Quinta, 8 de setembro de 2011
O deputado distrital Cristiano Araújo (PTB), como
todos sabem, será o próximo secretário de Desenvolvimento Econômico do governo
Agnelo. A sua nomeação para o cargo em determinados momentos encontrou forte
resistência em alguns integrantes do governo. Mas nada que a pressão, a
exigência, do senador Gim Argelo, substituto de Joaquim Roriz no Senado, e que é
também do mesmo partido do distrital, não pudessem afastar. O seu pupilo teria
que ser nomeado. E será.
Mas titio vai ter que sair. Titio é o irmão
caçula da mãe do deputado. Artur Nogueira foi nomeado administrador regional do
Riacho Fundo I no primeiro dia do mandato de Agnelo. Do grupo do ex-governador
Arruda, exerceu o cargo de administrador do Paranoá, conseguindo se equilibrar
no governo interino de Wilson Lima e no mandato-tampão de Rogério Rosso.
Por ser tio do distrital, terá que deixar o
cargo, pois a sua permanência depois da nomeação do sobrinho para secretário de
Desenvolvimento Econômico caracterizaria nepotismo. Como o sobrinho é mais
forte do que o tio, e a quem deve os cargos que ocupou e ocupa no GDF, terá de
ser dispensado da administração do Riacho Fundo I. À vista, então, nova briga
de foice (não há mais martelo aqui pelo GDF) para ver quem vai substituí-lo.
Mas emprego não deverá faltar ao tio. Quem foi
entusiasta da candidatura de Joaquim Roriz, depois da de Dona Wesley, e
conseguiu ser nomeado também no governo Agnelo, é porque tem um santo forte.
Junto com a sua irmã, que é a mãe de Cristiano Araújo, fez campanha para o
sobrinho, claro, mas também para a deputada federal Jaqueline Roriz, aquela que
recentemente escapou da cassação (e nós e Deus sabemos como). Na região de
Santa Maria, por exemplo, a campanha de Cristiano só se preocupava com a
dobradinha Cristiano/Jaqueline Roriz.
Cristiano, o sobrinho, entra.
Foto: site CLDF
Artur Nogueira, o tio, terá que sair.
Foto: Adm. Regional Riacho Fundo I