Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Governo identifica em 10 estados bolsonaristas que financiaram

Segunda, 9 de janeiro de 2022
AGU vai cobrar danos de responsáveis pelo ato terrorista.

20:14 - 9 De Janeiro De 2023

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que foram identificados bolsonaristas que financiaram o golpe em 10 estados, mas não quis adiantar nomes. A Polícia Federal já tem a relação dos contratantes dos ônibus que trouxeram manifestantes de outros estados. Essas pessoas serão chamadas para depor e ajudar a polícia a identificar os financiadores desses atos. Quarenta ônibus foram apreendidos, alguns já saindo de Brasília.

A Advocacia Geral da União (AGU) aguarda os laudos da perícia dos prédios invadidos e depredados. Caberá à AGU cobrar dos responsáveis os danos provocados. Dino lembrou que os terroristas que vandalizaram os prédios públicos são apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Numa análise política é óbvio que nesses anos todos o ex-presidente Jair Bolsonaro e todos aqueles que o seguem dirigiram frequentes palavras contra o Supremo. Palavras têm poder, principalmente quando são de um presidente da República. Vimos que esse discurso frequente nas redes sociais ganhou braços, pernas, tiros e bombas ontem. É como se fosse a migração do universo do ódio nas redes sociais para a vida material”, analisou o ministro da Justiça.

Flávio Dino atribuiu ao Governo do Distrito Federal as responsabilidades dos atos terroristas vistos provocados por bolsonaristas neste domingo na Esplanada dos Ministérios. Segundo ele, a mudança de planejamento das forças de segurança pública do DF foi determinante para possibilitar a invasão e destruição dos prédios públicos.

Dino relatou uma reunião prévia entre forças federais e distritais para acertar o planejamento operacional, no fim da semana, e ficou acertado que os manifestantes não entrariam na Esplanada. “Infelizmente, houve uma avaliação das autoridades locais de que seria possível, na última hora, mudar o planejamento. Esse planejamento foi modificado e isso ensejou que essas pessoas descessem até próximo do Congresso Nacional e, em seguida, o descontrole que vocês viram”, afirmou Dino. Ele evitou dizer que essa mudança de planejamento foi criminosa.