Quinta, 22 de novembro de 2012
Do MPF
Parlamentares recorrem ao MPF
para que as investigações realizadas pela Comissão Mista Parlamentar de
Inquérito sejam aprofundadas
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel,
recebeu nesta quinta-feira, 22 de novembro, deputados e senadores
integrantes da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) que
investiga indícios de crimes nas relações de Carlos Cachoeira com
agentes públicos e privados. Os senadores Pedro Simon (PMDB/RS),
Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) e Pedro Taques (PDT/MT) e os deputados
Rubens Bueno (PPS/PR) e Ônix Lorenzoni (DEM/RS) entregaram a Roberto
Gurgel uma representação em que pedem a continuidade das investigações
sobre o caso.
A representação é uma reação dos parlamentares ao relatório da CPMI elaborado pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). No documento, que foi entregue aos parlamentares nesta quarta-feira, 21 de novembro, é proposto o indiciamento de 34 pessoas, além da reponsabilização criminal de outras 12 que possuem foro por prerrogativa de função. O relatório pede, ainda, investigações sobre a atuação do procurador-geral da República em relação à investigação que resultou na Operação Vegas, deflagrada pela Polícia Federal. O relatório ainda não é oficial, pois depende de leitura no plenário da Comissão, o que está previsto para ocorrer na próxima semana.
Ao receber dos parlamentares a representação, o procurador-geral da República afirmou que o documento será examinado especialmente em relação à possível relação de seu conteúdo com os fatos que já estão sendo objeto de apuração pelo MPF, especialmente perante a Justiça Federal em Goiás. Gurgel comentou, ainda, a estratégia de investigação adotada pelo MPF, a qual revelou-se bem sucedida. O procurador-geral da República ressaltou que, à época da Operação Vegas, “o quadro que veio ao Ministério Público era diminuto, limitado essencialmente à questão do jogo em Goiás. Mas era perceptível que a investigação era promissora e, por isso mesmo, houve aquele sobrestamento no sentido de permitir que as investigações pudessem ser aprofundadas”. Em seguida, foi deflagrada a Operação Saint Michel, que, conforme declarou Roberto Gurgel, baseou-se em “indícios de crimes de uma amplitude imensamente maior do que aquela daquele momento inicial”.
O senador Pedro Simon declarou que a representação manifesta a desconformidade de parlamentares com o relatório-geral apresentado na CMPI. Ele elogiou os elementos colhidos pelo MPF que chegaram para análise dos parlamentares. “O trabalho que foi levado para o Congresso Nacional pela Procuradoria foi de primeira grandeza. Lá estava provado o nome e a história dos corruptores. Não precisava à CPI fazer demonstrações. Era só pegar o que recebeu e aprofundar. E infelizmente a maioria resolveu esconder, resolveu arquivar”, lamentou o senador. A posição de Pedro Simon é compartilhada pelo senador Pedro Tacques, para quem “a CPMI poderia ter investigado mais”. Na análise de Tacques, “em razão de questões político-partidárias, a CPI não avançou”. Ele advertiu que “a CPI não pode ser um instrumento de perseguições políticas, não pode ser um instrumento de vingança”.
Já o senador Randolfe Rodrigues lembrou o início das investigações do MPF que levaram à instauração da CPMI do Cachoeira, como ficou conhecida a investigação parlamentar. “Nós estamos aqui trazendo a investigação para onde ela começou. E é a essa instituição, o Ministério Público Federal, que tem o dever constitucional de defender a República, de defender a sociedade”, asseverou Randolfe. Ele afirmou ainda considerar que o relatório apresentado pelo deputado Odair Cunha “agride aquele que foi responsável por iniciar o procedimento de investigação. É um relatório retaliatório. É um relatório que busca fazer represália pelo fato de a Procuradoria Geral da República ter cumprido o seu dever que a Constituição impõe”.
A representação é uma reação dos parlamentares ao relatório da CPMI elaborado pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). No documento, que foi entregue aos parlamentares nesta quarta-feira, 21 de novembro, é proposto o indiciamento de 34 pessoas, além da reponsabilização criminal de outras 12 que possuem foro por prerrogativa de função. O relatório pede, ainda, investigações sobre a atuação do procurador-geral da República em relação à investigação que resultou na Operação Vegas, deflagrada pela Polícia Federal. O relatório ainda não é oficial, pois depende de leitura no plenário da Comissão, o que está previsto para ocorrer na próxima semana.
Ao receber dos parlamentares a representação, o procurador-geral da República afirmou que o documento será examinado especialmente em relação à possível relação de seu conteúdo com os fatos que já estão sendo objeto de apuração pelo MPF, especialmente perante a Justiça Federal em Goiás. Gurgel comentou, ainda, a estratégia de investigação adotada pelo MPF, a qual revelou-se bem sucedida. O procurador-geral da República ressaltou que, à época da Operação Vegas, “o quadro que veio ao Ministério Público era diminuto, limitado essencialmente à questão do jogo em Goiás. Mas era perceptível que a investigação era promissora e, por isso mesmo, houve aquele sobrestamento no sentido de permitir que as investigações pudessem ser aprofundadas”. Em seguida, foi deflagrada a Operação Saint Michel, que, conforme declarou Roberto Gurgel, baseou-se em “indícios de crimes de uma amplitude imensamente maior do que aquela daquele momento inicial”.
O senador Pedro Simon declarou que a representação manifesta a desconformidade de parlamentares com o relatório-geral apresentado na CMPI. Ele elogiou os elementos colhidos pelo MPF que chegaram para análise dos parlamentares. “O trabalho que foi levado para o Congresso Nacional pela Procuradoria foi de primeira grandeza. Lá estava provado o nome e a história dos corruptores. Não precisava à CPI fazer demonstrações. Era só pegar o que recebeu e aprofundar. E infelizmente a maioria resolveu esconder, resolveu arquivar”, lamentou o senador. A posição de Pedro Simon é compartilhada pelo senador Pedro Tacques, para quem “a CPMI poderia ter investigado mais”. Na análise de Tacques, “em razão de questões político-partidárias, a CPI não avançou”. Ele advertiu que “a CPI não pode ser um instrumento de perseguições políticas, não pode ser um instrumento de vingança”.
Já o senador Randolfe Rodrigues lembrou o início das investigações do MPF que levaram à instauração da CPMI do Cachoeira, como ficou conhecida a investigação parlamentar. “Nós estamos aqui trazendo a investigação para onde ela começou. E é a essa instituição, o Ministério Público Federal, que tem o dever constitucional de defender a República, de defender a sociedade”, asseverou Randolfe. Ele afirmou ainda considerar que o relatório apresentado pelo deputado Odair Cunha “agride aquele que foi responsável por iniciar o procedimento de investigação. É um relatório retaliatório. É um relatório que busca fazer represália pelo fato de a Procuradoria Geral da República ter cumprido o seu dever que a Constituição impõe”.