Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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domingo, 13 de abril de 2025

Mandala: Conheça a técnica usada pelo MST na Venezuela para produzir mais rápido e em espaços menores

Domingo, 13 de abril de 2025

Modelo Mandala é espaço circular com o plantio de diferentes alimentos; no centro, a produção de proteínas


Brasil de Fato 
13.abr.2025
Caracas (Venezuela)

Produzir de maneira rápida para receber famílias em um novo acampamento. A técnica da Mandala é usada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e foi criada para tornar mais eficiente o abastecimento dos assentados que estão chegando para viver em um novo espaço.

Esse modelo de produção consiste em um espaço circular de 576 metros quadrados aproximadamente (24m x 24m). No centro fica a produção de proteínas. Porcos, galinhas ou um tanque para a criação de peixes são opções para esse tipo de produção. Ao redor desse círculo central, outras faixas circulares são formadas para a produção de diferentes alimentos.

A produção inicial é feita de produtos de ciclo curtos, principalmente folhas. Alface, rúcula e couve são os primeiros a serem plantados para colheita e alimentação dos acampados, que complementam essa alimentação com outros produtos trazidos de outros lugares. Depois, a mandala se complementa com outros produtos que vão ampliar o leque de opções alimentícias para as famílias.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Extrema direita e mídia hegemônica usam ‘terrorismo econômico’ para justificar cortes sociais, diz economista

Segunda, 17 de fevereiro de 2025

Do Brasil de Fato
Para Fábio Sobral, convidado do podcast Três por Quatro, oposição traça cenário 'mentiroso' e prejudica população

Play

13.fev.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Marcelo Camargo/Agência Brasil


A extrema direita e a mídia hegemônica pregam um "terrorismo econômico na população", enfatizando o aumento dos gastos públicos e reforçando a ideia de que a economia do Brasil caminha mal. Um cenário "mentiroso para que as pessoas promovam a redução de gastos sociais". Essa é a avaliação de Fábio Sobral, professor de economia da Universidade Federal do Ceará (UFC), e convidado do podcast Três Por Quatro desta quinta-feira (13).

No episódio desta semana, transmitido ao vivo pelo canal do Brasil de Fato no YouTube, os jornalistas Nara Lacerda e José Eduardo Bernardes conversaram com Sobral e Juliane Furno, economista e professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), sobre os gastos e investimentos públicos e os desdobramentos sobre o panorama da saúde econômica brasileira

Furno salienta como "cortar gastos não nos leva ao equilíbrio fiscal" e que eventuais reduções, fruto de medidas de austeridade fiscal, interferem diretamente na vida e bem-estar da população, principalmente nas camadas mais pobres, o que se reflete nos resultados no Produto Interno Bruto (PIB).

"Quando o Brasil entra nessa lógica mais 'austericida' e neoliberal a partir do ano de 2016, culpando a crise econômica pelos excessos, sobretudo de gastos públicos e ativismo estatal, é instituída a lei de Teto de Gastos, que inclusive estava na Constituição e propunha resolver o problema do desequilíbrio fiscal cortando gastos. O resultado foi que o desequilíbrio fiscal aumentou no país", relembra.


Nesse sentido, Sobral explica que o aumento dos gastos públicos, principalmente os voltados a saúde e educação, só reforça como "o governo só ganha se gastar", visto que o investimento na população aquece a economia e reflete no bem-estar social e econômico em todo território nacional. "Na medida em que o governo gasta, ele promove uma espécie de reação em cadeia, onde outros setores começam a produzir e arrecadar tributos", ilustra o professor.

Para Furno, a tentativa de associar despesas sociais a um descontrole financeiro ignora o impacto positivo que esses investimentos geram na economia. "Na verdade, quando se cortam gastos sociais, a arrecadação também cai, porque menos dinheiro circula na economia, afetando diretamente o consumo e a produção", aponta.

Sobral destaca ainda as contradições do governo brasileiro, que aplica parte de seus recursos em títulos da dívida emitidos pelos Estados Unidos. "Nós somos responsáveis por sustentar os gastos do governo americano. Mas eles querem reduzir os gastos com educação na escola pública, no hospital público, entende? O Banco Central comprou títulos da dívida pública americana e esses recursos ajudam a financiar as bombas que caem em Gaza e no sul do Líbano", expõe.

O economista sugere ainda que enquanto o país contribui indiretamente para o financiamento do orçamento dos EUA, que inclui despesas militares, o "Brasil segue com dificuldades para investir em infraestrutura, educação e saúde para a sua própria população".

O impacto da exportação no preço dos alimentos

Além do impacto direto dos investimentos sociais, o preço dos alimentos se tornou um dos principais desafios do governo. A alta constante de itens essenciais, como o café e o arroz, tem sido explicada não apenas por fatores climáticos, mas também por decisões estratégicas do agronegócio. "Há uma opção do agronegócio de exportar mercadorias ao invés de priorizar o mercado interno", analisa Juliane Furno.

