Quarta, 21 de agosto de 2024
Velocidade de crescimento da população que habita no cinturão formado pelos municípios da Área Metropolitana de Brasília é bem superior à taxa do Distrito Federal. Futuro do Entorno depende da qualidade dos investimentos, notadamente em mobilidade urbana.
Por Chico Sant’Anna
Ao longo de toda existência, Brasília atraiu pessoas de outras regiões e até de outros países, que, juntamente com seu crescimento vegetativo, fizaram a cidade crescer a taxas maiores do que o próprio Brasil. Não por menos, a cidade já é a terceira maior do país, atrás de Rio de Janeiro e São Paulo e à frente de Salvador. O crescimento populacional da Capital Federal reduziu de velocidade. mas a sua atração não. O que mudou foi o destino dos que por aqui chegam. A população das cidades da Área Metropolitana de Brasília — o Entorno — está encorpando em maior rapidez do que o DF.
Na década de 2000 a 2010, a população candanga cresceu a taxas de 2,28%, ao ano. Quase o dobro da velocidade do Brasil, cujo índice ficou foi de 1,17%. Esse comportamento mudou. Segundo o Censo 2022, entre 2010 e 2022, houve uma desaceleração no crescimento populacional no DF. Passou para uma média anual de 0,76%. Já a região contígua não parou de crescer. A Área Metropolitana de Brasília (AMB) teve um crescimento anual de 1,19%. O desafio agora é que esses aglomerados urbanos não sejam eternamente apenas cidades dormitórios.