Quinta, 8 de novembro de 2012
Do site "Brasília por Chico Sant'Anna" Por Rosângela Bittar
O morador de Brasília viu ontem, bestificado de inveja, a mobilização
do ministro da Justiça do governo federal petista, José Eduardo
Cardozo, para levantar-se da cadeira e ir ajudar São Paulo a enfrentar
onda de violência fora do comum. Na capital da República, sede do
governo federal, a violência é extraordinária há muito tempo, a polícia
sumiu das ruas para ocupar cargos administrativos, os sequestros,
assaltos, homicídios chegaram muito perto da Esplanada dos Ministérios,
já atingiram os filhos do poder, sem que a presidente Dilma Rousseff e o
ministro Cardozo esboçassem reação. Nem de medo.
A saúde e o atendimento hospitalar já são folclóricos, tal a situação
de descalabro; a educação anda para trás; o caos nos transportes e no
trânsito deixam perplexos os amantes da racionalidade: sem transporte
público eficiente em quantidade e qualidade, a cidade viu de repente
serem criados corredores de ônibus absolutamente inúteis e vazios
enquanto os carros se espremem em duas faixas das avenidas de acesso às
quadras residenciais, pela direita, para serem multados ao invadir
obrigatoriamente o espaço do ônibus inexistente. Apagões de energia, em
Brasília, são rotina acima da média nacional sem que a companhia de
eletricidade receba investimentos.
Multiplicam-se os problemas de toda ordem, a cada eleição a cidade
vai passando de uma mão à outra, de um escândalo de corrupção a outro,
de Roriz para Arruda, de Arruda para quatro interinos em um ano, dos
quatro para Agnelo, de uma Câmara Legislativa que caiu do chão em que já
se encontrava na Operação Caixa de Pandora para outra já quase 100%
comprometida com os meios e modos do novo governo local.
Agnelo Queiroz foi do PCdoB ao PT para se cacifar para esta
candidatura, ocupou dois cargos federais no governo petista e saiu dos
dois arrastando atrás de si desconfianças que ainda não conseguiu
superar. Já no governo, tem um auxiliar muito próximo, responsável pelo
praticamente único investimento para o qual todo dinheiro produzido no
governo é canalizado – o estádio da Copa – nas denúncias Carlos
Cachoeira.
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