Segundo a comentarista, essa decisão resulta em preços elevados para os consumidores brasileiros, pois a produção nacional segue atrelada às cotações internacionais e à valorização do dólar. "A prioridade tem que ser o mercado interno e matar a fome da nossa sociedade", defende a economista.

segunda-feira, 11 de março de 2024

COMIDA NO PRATO —Missão Josué de Castro é lançada no Senado e pretende garantir alimentação para 5 milhões de pessoas

Segunda, 11 de março de 2024

Audiência pública foi presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS) - Geraldo Magela/Agência Senado

Evento reuniu nesta segunda (11) representantes do governo federal, parlamentares e movimentos sociais

Valmir Araújo
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 11 de março de 2024 às 20:16

Com o objetivo de lançar a Missão 'Josué de Castro no combate à fome', o Senado Federal realizou uma audiência pública sobre o tema nesta segunda-feira (11). De acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) e anfitrião do evento, senador Paulo Paim (PT-RS), a intenção é alimentar 5 milhões de pessoas a partir de sistemas alimentares de base familiar, camponesa, agroecológica e solidária.

“Nesse espaço de debate homenageamos aqui Josué de Castro, um visionário que a vida foi dedicada a luta contra a fome e a defesa dos direitos humanos. Ele levantou a bandeira da justiça alimentar em um mundo em que a abundância coexiste com a carência”, explicou Paim ao falar sobre o nome da missão de combate a fome, destacando a importância da obra de Josué, 'Geografia da fome: o dilema brasileiro: pão ou aço'.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, também participou da audiência e fez questão de destacar que o tema da fome é político, sobretudo, porque tem origem na concentração agrária e no histórico escravagista do Brasil. “O tema da fome são raízes históricas e precisamos nos livrar delas, com um sistema que garanta segurança alimentar e seja saudável”, afirmou Teixeira pontuando a importância de diversos programas, como o bolsa família, o plano safra da agricultura familiar e a retomada da reforma agrária, que segundo ele, em 2023 voltou a ser feita por meio do estoque de terras e para este ano será fortalecida com desapropriações.

terça-feira, 6 de junho de 2023

CNJ investiga possíveis irregularidades em fundo da Lava Jato que recebeu R$ 2,66 bilhões

Terça, 6 de junho de 2023

Entidade privada foi lançada para gerenciar valores recebidos em multas e ressarcimentos após investigações na Petrobras

Redação
Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) | 06 de Junho de 2023

Sede do CNJ, em Brasília - Gil Ferreira/Agência CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está investigando possíveis irregularidades em um fundo privado criado em 2019 para gerir recursos obtidos após atuação da operação Lava Jato. O fundo chegou a receber R$ 2,66 bilhões, parte de uma multa aplicada à Petrobras por órgãos americanos.

A GloboNews informou que a investigação do CNJ busca verificar possíveis irregularidades, como desvio de função. A iniciativa foi lançada após um acordo entre a força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) do Paraná e a Petrobras. A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra, e o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu os efeitos do acordo.

Segundo apuração do canal de televisão por assinatura, o CNJ quer saber detalhes sobre a fase de criação do fundo, os valores totais recebidos e a situação atual desse dinheiro, além de investigar possíveis irregularidades na composição e gestão do saldo.

Após a decisão do Supremo, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, houve longo impasse envolvendo a PGR, a União e o Congresso Nacional. A disputa foi encerrada com novo acordo, que destinou os R$ 2,66 bilhões para ações de combate a queimadas na Amazônia e a iniciativas na área de educação. O CNJ vai verificar se o dinheiro foi devidamente empregado nesses destinos.

"Contra a corrupção"

A criação do fundo foi anunciada em março de 2019, pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR). O objetivo declarado era a criação de uma fundação para promover projetos "anti-corrupção". Três anos, antes, os integrantes da Lava Jato no MPF tinham tentado iniciativa semelhante, mas também foram barrados pelo STF.

A iniciativa de 2019 foi ainda pior que tentativas anteriores, segundo juristas ouvidos pelo Brasil de Fato na época. O procurador Marcelo Mascarenhas, integrante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), destacou que a criação do fundo não tinha base legal.

"De repente, o Ministério Público Federal de Curitiba — não foi nem a instituição MPF, foi a operação Lava Jato — por decisão própria, sem legislação autorizando, sem portaria interna delegando a eles esse poder, firmou um acordo internacional constituindo um fundo totalmente fora dos instrumentos de controle democrático", disse na ocasião.

