Quarta, 17 de dezembro de 2014
MPDF
A Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de
Saúde (Pró-vida) instaurou procedimento de investigação criminal, no
último dia 15, para investigar a causa da morte de uma criança de 7
anos. Após atendimento negado pelo Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e
pelo Samu, a paciente recorreu a um hospital particular de Ceilândia
onde faleceu horas depois, no dia 9 de dezembro.
Na ocorrência
policial, o padrasto da vítima informou que sua companheira procurou
atendimento médico para a filha, no último dia 8, no HRC, pois a criança
apresentava fortes dores abdominais. No entanto, ela não foi atendida
sob a justificativa de que não havia pediatras naquela unidade de saúde.
No dia 9, o padrasto acionou o Samu, pois a criança permanecia com os
sintomas de dor abdominal e vômito. Contudo, a ambulância não foi
enviada com a alegação de que o caso não seria de urgência. Diante da
gravidade dos sintomas, a mãe da vítima acionou o Samu, pela segunda
vez, obtendo a mesma justificativa. Após as negativas, a criança foi
levada para um hospital particular de Ceilândia e morreu poucas horas
depois.
De acordo com o promotor de Justiça Thiago Gomide Alves, “há
suspeita de que a falta de atendimento inicial pelo Hospital Regional de
Ceilândia e também pelo Samu pode ter contribuído para o agravamento do
quadro de saúde e consequente óbito da menor, por isso são necessários
esclarecimentos complementares”. A Pró-vida vai intimar o padrasto e mãe
da vítima; oficiar o HRC e o Hospital das Clínicas de Ceilândia,
requisitando cópia do prontuário médico; e requisitar ao Instituto
Médico Legal (IML) o laudo cadavérico.