Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 11 de março de 2010

A Caixa de Pandora e a Satiagraha

Quinta, 11 de março de 2010
Começou. Nélio Machado, advogado do governador preso por tentar subornar uma testemunha do caso Caixa de Pandora, entrou hoje (11/1) com representação na OAB contra o delegado Marcos Ferreira dos Santos, da Polícia Federal. Ele denuncia abuso de poder e violação da lei, pois não consegue falar em sigilo com seu constituinte, o governador apanhado ensacando dinheiro repassado por Durval Barbosa. Ele quer que lhe seja garantido que converse isoladamente com Arruda sem que a porta da sala esteja aberta.
A OAB enviará ofício sobre o assunto a Gilmar Mendes, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), a Fernando Gonçalves (Superior Tribunal de Justiça), relator do processo da Caixa de Pandora, ao presidente do STJ, Cesar Asfor Rocha, ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e ao ministro Luiz Paulo Barreto, da Justiça, a quem a PF é subordinada.
Que o direito do governador, como o direito de qualquer outro preso no Brasil, esteja em cela especial ou no inferno da Papuda, em Brasília, na Lemos Brito, em Salvador, na Urso Branco, no Acre, ou em Bangu, no Rio de Janeiro, deve ser sempre resguardado, garantido.
Mas de pé inchado em pé inchado, de recursos em recurso, de representação em representação, é capaz de a coisa em Brasília acabar como o caso Satiagraha: o acusado solto e o delegado sendo o punido. Como aconteceu com o delegado Protógenes Queiroz, hoje suspenso de suas atividades policiais, e respondendo processo por ter cumprido o dever, arriscado a perder a função pública.