Edição: Nicolau Soares

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

INVESTIGAÇÃO —PF faz busca e apreensão contra 81 bolsonaristas envolvidos em atos golpistas

Quinta, 15 de dezembro de 2022
Bolsonaristas e extrema direita não se conformam com resultado das urnas e defendem golpe /Créditos: Reprodução
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Ação foi determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes

Redação
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 15 de Dezembro de 2022

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou à Polícia Federal (PF) o cumprimento de 81 mandados de busca e apreensão contra envolvidos nos atos golpistas a favor de Jair Bolsonaro (PL). Moraes também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No total, a PF realiza a operação nos estados de Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo. Somente neste último estado, quatro envolvidos já tiveram prisão preventiva decretada. Lá, a PF cumpre 23 mandados nos municípios de Vitória, Vila Vilha, Serra, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim.

Desde o fim do segundo turno das eleições, bolsonaristas bloquearam estradas pelo país contra o resultado que derrotou Jair Bolsonaro, principalmente nesses estados.


O ministro também determinou a suspensão das redes sociais e o bloqueio das contas bancárias de alguns dos envolvidos.

Em 7 de dezembro, Moraes já havia determinado uma multa de R$ 100 mil aos proprietários dos caminhões identificados pelas autoridades de Mato Grosso nas manifestações. Também proibiu a circulação dos veículos e o bloqueio dos documentos. No mês anterior, Moraes também bloqueou a conta bancária de 43 pessoas e empresas suspeitas de envolvimento nos atos.

"Integralmente responsabilizados"

Em seu discurso na última segunda-feira (12), durante a diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e de seu vice, Geraldo Alckmin, Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia prometido que grupos que atentam contra a democracia serão "integralmente responsabilizados".

O discurso durante a cerimônia foi duro ao citar atos golpistas. "Essa diplomação atesta a vitória plena e incontestável da democracia e do Estado de Direito contra os ataques antidemocráticos, contra a desinformação e o discurso de ódio proferidos por diversos grupos organizados que, ja identificados, garanto, serão integralmente responsabilizados para que isso nao retorne nas próximas eleições", disse.

A diplomação, que geralmente é apenas protocolar, desta vez ganhou alto simbolismo e relevância, diante das manifestações antidemocráticas de bolsonaristas nas redes sociais e nas portas de quartéis pelo país.

Veja abaixo:



Edição: Rodrigo Chagas

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

RASPANDO O CAIXA —Petrobras vai pagar mais de R$ 217 bi a acionistas em último ano de governo Bolsonaro

Sexta, 4 de novembro de 2022

Petrobras vira a maior pagadora de dividendos do mundo enquanto reduz investimentos — Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Petroleiros questionam na Justiça os dividendos bilionários e o investimento baixo da estatal

Vinicius Konchinski
Brasil de Fato | Curitiba (PR) | 03 de Novembro de 2022 às 18:21

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (3) que vai pagar mais R$ 43,7 bilhões em dividendos a seus acionistas neste ano. Levando esse valor em consideração, a estatal distribuirá ao todo R$ 217 bilhões a seus investidores só em 2022.

O valor é mais do que o dobro pago referente aos resultados da empresa em 2021: R$ 101,3 bilhões – até aquele momento o maior dividendo da história da companhia. É também cerca de 40 vezes o valor da média de dividendos pagos por ano pela Petrobras de 1995 a 2020: cerca de R$ 5 bilhões em valores nominais (sem correção). Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Dividendos são parte do lucro que empresas distribuem a acionistas.


No caso da Petrobras, a empresa já havia anunciado dois pagamentos de dividendos neste ano: R$ 48,5 bilhões no final do primeiro trimestre, mais R$ 87,8 bilhões no final do segundo trimestre. Com o valor anunciado hoje, chega-se à marca dos R$ 180 bilhões.

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

VÍTIMA DE RACISMO —Renato Freitas é eleito deputado estadual e promete combater “coronéis” no Paraná

Quinta, 6 de outubro de 2022
2022 para Renato Freitas: de vereador cassado a deputado estadual - Foto: Giorgia Prates

Após reviravolta em processo de cassação, candidato do PT foi eleito com quase 58 mil votos

Lia Bianchini
Brasil de Fato | Curitiba (PR) | 06 de Outubro de 2022

“Sejamos realistas, exijamos o impossível.” Com a frase símbolo das revoltas de 1968, Renato Freitas (PT) encerrou sua entrevista ao Brasil de Fato Paraná, poucos dias antes do primeiro turno das eleições.

No domingo (2), Freitas foi eleito para a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), com quase 58 mil votos. Algo que parecia impossível semanas antes: cassado na Câmara de Curitiba, em agosto, o petista estava com seus direitos políticos suspensos por 10 anos. Até que, no final de setembro, uma liminar do Supremo Tribunal Federal restituiu seu mandato e o permitiu concorrer e ser eleito no pleito de 2022.

