Quarta, 2 de março de 2011
Do site "Auditoria Cidadã da Dívida"
O Portal UOL mostra que os cortes orçamentários - detalhados ontem –
incluíram a retirada de R$ 2 bilhões da Previdência Social, que estavam
reservados para ressarcir os aposentados que foram prejudicados por
reformas da previdência anteriores. Mesmo que este ressarcimento tenha
sido ordenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ou seja: o pagamento da dívida com os aposentados – já confirmada
pela Suprema Corte do país - pode ficar para depois, mas a questionável
dívida financeira com os grandes rentistas e banqueiros sempre é paga
em dia, ou até antecipadamente ou mesmo com ágio.
No dia seguinte ao detalhamento do corte de R$ 50 bilhões – que
prejudicou a Previdência, servidores públicos, e diversas áreas sociais -
a Presidente Dilma anunciou o aumento do gasto com o Bolsa Família em
R$ 2,1 bilhões, ou seja, um valor equivalente a apenas 4% do corte
detalhado ontem. Confirma-se, portanto, o alerta dado por este boletim no ano passado, no dia 1/11/2010, dia seguinte à eleição:
Destaca-se também na fala da presidente eleita o seguinte trecho: “Mas recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos.” Tal trecho dá a entender que, portanto, pode haver um amplo ajuste fiscal em todas as demais áreas, que não sejam o Programa Bolsa Família e outros gastos focalizados. O ajuste poderia se dar, por exemplo, na Previdência, no funcionalismo público e outros gastos sociais.
Destaca-se também na fala da presidente eleita o seguinte trecho: “Mas recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos.” Tal trecho dá a entender que, portanto, pode haver um amplo ajuste fiscal em todas as demais áreas, que não sejam o Programa Bolsa Família e outros gastos focalizados. O ajuste poderia se dar, por exemplo, na Previdência, no funcionalismo público e outros gastos sociais.
Tal política segue o receituário do Banco Mundial, de continuidade
das políticas neoliberais – principalmente o “ajuste fiscal” – mas com
pequenas concessões focalizadas aos mais pobres, legitimando o sistema, o
que se convencionou chamar de “Novo Consenso de Washington”.
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