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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Reforma agrária —Famílias do MST ocupam fazenda de 550 hectares no Entorno do DF

Segunda, 12 de agosto de 2024

Ocupação de fazenda localizada em Buritis (MG), no Entorno do DF, aconteceu na madrugada deste sábado (10) - Foto: MST

Propriedade foi oferecida ao movimento como parte do processo de negociação com o INCRA

Redação
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 12 de agosto de 2024

Cerca de 300 famílias organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Distrito Federal e Entorno (MST-DFE) ocuparam, na madrugada deste sábado (10), a fazenda Gado Bravo, localizada no município de Buritis (MG), no Entorno do DF.

A propriedade possui 550 hectares e foi oferecida ao MST como parte do processo de negociação com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), baseado no decreto 433, que prevê a aquisição de terras para fins de Reforma Agrária.

O novo acampamento foi batizado com o nome "Miguel Caetano", em homenagem ao companheiro do MST assassinado em um conflito na região em 2006. Segundo a organização, a ocupação simboliza "a continuidade da resistência e reforça a importância da Reforma Agrária neste território".

Acampamento foi batizado em homenagem a Miguel Caetano, companheiro do MST morto em conflito na região em 2006 / Foto: MST

O processo de vistoria agronômica já foi concluído e o acordo entre o INCRA e o proprietário foi estabelecido. Agora, cabe ao órgão realizar a aquisição da fazenda e assim finalizar os trâmites necessários que darão mais segurança jurídica às famílias em busca do direito à terra.

De acordo com as direções regionais do MST no noroeste mineiro e no Distrito Federal e Entorno, a ocupação visa responder à demanda das famílias Sem Terra organizadas na região e reposicionar a Reforma Agrária no centro da agenda política.

"É crucial destacar que ainda há milhares de famílias vivendo em acampamentos na região. Portanto, é necessário que o governo federal se mobilize, e fazendo as movimentações necessárias para avançar na criação de novos assentamentos e atender a essas demandas urgentes", cobram.


Edição: Márcia Silva