“Impossível” também é a palavra que repele dos espaços de poder muitas pessoas como Renato Brasil adentro: negro, pobre e da periferia. Como ele mesmo diz “um neguinho sem pai e sem herança, do fundão da periferia, filho da imigrante nordestina, que todo mundo achou que ia virar ladrão e morrer antes dos 20.”

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Sônia Guajajara: São Paulo elege sua primeira deputada indígena; formada em letras e em enfermagem, pós-graduada em educação especial e mestra em Cultura e Sociedade

Segunda, 3 de outubro de 2022

Sonia Guajajara é uma das integrantes da "bancada do cocar", que pretende fazer frente à bancada ruralista no Congresso a partir de 2023 - Reprodução/Facebook

No total, São Paulo elegeu 70 deputados. Guajajara foi eleita com mais de 150 mil votos

Redação
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 02 de Outubro de 2022

São Paulo elegeu, neste domingo (2), a primeira deputada federal indígena. Sônia Guajajara (PSOL) foi eleita para o cargo com 156.695, junto a outros 69 novos parlamentares que irão representar o estado paulista na Câmara dos Deputados.

No Congresso, Guajajara irá somar o coro de parlamentares da esquerda em defesa do meio ambiente e de comunidades indígenas.

No Twitter, a parlamentar eleita comemorou. "São Paulo, nós conseguimos! A primeira mulher indígena eleita como deputada federal por SP vai aldear o Congresso Nacional. Muito, muito obrigada pela confiança! Vamos aldear mentes e corações, e construir um novo Brasil. Seguimos juntes!"

Compromisso de campanha

O material utilizado durante a campanha reforça que a sua grande pauta é “trazer as vozes dos povos originários e historicamente oprimidos e silenciados ao centro do debate político brasileiro: Indígenas, população negra, caiçaras e quilombolas”.

“Suas principais bandeiras são a defesa da Amazônia e da Mata Atlântica, a defesa dos direitos das minorias, o respeito à diversidade e à pluralidade e a reconstrução da democracia no Brasil, que foi tão enfraquecida nos últimos quatro anos.”

Durante a campanha, em carta escrita à população brasileira, Guajajara mirou o agronegócio como uma das facetas da destruição de florestas, com a regularização das invasões de terras públicas e indígenas. “Não podemos aceitar o garimpo com derramamento de mercúrio e outros contaminantes nos rios, com a destruição da floresta, matando os peixes, matando os Yanomami, matando os Munduruku, com a exploração dos trabalhadores e trabalhadoras. O ouro, o diamante, o alumínio, e outros minérios não podem carregar o sangue indígena”, afirma.


Nascida em 1974 na Terra Indígena de Araribóia, no Maranhão, Sônia dedicou a vida para combater a invisibilidade dos povos indígenas. Em cerca de duas décadas de atuação na luta pelos direitos das populações originárias, atuou em diferentes organizações e movimentos, como a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), da qual é coordenadora executiva.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Executivo contratado por setor do Exército que fiscaliza urnas divulga fake news eleitorais

Segunda, 12 de setembro de 2022
Forças armadas dizem que vão fazer apuração paralela; na foto, agentes da Força Aérea transportam urnas - Sgt Batista/ Força Aérea Brasileira

SABOTAGEM
Executivo contratado por setor do Exército que fiscaliza urnas divulga fake news eleitorais

Porta-voz da empresa israelense CySource, Hélio Sant'Ana foi diretor de TI do Palácio do Planalto no governo Bolsonaro

Paulo Motoryn
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 12 de Setembro de 2022

Um dos representantes da empresa israelense CySource no acordo de cooperação técnica firmado com o Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro - setor que vai atuar na fiscalização do processo eleitoral - divulga notícias e pesquisas falsas sobre o processo de votação brasileiro.

O Brasil de Fato localizou pelo menos 7 publicações em que informações enganosas foram compartilhadas por uma conta de Twitter do analista de sistemas Hélio Cabral Sant'ana, ex-diretor de Tecnologia da Informação da Secretaria-Geral da Presidência da República e representante da CySource no acordo com o Exército.


Hélio Cabral Sant'Ana é ligado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele também é irmão de Sérgio Cabral Sant'Ana, ex-assessor do Ministério da Educação no governo de Jair Bolsonaro (PL) e diretor-executivo do Instituto Conservador Liberal (ICL), que é presidido pelo "03", o apelido de Eduardo.

Entre as mentiras e notícias falsas publicadas pelo funcionário da CySource, estão pesquisas eleitorais sem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que fere a legislação, e campanha aberta para Bolsonaro, candidato do Partido Liberal à reeleição. Algumas das publicações foram taxadas como falsas pelo próprio Twitter.

