Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Corte de imposto não diminuiu preços, e etanol e alimentos sobem mais que inflação

Quinta, 2 de junho de 2022

Diante de um cenário de inflação acelerada, no dia 22 de março o governo tomou a decisão de cortar os impostos de importação do etanol, café, margarina, queijo, macarrão, açúcar e óleo de soja. No entanto, notícia do jornal O Globo desta segunda-feira (30) mostra que a medida que visava conter os preços internos não teve efeito na inflação, com estes mesmos produtos subindo mais que os 1,06% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, em abril. Neste mesmo período, o óleo de soja subiu 8,24%, o macarrão 3,47%, o queijo 2,95% e o etanol 8,44%, por exemplo. (Leia mais em http://glo.bo/3N5IhDR)

Muito mais eficiente que zerar impostos de alimentos em ano de eleições, seria agir para alterar a política de preços de paridade de importação da Petrobras, já que o preço do combustível influencia diretamente em praticamente tudo que é consumido no Brasil devido ao preço do frete. Ou então, interferir na política agrícola e agrária do país, onde o grande agronegócio recebe diversos incentivos e exporta nossos alimentos para seguir lucrando em dólar, enquanto o mercado interno fica desabastecido, com preços caríssimos e famílias passando fome com cada vez mais dificuldade de comprar alimentos básicos.

Somado a tudo isso, ainda temos a política do Banco Central com seus sucessivos aumentos da taxa básica de juros (Selic), que como vemos diariamente, não controlaram a inflação e só serviram para enriquecer banqueiros e explodir ainda mais a dívida pública. Precisamos urgentemente de uma CPI do Banco Central!


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