Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 10 de novembro de 2012

Dilma, a seca e a dívida

Sábado, 10 de novembro de 2012
Foi um festa. Estavam lá todos os governadores nordestinos, ou seus representantes,  ministros, os vice-governadores do Espírito Santos e de Minas Gerais. E, claro, a presidente Dilma. Aconteceu ontem (9/11) em Salvador na 16ª Reunião do Conselho Deliberativo da Sudene.

Dilma anunciou com ar triunfal que resolveria o problema da seca nordestina, e de modo estrutural, com um pacote (Cruz Credo!) de R$1,8 bilhão, valor integrante de um pacote maior de R$3 bilhões para o semiárido daquela região do país.

Ora, façam-me uma batida de água de coco. Vá contar história em outras plagas. Durante o dia em que dona Dilma permaneceu no solo sagrado da minha Bahia os gastos do Brasil com a dívida, a desgraçada dívida, consumiu bem mais do que os tais R$1,8 bilhão. Até 31 de outubro deste ano a dívida consumiu DIARIAMENTE R$2,3 bilhões.

Foram R$709 bilhões de primeiro de janeiro até 31 de outubro, valor correspondente a 48% de todo o gasto federal.

Resumo: O valor prometido ontem pela presidente (prometido porque ainda não liberado) corresponde somente a 76,3% do que o país gasta DIÁRIAMENTE com a dívida.

Festa pra quê?