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Alimentos transgênicos: o que são e quais os riscos para a saúde para o meio ambiente

Segunda, 15 de agosto de 2022
O Brasil é o segundo país do mundo que mais cultiva transgênicos, atrás apenas dos Estados Unidos - Unsplash

Sementes transgênicas fazem parte de um pacote de produção que necessita de fertilizantes e agrotóxicos

Brasil de Fato | São Paulo (SP)
 
Introduzidos no Brasil em 2003, os transgênicos são criados com a inserção de uma parte do código genético de uma espécie em outra, com o objetivo de criar na espécie resultante certas características desejadas, como maior crescimento e maior resistência a pragas. A maior parte das sementes transgênicas, desenvolvidas por gigantes mundiais do agronegócio, são protegidas por patentes.

O Brasil é o segundo país do mundo que mais utiliza essa forma de modificação genética na agricultura, ficando atrás somente dos Estados Unidos.

Quase metade da área destinada à agricultura no país tem lavouras transgênicas. De acordo com dados da Consultoria Céleres, mais de 95% da produção nacional de soja vem de sementes transgênicas, seguida pelo algodão e pelo milho, com 89% e 88% de produção geneticamente modificada, respectivamente.

domingo, 7 de agosto de 2022

A que ponto chegamos: uma economia voltada para produção de pobreza

Domingo, 7 de agosto de 2022
                                                                                             Getty Imagens
33 milhões de pessoas passam fome

Brasil de Fato Minas Gerais
Coluna Economia e Democracia
Weslley Cantelmo

Economia está com seus motores direcionados à produção de pobreza

A palavra é “crise”. Mas, não uma crise qualquer. Assola o Brasil uma crise de múltiplas dimensões. Chegamos a 2022 com um quadro caótico, em que, ao mesmo tempo, tudo funciona e nada funciona.

Funciona tudo aquilo que visa o aprofundamento da agenda neoliberal, do sequestro do Estado e do orçamento público, bem como aquilo que fragiliza as instituições democráticas brasileiras. Por outro lado, na direção dos interesses do povo, pouco ocorre, apesar dos esforços e o poder das lutas populares e do senso de solidariedade que regem os movimentos sociais e o cotidiano da vida popular.

domingo, 17 de julho de 2022

NEGLIGÊNCIA —Brasil tem 200 mortes por covid por dia — quase todas evitáveis

Domingo, 17 de julho de 202
A gravidade da situação não vem se refletindo nas políticas públicas relacionadas ao controle da pandemia - Mike Sena / Agência Brasil

Segundo especialista ouvido pelo BdF, vítimas se concentram em grupos vulneráveis, o que gera invisibilização de casos

Thalita Pires
São Paulo | Brasil de Fato | 17 de Julho de 2022

Há duas semanas, o Brasil apresenta, todos os dias, média móvel de mortes diárias de covid-19 maior que 200, com tendência de alta. Nesta sexta-feira (15), por exemplo, o número chegou a 250, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).


Esse montante de óbitos é muito menor do que os registrados em abril de 2021, na pior onda da pandemia. Naquele momento, a média móvel de mortes diárias ultrapassou a marca de 3 mil. Mas, mesmo assim, o país se encontra em um cenário de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave nunca antes registrado.

A dimensão da tragédia do ano passado dificulta a percepção de que o país ainda convive com um patamar recorde de mortes por causas respiratórias, desde que essas informações começaram a ser coletadas. Um levantamento realizado com os dados abertos do InfoGripe/Fiocruz mostra que, entre 2009 e 2019, o Brasil registrou 22.122 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave, uma média de pouco mais de 2 mil mortes por ano. Hoje, o país vê 2 mil óbitos por apenas uma causa – a covid-19 – a cada 10 dias, em média.

Isso mostra que mesmo com o avanço da vacinação, o coronavírus segue sendo muito mais letal do que os vírus que causam gripe, que já circulam no mundo há mais tempo. Agora, essa letalidade está concentrada em grupos específicos: idosos, pessoas imunossuprimidas, crianças menores do que 1 ano e aqueles que, por qualquer motivo, não se vacinaram. Dessa forma, tornam-se mortes "invisíveis".

sábado, 18 de junho de 2022

CULTURA POPULAR —Tradição maranhense, Bumba Meu Boi é celebrado no DF

Sábado, 18 de junho de 2022
Projeto resgata tradições nordestinas e promove ações sociais na região — Foto: Henrique Silva



CULTURA POPULAR
Tradição maranhense, Bumba Meu Boi é celebrado no DF

Festa do Boi de Itapoã acontece neste sábado (18), o evento é gratuito

Cláudia Maciel
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 18 de Junho de 2022

O festejo de batizado do Boi de Itapoã, que já virou tradição cultural na região administrativa do Distrito Federal, acontece neste sábado, 18, a partir das 15 horas.

