Sábado, 13 de dezembro de 2014
Do Congresso em Foco
Em decisão unânime, o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão arquivou,
nesta semana, denúncia feita pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN), contra o juiz Márlon Reis, um dos idealizadores da Lei
da Ficha Limpa. Henrique Alves entrou com representação contra Márlon
no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), acusando o magistrado de
infringir o Código de Ética da Magistratura com as declarações dadas em
entrevista ao Fantástico sobre a presença de políticos corruptos no
Congresso. Na entrevista, exibida no dia de 8 de junho, o juiz afirma
que, para ser eleito, muitos parlamentares pagam e compram apoio
político e se valem de dinheiro desviado de emendas parlamentares. A
declaração tem como origem o livro O nobre deputado, escrito
pelo próprio Márlon. Na obra, um congressista corrupto fictício – o
deputado Cândido Peçanha – revela suas artimanhas para conquistar e se
perpetuar no poder. Por se tratar de uma questão administrativa, o caso
foi remetido pelo CNJ para o tribunal regional onde ele atua.
Para o juiz, a decisão do TRE-MA de arquivar a reclamação movida
contra ele representa uma vitória da liberdade de expressão. “A decisão
tomada pelo tribunal reafirma a ideia de que a liberdade de expressão só
existe quando possibilita ao cidadão questionar e criticar abertamente o
seu governo. Essa decisão se estende, pois, a todos que desejam e lutam
por reformas profundas na nossa realidade política, servindo de freio
para ações despóticas como essa intentada contra mim”, disse o
magistrado ao Congresso em Foco.
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