Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Jango Filho e Rodrigo Rollemberg, união antes inimaginável pode virar realidade

Quarta, 1º de dezembro de 2021
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna


Em 2015, o então governador Rodrigo Rollemberg (PSB) revogou ato de seu antecessor, Agnelo Queiroz (PT), que concedera área no Eixo Monumental para edificar o Memorial da Liberdade e Democracia. O local abrigaria a biblioteca de Jango e todo o acervo sobre o Golpe de 1964. Na ocasião, o filho de Jango, João Vicente Goulart, classificou a decisão do GDF como “ato de covardia do governador Rodrigo Rollemberg”, que teria “cedido a interesses reacionários da cidade”.

Por Chico Sant’Anna
Há 6 anos, uma ruptura inimaginável aconteceu no Planalto Central. As famílias do ex-presidente João Goulart e do ex-presidente do Tribunal Federal de Recursos, Armando Leite Rollemberg, foram parar em cantos opostos. Uma reconciliação pode agora acontecer.

Pra entender o caso, voltemos a 2015. Na ocasião, o então governador Rodrigo Rollemberg (PSB) revogou ato de seu antecessor, Agnelo Queiroz (PT), que concedera área no Eixo Monumental onde já começava a ser erguido o Memorial da Liberdade e Democracia. O local abrigaria a biblioteca de Jango e todo o acervo sobre o Golpe de 1964. Para entender a delicadeza do momento, devemos lembrar que foi João Vicente Goulart – o Jango -, quem designou, em julho de 1963, o patriarca da família, Armando Leite Rollemberg, então deputado federal e Líder do Partido Republicano para ministro do Tribunal Federal de Recursos (transformado pela Constituição de 1988 no Superior Tribunal de Justiça).