O evento gratuito reunirá a diversidade de expressões culturais como contação de histórias, tambor de crioula, maracatu, quadrilha, reggae, cine debate e ainda barracas com comidas típicas.

A festa é realizada há 17 anos pela Mestra Eliana Costa que nesta edição conta com o apoio do Instituto Casa da Vila e do projeto Baú das Artes. Eliana conta que o evento começou no projeto de Educação de Jovens e Adultos no Itapoã.

domingo, 12 de junho de 2022

"Mesmo com bloqueio, Cuba avança pois nós somos soberanos", afirma chanceler diplomática

Domingo, 12 de junho de 2022
A especialista do ICAP Tânia Parra Fonseca esteve no estado e conheceu o Instituto de Educação Josué de Castro e o Memorial Luiz Carlos Prestes - Reprodução

Tânia Parra Fonseca integra o Instituto Cubano de Amizade Com os Povos (ICAP) e esteve em rápida passagem pelo estado

Pedro Neves Dias
Brasil de Fato | Porto Alegre | 12 de Junho de 2022

A chanceler diplomática Tânia Parra Fonseca visitou o Brasil durante a última semana do mês de maio. Tânia é integrante do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP). Em rápida passagem pelo Rio Grande do Sul, ela conheceu o Instituto de Educação Josué de Castro (IEJC), em Viamão, à convite da Associação Cultural José Martí. Em Porto Alegre, visitou o Memorial Luiz Carlos Prestes e realizou agenda com o presidente da Assembleia Legislativa do RS, deputado Valdeci Oliveira (PT).

Chanceler diplomática Tânia Parra Fonseca, durante sua visita ao RS / Reprodução

Além do RS, Tânia também visitou outros estados, como Santa Catarina, São Paulo e Pará, conversando com integrantes de movimentos sociais e de instituições amigas de Cuba. Conforme explicou, ela é a especialista principal da equipe Cone Sul, da direção de América Latina e Caribe do ICAP. O Instituto foi fundado em 1962, idealizado por Fidel Castro. "Foi criado para receber os muitos amigos do mundo, no princípio da revolução, que estavam interessados em saber o que se passava em Cuba", explicou.

Ela recordou ainda que, até hoje, a instituição recebe amigos de toda a parte do mundo. Muitos deles vão até a ilha para participar de brigadas de trabalho voluntário, em grupos de diferentes temáticas, de acordo com o interesse dos visitantes.

Confira a conversa realizada por telefone com a chanceler. Em pauta, a situação atual de Cuba, no período pós-pandemia.

Brasil de Fato RS - Gostaríamos que comentasse sobre a atual situação de Cuba. Como estão lidando com o bloqueio econômico, mesmo com a pandemia.

Tânia Parra Fonseca - Nosso país é bloqueado há 60 anos. Lembramos que, desde antes do triunfo da revolução, já havia sanções. Por outro lado, o bloqueio foi instaurado pelo governo Kennedy. Os bloqueios foram reforçados em 1992 pela Lei Torricelli, e depois pela Lei Helms-Burton, no governo Clinton.

segunda-feira, 6 de junho de 2022

24H SEM CONTATO —Após ameaças, jornalista britânico e indigenista da Funai somem durante expedição na Amazônia

Segunda, 6 de junho de 2022 
Indígenas percorreram trajeto e não encontraram vestígios; ambos deveriam ter chegado em cidade no domingo de manhã
Murilo Pajolla
Brasil de Fato | Lábrea (AM) | 06 de Junho de 2022 às 14:10

O repórter Dom Philips (esquerda) e o indigenista Bruno Pereira (direita) - Divulgação/Funai

O indigenista licenciado da Funai Bruno Araújo Pereira e o repórter Dom Philips, colaborador do britânico The Guardian, desapareceram durante uma expedição no Vale do Javari, oeste do Amazonas. Pereira acompanhava o jornalista em uma visita à região, onde comunidades indígenas e ribeirinhas distantes de centros urbanos têm sido alvo de invasões cada vez mais frequentes.

O desaparecimento ocorreu há mais de 24 horas, enquanto eles faziam visitas a ribeirinhos. Neste domingo (5), ambos chegaram por volta das 6h na comunidade São Rafael, onde encontrariam uma liderança local. Sem conseguir localizar o morador, rumaram para a cidade de Atalaia do Norte, mas nunca completaram o trajeto, que deveria durar cerca de duas horas.

A informação foi divulgada nesta segunda-feira (6) em nota assinada pela União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja) e pelo Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi), entidades com as quais Ribeiro atuava em parceria.

