Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Arremedo

Segunda, 26 de julho de 2010
Foto Gama Livre
 Wilson Lima com a mão na boca.

O presidente da CLDF, deputado Wilson Lima, ficará sabendo hoje (26/7) se a sua candidatura é para valer ou se morre por decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

O TRE deverá julgar hoje a impugnação de sua candidatura à reeleição. Lima, com a confusão da Operação Caixa de Pandora e com a renúncia de Leonardo Prudente ao cargo de presidente da CLDF, conseguiu ser eleito presidente da Câmara com as benções de Arruda. Mais tarde, com as renúncias de Arruda e de Paulo Octávio, chegou ao Buriti.

Governador interino, confiante que ficaria no governo até o final de 2010, se lançou candidato às eleições indiretas para governador. Na véspera do dia das eleições tinha 13 votos, suficientes para garantir-lhes a permanência à frente do governo. Acordou com oito. Na hora da decisão recebeu apenas quatro. Perdeu para Rogério Rosso, candidato do presidente do PMDB Tadeu Filippelli que é um ex-rorizista e ex-arrudista, hoje candidato a vice na chapa do petista Agnelo Queiroz.

Para concorrer à reeleição a deputado distrital Wilson Lima deveria deixar o governo seis meses antes das eleições. Confiou nos colegas deputados e só saiu no dia 19, quando Inêz já era morta. Ultrapassou a data de desincompatibilização, o que fez com que o procurador regional eleitoral requeresse a impugnação da candidatura a distrital.

Tenta agora o presidente da CLDF que o TRE-DF adote uma interpretação que nenhum TRE adota.

Para os advogados de Lima, ele foi vítima de “arremedo” de golpe de Estado.

Se era golpe de Estado as eleições indiretas na CLDF, qual a razão, então, da inscrição da candidatura no tal “arremedo” de golpe de Estado?

Tem cada arremedo!