Sábado, 1º de maio de 2010
Do blog Os Inimigos do Rei
Alex Ferraz
1. Fico entre espantado e raivoso quando ouço em rádios e TVs e vejo nos jornais apelos e, mais do que isso, ameaças da Receita Federal a respeito de quem deixou de declarar Imposto de Renda. Nós, pobres coitados assalariados, que já temos o imposto descontado na fonte, e que vamos continuar pagando caríssimo por qualquer mercadoria, até a cervejinha gelada para esquecer os problemas, por termos a taxa de juros mais alta do mundo, temos que correr, esbaforidos, perseguidos por contadores, funcionários da Receita e uma burocracia inominável, para ficarmos quites com o governo.
Quites com um governo que, enquanto nos tortura em busca das últimas moedas lá no fundo do bolso, libera de impostos gigantes da indústria esportiva (como a Nike, para citar apenas um) e um monte de empresas multinacionais bilionárias outras cujos lucros giram em torno do futebol. Isto mesmo: nenhuma empresa ligada à Copa do Mundo no Brasil, desde publicitárias até estações de TV, passando pelas já referidas multis de artigos esportivos, bebidas etc., vai pagar um centavo sequer de imposto neste país entre 2011 e o final da Copa de 2014.
Leia a íntegra do artigo Reflexões de fim de semana
Alex Ferraz
1. Fico entre espantado e raivoso quando ouço em rádios e TVs e vejo nos jornais apelos e, mais do que isso, ameaças da Receita Federal a respeito de quem deixou de declarar Imposto de Renda. Nós, pobres coitados assalariados, que já temos o imposto descontado na fonte, e que vamos continuar pagando caríssimo por qualquer mercadoria, até a cervejinha gelada para esquecer os problemas, por termos a taxa de juros mais alta do mundo, temos que correr, esbaforidos, perseguidos por contadores, funcionários da Receita e uma burocracia inominável, para ficarmos quites com o governo.
Quites com um governo que, enquanto nos tortura em busca das últimas moedas lá no fundo do bolso, libera de impostos gigantes da indústria esportiva (como a Nike, para citar apenas um) e um monte de empresas multinacionais bilionárias outras cujos lucros giram em torno do futebol. Isto mesmo: nenhuma empresa ligada à Copa do Mundo no Brasil, desde publicitárias até estações de TV, passando pelas já referidas multis de artigos esportivos, bebidas etc., vai pagar um centavo sequer de imposto neste país entre 2011 e o final da Copa de 2014.
Leia a íntegra do artigo Reflexões de fim de semana