:: Omissão da Funai possibilitou invasão de garimpeiros em aldeia no Vale do Javari ::

“Enfatizamos que na semana do desaparecimento, conforme relato dos colaboradores da Univaja, a equipe recebeu ameaças em campo”, diz o comunicado. Outros relatos de intimidação nos últimos dias já haviam sido denunciados pela organização indígena à Polícia Federal (PF), ao Ministério Público Federal (MPF), ao Conselho Nacional de Direitos Humanos e à ONG Indigenous Peoples Rights International.

Equipes da Univaja percorreram minuciosamente o trecho por onde Pereira e Philips deveriam ter passado, “mas nenhum vestígio foi encontrado”, informou a nota. “A última informação de avistamento deles é na comunidade São Gabriel - que fica abaixo da São Rafael - com relatos de que avistaram o barco passando em direção a Atalaia do Norte”, dizem as entidades.

Indigenista denunciou desmonte da Funai

Experiente e profundo conhecedor da região, Bruno Pereira é um indigenista comprometido com a defesa dos povos indígenas e denunciou o desmonte da Funai sob Jair Bolsonaro (PL). “Os servidores estão silenciados, servidores de carreira são retirados de cargos estratégicos. A Funai está sendo tomada por interesses que não são dos índios”, afirmou ao Brasil de Fato em 2019.

:: Após combater mineração ilegal em Terras Indígenas, coordenador da Funai é demitido ::

O jornalista Dom Philips é um proeminente repórter internacional que já trabalhou para o The Washington Post, o New York Times e o Financial Times. No Brasil há mais de uma década, ele vive na Bahia. Entre os colegas, é conhecido pela admiração à Amazônia, para onde foi com objetivo de expor o impacto da atuação de criminosos ambientais.

Ao Brasil de Fato, a Funai respondeu que "está em contato com as forças de segurança que atuam na região e colabora com as buscas". Nas redes sociais, personalidades políticas e ligadas à questão socioambiental manifestaram a preocupação e exigiram empenho na busca pelos desaparecidos.

Leia a íntegra



Edição: Rodrigo Durão Coelho

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

"Carnaval só tem quando tem carnaval de rua", diz pesquisador

Segunda, 28 de fevereiro de 2022

Em entrevista, o professor e pesquisador fala sobre os aspectos culturais e econômicos do carnaval na Bahia

Gabriela Amorim
Brasil de Fato | Salvador (BA) | 28 de Fevereiro de 2022

Miguez observa que o carnaval sempre foi uma arena de conflitos, de disputas entre espaço público e privado. - Divulgação

Em 2022, mais uma vez, não temos carnaval na Bahia por conta das medidas sanitárias necessárias para conter o avanço da pandemia de covid-19. Ainda que seja uma medida justa, existe um impacto da ausência da festa tanto no aspecto econômico quanto cultural para todo o estado, e principalmente para a cidade de Salvador.

O professor Paulo Miguez, pesquisador do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade e do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), defende que, mesmo que aconteçam festas particulares durante estes dias, estas não podem ser consideradas carnaval, mas sim festas com espírito carnavalesco.

Nesta entrevista a seguir, Miguez fala sobre a importância cultural e econômica do carnaval para a Bahia e, principalmente, Salvador; sobre a arena de disputas entre espaço público e privado; sobre este segundo ano sem carnaval.

sábado, 19 de fevereiro de 2022

PLANO PUMA –Em 2019, Argentina realizou exercícios militares prevendo invasão da Venezuela

Sábado, 19 de fevereiro de 2022

Durante a gestão do ex-presidente Mauricio Macri, o exército argentino realizou operativos militares prevendo uma possível invasão à Venezuela - Presidência Argentina


Documentos militares revelam que governo argentino se preparou para um guerra no território venezuelano em 2019

Michele de Mello
Brasil de Fato | São Paulo (SP)
18 de Fevereiro de 2022

Os governos da Argentina e Venezuela acordaram investigar o Plano Puma: exercícios militares realizados em 2019 que previam a invasão do território venezuelano. Uma investigação jornalística revelou que durante a gestão de Mauricio Macri o exército argentino realizou exercícios prevendo uma guerra contra a Venezuela.

O atual chefe do Estado Maior, general Juan Martín Paleo, teria comandado o operativo militar entre abril e julho de 2019. O Partido Comunista da Argentina exige a destituição do general após a revelação do Plano Puma.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Com Bolsonaro, política ambiental chegou ao "fundo do poço", diz ex-presidente do Ibama

Segunda, 7 de fevereiro de 2022

Suely Araújo prevê mais retrocessos até o fim do mandato, mas diz que é possível mudar o rumo do setor a partir de 2023

Brasil de Fato | Lábrea (AM) |
 
"O ano de 2022 me assusta", afirma a especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima (OC) - José Cruz/Agência Brasil

Em janeiro de 2019, o recém-empossado governo de Jair Bolsonaro (PL) começava a colocar em prática a política de anistia a criminosos ambientais que resultaria em recordes de desmatamento da Amazônia e do Cerrado brasileiros.

