Do Blog Oficial do Jornal da Tribuna da Imprensa
Helio Fernandes
Helio Fernandes
Foi a sua primeira tentativa de surfar na onda que parecia dominar o mundo. Que provocara a surpreendente vitória de Trump, que as pesquisas dos EUA diziam que "tinha 99% de possibilidades de perder". E que derrotara Le Pen na França, mas mantida o tempo todo nas manchetes.
Com isso,
Doria surgiu do nada para candidato a prefeito da mais importante e populosa
capital do país. E ganhava no primeiro turno. O que acontecia pela primeira
vez, 67 anos depois de Jânio Quadros. Mas não fora vitória dele e sim da tática
e estratégia do governador Alckmin.
Imprensado no PSDB, ainda não totalmente desmoralizado, Aécio Neves seu presidente, não afastado do Senado e sem o pedido de prisão, Alckmin lançou um candidato fora do páreo e levou-o ao vencedor, se consagrando também e se fortalecendo para essa incógnita que é 2018. Mas era apenas o começo de um roteiro que não estava escrito.
Imprensado no PSDB, ainda não totalmente desmoralizado, Aécio Neves seu presidente, não afastado do Senado e sem o pedido de prisão, Alckmin lançou um candidato fora do páreo e levou-o ao vencedor, se consagrando também e se fortalecendo para essa incógnita que é 2018. Mas era apenas o começo de um roteiro que não estava escrito.
Logo
depois da posse, Doria escancarava a ambição: "Não disputarei a
reeleição". Ficava claro que não era nem político nem gestor, se afirmava
apenas como carreirista. No mesmo dia comentei sua declaração de princípios,
concluí o óbvio.
Lógico
que não saltara ou assaltara a vida pública para disputar apenas um mandato de
prefeito. Evidente que se projetava para 2018. O que existiria (suponhamos) nessa
data. Eleição de governador e de Presidente da República. Se encaminha
abertamente para as duas, com natural preferência para a pretensão mais alta.
O gestor
nem se preocupa em aparecer, ou melhor, aparece como doador, DE GRAÇA, de bens
públicos. Como publiquei com exclusividade. Vai entregar o Pacaembu,
Interlagos, 100 praças públicas.
Isso é o
que pode fazer, perdão, desfazer, no pouco tempo que lhe resta. Está entregue à
campanha de 2018, visivelmente presidencial, se atravessando no caminho do
protetor, padrinho, impulsionador para a conquista do primeiro cargo.
É sabido
que ignorância não é virtude. Doria tentar provar que deslealdade não é
demonstração de caráter. E já conseguiu, se articula de todas as maneiras para
enfraquecer Alckmin e tomar o seu lugar. Apesar da falta de constrangimento ao
tomar esse caminho, ainda falta muita coisa para a concretização. Inicialmente
precisa de um partido, apesar de não ser forte recomendação, o PSDB é rigorosamente
de Alckmin, desde 1994 ele está no Bandeirantes.
Ainda
falta muito tempo para definições. O que se pode garantir sem nenhuma dúvida.
Dentro de 7 meses e meio, o cidadão da capital de SP, terá um novo prefeito. O
político e o gestor não se afirmaram, vai embora o carreirista, ainda sem
carreira.
REFIS, O PARAÍSO DO SONEGADOR
É preciso, com urgência, liquidar a generosidade com os que não pagam impostos.
Geralmente poderosos. Não pagam o que devem, investem, obtêm lucros, anos depois
recolhem uma parte com lucros enormes.
Temer e
Meirelles montaram um novo refis. Fizeram os cálculos, recolheriam 13 bilhões.
Mas reduziram 99% das multas e 99% dos juros, o recolhimento ficou em 420
milhões.
Que
desgraça. Dos 13 bilhões sobraram 3%, desistiram, ninguém foi responsabilizado.
Desprezar 99% dos juros e multas, zombaria e desprezo pela comunidade.
TRÊS ASSUNTOS TRÊS EXPLICAÇÕES
1-
Bolsonaro foi condenado em segunda instância, já condenado na primeira. Motivo:
no microfone da Câmara, afirmara que a deputada Maria do Rosario "não
merecia ser estuprada, é muito feia". Nenhuma mulher deve sofrer estupro.
E seu critério sobre beleza, tão precário quanto seu caráter.
Tem que
pagar 10 mil reais de multa, mas isso não prejudica os objetivos eleitorais. É
dano moral, que não soma nem se enquadra na lei da "ficha limpa".
Pode continuar espalhando besteira.
2-O
ex-médico que praticou quase 40 estupros em clientes sedadas e prontas para o
tratamento, teve seu regime de prisão alterado pela quarta vez. Agora foi
beneficiado por um magistrado (?) de fim de semana. Advogados conhecem o caminho
das pedras, recorrem num sábado ou domingo, com plantonistas generosos. O
ex-médico tarado já está na mansão quilométrica e luxuosa dos Jardins.
3- As
televisões por assinatura, sofreram grandes perdas no último ano. Existem mais
de 15 TVs por assinatura, mas três grandes que dominam o mercado: Sky, Directv,
Net perderam em media 1 milhão e meio de clientes cada.
A
assinatura custa 80 reais, portanto 120 milhões todo mês. Estão cansados de exibicionismo de apresentadores, que se divertem mais do que
informam. O cidadão quer informação, e comentário independente. Estão tentando
mudar, mas precariamente.
O IRRESPONSÁVEL TRUMP JÁ ESTA A FAVOR DO RACISMO
Mudou
rapidamente, disse com estardalhaço: "Os dois lados estão errados nessa
questão". O fanfarrão não pode ficar muito tempo na posição correta.
Um presidente da República que não conhece a história do seu país.
O
tremendo racismo tem a mesma idade da República. Os negros são trucidados das
formas mais cruéis. A única solução é estabelecer a igualdade de direitos, não
importa a cor da pele. E punir os criminosos, sejam policiais ou qualquer tipo
de repressor. Contemporizar com NAZISTAS e RACISTAS, é consolidar a
desigualdade e a escravidão
A
essência do trumpismo tem muito de desigualdade.