Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Crise humanitária brutal: A OMS/ONU tentam assegurar cuidados a saúde, Paz e vida,

Quarta, 12 de outubro de 2023

Professora Fátima Sousa
Ataque do Hamas a Israel e revide das Forças Armadas israelenses: cerca de 2,5 mil mortos e de 8 mil feridos, oficialmente registrados, apenas nos cinco primeiros dias de guerra; destruição absurda de residências, infraestrutura, escolas, serviços de saúde, com números crescentes a cada dia. Cerca de 150 reféns inocentes (e alguns militares israelenses) nas mãos do Hamas. Bloqueio total na Faixa de Gaza, com 2,1 milhões de pessoas, metade com menos de 20 anos, amontados num território de 350 km2 (41 km x 10 km): Israel suspendeu o abastecimento de água, eletricidade e combustível, não chegam mais nem medicamentos, nem comida, nada. A estupidez e a irracionalidade de um, respondidas igualmente pelo outro. Uma crise humanitária brutal instalada, com promessas de mais destruição, mais feridos, mais mortos. Civis inocentes são as maiores vítimas de ambos os lados.

Os poucos e frágeis serviços de saúde palestinos estão sendo destruídos ou estão sem eletricidade, água, medicamentos, soros, vacinas e insumos cirúrgicos, imprescindíveis para feridos de guerra. A OMS e outras agências da ONU buscam desesperadamente acordos mínimos para assegurar insumos médicos para Gaza. O pessoal de saúde está seriamente ameaçado na sua ação de salvar vidas. A violência não poupa a ninguém. A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA)1, que mantém funcionários e instalações em Gaza, informou que 11 de seus funcionários foram mortos desde o início do conflito, a 7 de outubro2. O Crescente Vermelho já perdeu cinco funcionários. O Brasil enviou aviões da FAB para repatriar brasileiros, a partir de Tel Aviv.

CADERNOS CRIS/FIOCRUZ

Profa Fátima Sousa —Professora associada do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília.

FS/UnB