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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Agnelo chama para Codeplan ex-assessora de Arruda, Luiz Estevão e Roriz

Quinta, 22 de setembro de 2011
Publicado em "Brasília por Chico Santana"

A cada dia que passa fica mais difícil entender que mudanças efetivamente representam no governo do Distrito Federal a posse de Agnelo Quiroz e sua “turma”. Na campanha, o discurso era de mudanças, embora na “turma” tivessem diversos integrantes envolvidos nos maiores escândalos de corrupção da cidade.

E a relação com as personagens que macularam a imagem da cidade não pararam. Na composição de governo a diversidade seletiva de Agnelo chamou a atenção, pois foi dado espaço a um leque bastante amplo.

A mais nova decisão do governador da mudança é, segundo informa o Correio Braziliense, trazer para sua equipe Ivelise Longhi, que como deputada distrital do PMDB, assumiu o cargo de vice-governadora no mandato tampão de 1 ano e que teve Rogério Rosso (hoje no PSD) como governador, após a crise do Mensalão dos Democratas que levou à renúncia de José Roberto Arruda e Paulo Otávio.
Mas o curriculo de Ivelise é mais antigo: trabalhou na extinta secretaria de Serviços Públicos do governo Roriz, quando a pasta era comandada por José Roberto Arruda. Foi chefe de gabinete, na Câmara Legislativa, do ex-deputado distrital Luiz Estevão – que posteriormente como senador foi cassado por irregularidades nas obras do TRT de São Paulo. Exerceu ainda, a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) no governo Joaquim Roriz/Maria de Lourdes Abadia

Ivelise pode ganhar o troféu teflon, pois transita com muita facilidade de um campo político ao outro, de um segmento partidário ao outro sem ficar com aderências. De Roriz, Arruda, Luiz Estevão à Agnelo.

Isso mesmo, ela, agora,  passa a fazer parte da “Turma de Agnelo”, assumindo o comando da Codeplan – justamente o palco das filmagens de Durval Barbosa (aquelas que mostraram o dinheiro na meia, a oração da propina e as deputadas Jaqueline Roriz e Eurides Britto enchendo a bolsa de dinheiro) e e que desencadearam toda a crise da Caixa de Pandora e do Mensalão do Dem.

Ela seria uma escolha do vice-governador Tadeu Filippelli e vai substituir o policial civil Miguel Lucena, cujo nome circula em diversos blogs da cidade relacionando-o a uma investigação especial do Ministério Público.

Em tempo, segundo informes recebidos, na Emater DF, sem muito alarde, Pedro Passos, isso mesmo, aquele deputado que renunciou por conta de denúncias de grilagem de terra, consegui fazer com que Agnelo nomeasse como diretores os braços de direitos do ícone da grilagem de terra do Distrito Federal.

E o curioso, é que a grande imprensa de Brasília, que tudo sabe, se cala diante de tudo isso.