Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Continua o descalabro na saúde pública de Brasília

Segunda, 16 de agosto de 2010
Mulheres dando a luz em corredores, banheiros e salas de espera (ou de tortura?) dos hospitais públicos de Brasília. Consultas que não se realizam por falta de médicos especialistas. Equipamentos encaixotados na incompetência ou má fé. Medicamentos que nunca são fornecidos pelo estado.

Agulhas e linhas de sutura que tem de ser compradas pelo próprio paciente. Instalações fechadas por falta de condições higiênicas e de operação. Quadro médico insuficiente em razão dos baixos salários que os governantes se dispõem a pagar.  Descaso por todos os lados com os pacientes da rede pública de saúde.

Milhões e milhões de reais do GDF escoando para a rede privada, para onde são enviados muitos pacientes, enquanto equipamentos permanecem ociosos nos hospitais públicos. Coisa estranha, muito estranha.

O Hospital de Santa Maria, privatizado no atendimento, está quase parando.

Agora vem a denúncia de hoje no Correio Braziliense, no Caderno Cidades. A decisão do GDF em gastar R$29 milhões do contribuinte “aplicando” no aluguel de apenas 12 máquinas para filtragem de sangue de doentes renais em UTIs. Com esses recursos daria para se comprar 410 (isso mesmo, 410) equipamentos para hemodiálise.

Esse descalabro todo acontece naquele governo sobre o qual figurinhas carimbadas da política de Brasília e, infelizmente, a maioria dos ministros do STF, resolveram entender que as coisas teriam voltado ao normal, que tudo funcionava bem. É o governo que continua no caos existente no governo Roberto Arruda.  Aliás, não é o governo que está no caos. Quem vive o caos é o contribuinte, é o brasiliense. Nada mudou, nada melhorou.