No cargo desde 2016, a então presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a urbanista, advogada e doutora em Ciência Política Suely Araújo, representava um obstáculo ao plano de desmantelamento da fiscalização ambiental.

“Qualquer governo que entre vai ser melhor que o Bolsonaro em meio ambiente. Sei que sempre há uma maneira de cavar mais no fundo do poço, mas chegamos em um nível que é difícil superar”, afirmou Araújo ao Brasil de Fato, em entrevista disponível na íntegra a seguir.


Alçado a ministro do meio ambiente, Ricardo Salles tentou desmoralizar o Ibama, criando o clima para a substituição de Araújo, que já se preparava para deixar o posto. Por meio do Twitter, sugeriu haver irregularidades - nunca comprovadas - em um contrato de aluguel de caminhonetes. No dia seguinte, a presidente do órgão ambiental se demitiu.

Três anos depois, Araújo atua como especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima (OC), rede de 37 entidades que buscam soluções para a questão climática. Salles, por outro lado, teve que renunciar ao cargo, acusado de envolvimento em um esquema de tráfico internacional de madeira.

“Nunca existiu uma pasta de meio ambiente cuja missão é destruir a própria pasta, que é o que está acontecendo no governo Bolsonaro. Isso é inédito, acho que não tem em nenhum país do mundo”, avalia ex-presidente do Ibama.

sábado, 23 de outubro de 2021

Condenados por ocupar reitoria, estudantes da UFSCar lançam "vaquinha" para pagar indenização

Sábado, 23 de outubro de 2021

A advogada Bibiana Barreto Silveira, que assumiu a defesa dos estudantes, aponta o direito constitucional à livre manifestação, sobretudo por se tratar de uma ocupação pacífica - Wikimedia Commons


Manifestação pedia diálogo e redução do preço do "bandejão", que havia aumentado 122% em 2018

Mariana Lemos
Brasil de Fato | São Paulo (SP)

Corre em terceira instância a sentença dos sete estudantes condenados por liderarem a ocupação da Reitoria da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar no ano de 2018.

Na época, cerca de 50 estudantes ocuparam pacificamente o local por dois dias sob a reivindicação de diálogo para a diminuição do preço das refeições do Restaurante Universitário. O valor havia subido, de uma só vez, de R$1,80 para R$4,00, ou seja, um reajuste de aproximadamente 122%.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Brasil supera 530 mil mortes por covid; país registrou 1.639 mortes nas últimas 24h

Quinta, 8 de julho de 2021
Alex Pazuello/Semcom
Os indicadores seguem elevados, e o Brasil é o país com mais mortes diárias pelo vírus no mundo

O Brasil tem taxa de mortalidade 4,4 vezes superior ao resto do mundo e é o país com mais mortes pelo vírus em 2021

Brasil de Fato, com informações de:
Gabriel Valery Rede Brasil Atual
| 08 de Julho de 2021 às 20:36

O Brasil registrou 1.639 mortos pela covid-19 nas últimas 24 horas. Com o acréscimo, são 530.179 mortos desde o início da pandemia, em março de 2020. Os novos casos reportados hoje – Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador – foram 53.725, totalizando 18.962.762.

Os indicadores seguem elevados, e o Brasil é o país com mais mortes diárias pelo vírus no mundo. Entretanto, a tendência é de queda. A média móvel de mortes, calculada em sete dias, está em 1.441. É a menor desde 5 de março.

O país supera a marca de 530 mil mortos pela covid-19 na mesma data em que é comemorado o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador.

Estudos de membros da comunidade acadêmica mostram que essa tragédia deveria ser menor. O Brasil tem taxa de mortalidade 4,4 vezes superior ao resto do mundo e é o país com mais mortes pelo vírus em 2021.

No centro da maior crise sanitária da história no país, um presidente que nega a ciência, rejeita os fatos, ataca pesquisas e pesquisadores e trabalha contra a proteção dos brasileiros.

Negacionismo

Não são poucos os países que controlaram a pandemia e registram número mínimo de mortes pelo vírus. Nova Zelândia, Australia, Vietnã, Cuba, Uruguai, China entre outros.

Em comum, todos seguiram as orientações da ciência e da Organização Mundial da Saúde (OMS). A receita é conhecida. Isolamento social, testagem em massa, uso de máscaras, rastreio de contágios e, posteriormente, vacinação ágil. Em cada um desses pontos, Bolsonaro seguiu exatamente o caminho oposto.