Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 30 de junho de 2018

No Gama, aposentado, salário mínimo, diabético. E sem remédio

Sábado, 30 de junho de 2018
Imagine um trabalhador que recebe um salário mínimo de aposentadoria, isto é, em torno de R$900 por mês. E que, no Gama, mora numa "casa de fundos", pagando em torno R$400 reais —e este  valor é por ser inquilino muito antigo. 

Idoso, sofre de diabetes tipo 2, aquele tipo em que o paciente não necessita usar insulina. O remédio, Diamicron, funciona estimulando o pâncreas a liberar insulina no momento correto e na dose certa, o que permite o controle das taxas de açúcar no sangue. O diabetes pode provocar complicações vasculares. Inclusive por isso,  o paciente não deve suspender o uso do remédio.

Mas aposentado, pobre, recebendo apenas um salário mínimo de aposentadoria, como pode ele pagar na farmácia de R$80 a até $120 pelo medicamento? E seus outros gastos, como cobrir, como honrar?

Então o jeito é pegar o remédio na rede pública de saúde. Só que o personagem real dessa história, quase macabra é verdade, tem mais de dois meses que não consegue receber o medicamento nos postos de saúde do Gama. Está sempre em falta.

Deus NÃO permita que, pela falta do medicamento, ele tenha complicações na saúde e seja obrigado a recorrer ao atendimento de urgência no Hospital Regional do Gama (HRG), no Regional de Santa Maria, ou de qualquer outro hospital da rede pública do DF. Deus tenha piedade dele, e de todos os outros pacientes diabéticos que não conseguem o remédio na rede de postos do Gama.

Uma vergonha, essa falta de remédio na rede pública. Não pode ser creditada somente à incompetência da gestão de materiais.