Domingo, 15 de agosto de 2021
Pardais, secretários boçais e uma crônica de ouro
Janio Ferreira Soares
Assim que amanhece, eles chegam vorazes como as nobres excelências em busca das benesses parlamentares. Falo dos pardais, essa espécie de Centrão das cumeeiras, que em franca maioria partem pra cima da ração sem nenhuma consideração pela minoria composta por ternas rolinhas, pacatos bem-te-vis e um simpático casal de cardeais, cuja mãe, carinhosamente alimentando um filhote pelo bico, toda hora é intimidada por um titeludo que parece ser da bancada evangélica, louco pra denunciar “essa vagabunda da cabeça vermelha corrompendo um de menor!”.
Falando nisso, o velho psiquiatra e criminologista italiano Cesare Lombroso ligou-me do além pra me parabenizar. É que mais uma vez adaptei sua tese pra tentar descobrir se diante de mim havia um boçal e, embora tenha demorado, acertei em cheio. Explico.
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