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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

CELINA LEÃO, presidente afastada da Câmara Legislativa do DF ataca defensor público que acompanhou testemunhas da Operação Drácon

Quarta, 2 de novembro de 2016
POR EDSON SOMBRA/Blog do Sombra - 02/11/2016

Será verdade que na vida nada se cria e tudo se copia?

Parece que sim. Recentemente, o presidente do Senado Federal Renan Calheiros atacou a magistratura ao chamar um juiz federal de “juizeco”. Pegou muito mal. A presidente do Supremo, ministra Carmen Lúcia, reagiu e disse que aonde um juiz for ofendido, ela também estaria sendo ofendida. Agora foi a vez da presidente afastada da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Celina Leão, desferir ataques pessoais a um defensor público. A parlamentar utilizou a tribuna da Câmara Legislativa para ofender, com ataques pessoais, um defensor público que acompanhou as testemunhas que foram ouvidas no Ministério Público do DF, na CPI da Saúde e também no Ministério Público Federal.

A deputada Distrital Celina Leão, desde o início da Operação Drácon reclama do fato de que as testemunhas foram acompanhadas por um defensor da Defensoria Pública do DF, órgão em que já foi acusada de possuir fortes vínculos políticos com o defensor público geral, Ricardo Batista de Sousa. Reclamar da atuação da instituição e do defensor público pode ser até legítimo. Só que a deputada e presidente afastada da Câmara Legislativa, Celina Leão extrapolou os limites da crítica, assim como o fez o senador Renan Calheiros.

Primeiro, em documento emitido em nome da CPI da Saúde, enviou representação ao defensor público geral, pedindo explicações. Usou a estrutura da Câmara Legislativa para atacar os que entendeu serem seus inimigos. Pegou mal! Deveria a nobre parlamentar defender-se dos fatos e do teor das gravações, não atacar os que apenas trabalharam no processo, acompanhando as testemunhas na PROSUS, na CPI da Saúde da CLDF, no MPF e no Ministério Público de Contas do DF.