Terça, 23 de maio de 2017
Caberá à PGR avaliar se pede ao Supremo para
investigar o deputado do PSD. Ele afirmou ao G1 que sua vida pública é
'muito diligente' à 'conduta ética' e que deve se tratar de 'algum
equívoco'.
Por Camila Bomfim, TV Globo/Foto: Metrópoles
Blog do Sombra
As investigações da Polícia Federal (PF) na Operação Panatenaico – que
prendeu na manhã desta terça-feira (23) os ex-governadores José Roberto
Arruda e Agnelo Queiroz – apontam que o deputado federal Rogério Rosso
(PSD-DF) também recebeu dinheiro desviado das obras da reconstrução do
estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Em razão de Rosso ter foro privilegiado como deputado federal, as
apurações envolvendo o deputado do Distrito Federal foram encaminhadas à
Procuradoria Geral da República (PGR). Caberá ao procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, avaliar se pede ao Supremo Tribunal Federal
(STF) para investigar o parlamentar do PSD.
A operação é baseada nas delações premiadas de executivos da
construtora Andrade Gutierrez. Os delatores revelaram que foi montado um
esquema de corrupção para desviar recursos das obras do Mané Garrincha,
que foi uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.
A PF diz que a reforma do estádio pode ter sido superfaturada em cerca
de R$ 900 milhões. A obra, que estava orçada inicialmente em R$ 600
milhões, acabou custando cerca de R$ 1,575 bilhão.
Ao contrário das outras arenas da Copa – que foram financiadas com
recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
– o estádio de Brasília foi reerguido com dinheiro da Terracap, a
empresa pública responsável pela gestão do patrimônio imobiliário do
Distrito Federal.
Ao G1, Rosso afirmou que ainda não foi informado de que é investigado
pela Operação Panatenaico. O nome da operação é uma referência ao
estádio da Grécia antiga Panatenaico, que sediou as competições
anteriores aos jogos olímpicos.
"Não tenho nenhuma informação sobre isso. Muito pelo contrário. Minha
vida pública é muito correta e sempre muito diligente em relação à
legislação e à conduta ética. Deve ser algum equívoco", argumentou o
deputado do DF.