Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 23 de junho de 2018

Nise Chocou: Recusou-se a dar choque

Sábado, 23 de junho de 2018
Em vez de quilos de remédios e eletrochoques, ela preferiu dar tinta, pincel e barro aos pacientes. Fundou o Museu de Imagens do Inconsciente.
Nise da Silveira (Maceió, 15 de fevereiro de 1905 — Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1999) foi uma renomada médica psiquiatra brasileira, aluna de Carl Jung. Dedicou sua vida à psiquiatria e manifestou-se radicalmente contrária às formas agressivas de tratamento de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia.

Enciclopédia Nordeste: Biografia de Nise da Silveira 

FRASES DA DRA. NISE
• "Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou lhes fazer um pedido: Vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas ajuizadas".
• "É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade..."
• “Para navegar contra a corrente são necessárias condições raras: espírito de aventura, coragem, perseverança e paixão.”
• “Todo mundo deve inventar alguma coisa, a criatividade reúne em si várias funções psicológicas importantes para a reestruturação da psique. O que cura, fundamentalmente, é o estímulo à criatividade.”
• “Desprezo as pessoas que se julgam superiores aos animais. Os animais tem a sabedoria da natureza. Eu gostaria de ser como o gato: quando não se quer saber de uma pessoa, levanta a cauda e sai. Não tem papo.”
• “Eu me sinto bicho. Bicho é mais importante que gente. Pra mim o teste é o bicho, se não passar por ele, não tem vez. Freud disse que quem pensa que não é bicho, é arrogante.”
• “Porque passei pela prisão, eu compreendo as pessoas e os animais que estão doentes, pobres, que sofrem. Eu me identifico com eles. Sinto-me um deles.”
• “Só os loucos e os artistas podem me compreender.”