Quarta, 17 de maio de 2017
Daniel Isaia - Correspondente da Agência Brasil
A força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público
Federal (MPF) apresentou 74 documentos para serem incluídos no processo
que investiga suposta relação entre o ex-presidente da República Luiz
Inácio Lula da Silva e um apartamento tríplex da OAS Empreendimentos. O
juiz federal Sérgio Moro havia concedido às partes cinco dias, a partir
do interrogatório de Lula, no dia 10 deste mês, para a juntada de novos
documentos à ação.
Dentre os documentos apresentados pelo MPF,
estão registros de reuniões entre o ex-presidente e diretores da
Petrobras, além de manuscritos, panfletos de apartamentos e
cartas-resposta de empresas a questionamentos dos procuradores.
Os
advogados de Lula emitiram uma nota afirmando que os anexos "não provam
nada" contra o ex-presidente. A defesa diz, ainda, que "os papeis
apresentados ontem pelo MPF somente servem para provar que seus membros
têm acesso irrestrito a documentos da Petrobras, ao contrário da defesa
do ex-presidente".
Lula prestou depoimento perante o juiz Sérgio Moro no último dia 10, em Curitiba, e disse que não há provas de que tenha cometido algum crime.
O ex-presidente negou ter conhecimento de pagamento de propina da
empreiteira OAS ao PT e a funcionários da Petrobras e também ter
orientado o ex-presidente da construtora Léo Pinheiro a destruir
eventuais provas do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava
Jato.