Quinta, 20 de fevereiro de 2014
Leia abaixo a excelente postagem Guardian Notícias sobre o caos no transporte público do DF.
Quando
o GDF assumiu o controle das empresas Viplan, Condor e Lotáxi,
integrantes do Grupo Viplan, que atuaram no DF há 40 anos, boa parte do
brasiliense bateu palmas, achando que ali, acabaria um problema antigo,
que prejudicava milhões de pessoas no dia a dia. A medida, que na época
foi adotada pelo Executivo, passou a gerar várias especulações, entra
elas, que o GDF dava um passo rumo a edificar Brasília na rota das
cidades com bom desempenho no quesito transporte público.
O
episódio inédito, que dava fim ao monopólio de mais de 40 anos do grupo
Viplan, passou a ser o principal assunto na mesa de cada cidadão. Os
jornais da cidade noticiavam cada palavra do governo em relação ao
assunto.
Na
ocasião, Agnelo Queiroz, com um discurso com tom animador, prometeu que
iria dar a população um transportes de qualidade. E a primeira promessa
de Agnelo a época, foi substituir os ônibus velhos, por uma frota
novinha, e realizar as obras do Expresso DF.
No
entanto o que parecia ser um conto de fadas vem se tornando pesadelo.
Isso mesmo! Apesar de o GDF substituir os ônibus velhos por novos, e de
iniciar as obras do Veículo Leve Sob Trilhos (VLP), muito ainda há de
ser feito para acabar com a agonia de milhões de pessoas que utiliza o
sistema publico de transporte.
A tão
sonhada troca de ônibus realizada recentemente pelo GDF, e amplamente
divulgada pela Secretaria de Estado de Publicidade, não condiz com a
real condição de precariedade do transporte, que, a cada dia, vem
deixando milhões de pessoas na mão. O Atual cenário parece desolador.
De um lado, o cidadão, que sofre todos os dias com o descaso. Do outro,
o governo, achando que vem fazendo o seu papel.
O
conflito entre população e governo chamou atenção da Câmara Legislativa,
e fez com que a deputada Celina Leão (PDT) dissesse na última
terça-feira (18), em discurso no plenário, que suas previsões feitas no
ano passado quanto ao transporte público do Distrito Federal se
concretizaram. Segundo ela, o serviço piorou tanto em qualidade como em
quantidade, com redução no número de ônibus em circulação de 3,1 mil
para 2,5 mil.
O
discurso da deputada de que o DF circula com pelo menos 600 ônibus a
menos, tem se confirmado. Basta uma simples volta nas principais Regiões
Administrativas em horário de pico para perceber que o número de
passageiros nas paradas cresceu.
Em são
Sebastião, por exemplo, em um ponto de ônibus onde a capacidade é pra 15
pessoas, um grupo de 40 se agrupam a espera do coletivo.
Além da
falta de ônibus, outra reclamação comum dos passageiros é a falta de
informação quanto aos horários de itinerários. “Eu nunca sei que horas
certa irá passar meu ônibus. Todos os dias ele passa num horário
diferente”, reclama Wander Lima, morador da cidade.
O
DFtrans informou por meio de sua assessoria de comunicação, que já foram
substituída cerca de 70% da frota de ônibus no DF. Ao todo, 1924
ônibus novos já foram entregues a população. Quanto ao questionamento se
haverá aumento da frota, o DFtrans informou que isso não vai acontecer,
pois o governo trabalha para realizar o processo de integração entres
as empresas de ônibus.
Por Jean Marcio Soares
Da Redação do Guardian Notícias