Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 12 de julho de 2019

As estranhas, surpreendentes, contraditórias fases de Moro, como magistrado e ex-magistrado

Sexta, 12 de julho de 2019

Por
Helio Fernandes*

O início foi brilhante. Transformou a Lava Jato, numa réplica eficiente da "mãos limpas" italianas. Conquistou a opinião publica.

Nenhuma concessão. Quem tinha que ser preso, era preso. Quem tinha que ser condenado, era condenado. Em 2 anos era uma referência, seu nome era falado, citado, aplaudido. Construiu a frase badalada: "Continuarei como magistrado, não farei carreira política".

Tudo mudou a partir do tresloucado encontro com o presidenciável Bolsonaro, na casa deste. O candidato mostrou seus trunfos vitoriosos. Se despiu diante do juiz, "só tenho um obstáculo intransponível, não ganho do Lula". E fez a proposta irrecusável:"

Está nas suas mãos torná-lo inelegível, e construir um futuro, passando de simples magistrado a um poderoso personagem de Brasília".

Trocou a proposta em miúdos, aceitou trocar Curitiba por Brasília.

Ia periodicamente as EUA. Os advogados desconfiaram, investigaram, constataram, denunciaram à própria justiça, a PARCIALIDADE de Moro.

Isso há 1 ano, antes do Intercept  ENTERRAR o ex-magistrado, num caixão bem lacrado e fechado. Com seu julgamento pautado para o fim do recesso, (1 de agosto) e fortes possibilidades de ser condenado, desconheceu os limites. Fez nova viagem, (mais uma) aos EUA. Essa urgente e imprescindível, durou apenas 2 dias.

Voltou, pediu  uma estranha licença de 5 dias dos ministérios. Justificativa: "Assuntos pessoais".

PS- Todos concordam: PESSOALÍSSIMOS.

PS2- E podem ARRASTAR e COMPLICAR o capitão.

*Fonte: Da coluna de Hélio Fernandes no Blog Oficial do Jornal da Tribuna da Imprensa.