhã de hoje (3) no Palácio do Planalto, Cardozo disse, momentos após assumir o novo cargo, que o senador Delcídio “não tem nenhuma credibilidade” para fazer qualquer acusação, caso sejam confirmadas informações de que ele tenha feito acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

“Vamos ser francos. Em primeiro lugar, não sei se há realmente uma delação premiada. Se houver, o senador Delcídio, com quem sempre tive excelentes relações, não tem primado por dizer a verdade”, disse Cardozo.

Ele deixou o comando do Ministério da Justiça e assumiu a AGU. “Sinceramente, independentemente do que foi dito, o senador Delcídio, depois de todos os episódios, não tem nenhuma credibilidade para fazer nenhuma afirmação”, acrescentou.

Delcídio do Amaral foi preso pela Operação Lava Jato, após apresentação de uma gravação em que ele oferece R$ 50 mil por mês e um plano de fuga ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, para que Cerveró não firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público. O senador ficou preso por mais de 80 dias. No dia 19 de fevereiro, o senador passou, por determinação judicial, a cumprir o recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga.