Terça, 12 de novembro de 2012
Da Agência Brasil
Da Agência Brasil
Os policiais civis do Distrito Federal decidiram
suspender a greve iniciada há 81 dias, depois que o Tribunal de Justiça
do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) considerou o movimento e
ilegal e determinou o reinício imediato das atividades, sob pena de
cortar o ponto dos manifestantes e multar em R$ 100 mil o sindicato da
categoria.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policias Civis do Distrito
Federal (Sinpol-DF), Ciro de Freitas, os policiais continuarão
mobilizados. “ Isso não significa o fim do movimento. Vamos continuar
com as articulações. A suspensão dará tempo para o retorno das
negociações com o governo”, disse.
Freitas disse que os agentes policiais não têm reajuste salarial
desde 2006. A categoria reivindica aumento de 40%, reestruturação das
carreiras de agente policial, escrivão e papiloscopista, plano de saúde,
devolução de policiais cedidos para atuar como agentes penitenciários
além do aumento do efetivo policial.
“Não temos efetivo suficiente. Os plantões noturnos nas delegacias
funcionam com apenas três policiais. O governo postergou a contratação
para 2014. Ano que vem, na Copa das Confederações vamos trabalhar com o
efetivo que temos”, disse o sindicalista.
O TJDF considerou a greve ilegal pelo descumprimento da manutenção
de 80% do efetivo, mas o presidente do Sinpol contestou a informação.
“Não faltou responsabilidade dos policiais civis. Várias operações foram
mantidas e os plantonistas [ficaram] nas delegacias. Vamos questionar
esses números no recurso”, contou Ciro.
O departamento jurídico do Sinpol recorrerá da decisão ainda nesta
semana. A greve foi suspensa, mas a categoria manteve o estado de greve.
No próximo dia 27, a categoria fará nova assembleia, depois da
apreciação do recurso e não está afastada a possibilidade de voltar a
cruzar os braços.