Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 7 de janeiro de 2012

O governo, o buraco e o imposto

Sábado, 7 de janeiro de 2012
Depois dos estragos provocados pelas chuvas é que o governo do DF acorda para tomar algumas medidas, paliativas, é verdade. Chega a ser vergonhoso como os buracos são tapados pelo GDF. E a coisa se torna mais vergonhosa ainda quando isso ocorre em regiões administrativas como a do Gama.

Os serviços de tapa-buracos nessas regiões são da pior qualidade. Ao invés de realizar o trabalho como deve ser feito, a coisa parece até brincadeira. Brincadeira com o dinheiro dos tributos.
 
A área em volta do buraco deve ser cortada em forma de retângulo ou quadrado, visto que as margens também estão rachadas. Mas o que acontece geralmente? O serviço é feito de maneira superficial, jogando-se asfalto dentro da cratera, rebatendo-o apenas com uma máquina de mão, e mais nada. Normalmente fica aquele “mondrongo” no lugar.
 
Isso traz como consequências as piores coisas, tanto para o cidadão que usa as ruas, seja a pé ou usando carro, como para o contribuinte. Após a primeira chuva depois do “serviço”, o asfalto, que não foi fixado com firmeza, tendo em vista que foi usada uma base estragada, é perdido. Ressurge naquele local uma nova cratera, normalmente maior que a anterior, exigindo assim um novo serviço em curto prazo.
 
Fica claro que só quem ganha com essa manutenção de “cuspe” são as construtoras que realizam as operações tapa-buracos, pois voltam ao mesmo local frequentemente, sugando várias vezes o tributo do cidadão.
 
Ontem (6/1) à noite chovia no Gama. Talvez de dez carros que passavam no chamado Antigo Setor Bancário, pelo menos quatro caiam numa pequena, mas profunda, cratera. Contei cinco carros que tiveram problemas nas rodas (e quem sabe na barra de direção). E veja que tal buraco já está lá há bastante tempo. Mas aquele buraco é apenas um de centenas e centenas de irmãos que existem espalhados pela cidade do Gama.