Terça, 16 de outubro de 2018
Do Portal DFemFoco
Por Paulo Tavares
Por Paulo Tavares
Cerca de 180 mulheres participavam do concurso Top Cufa em um shopping. Ofensas foram feitas pelo WhatsApp; Polícia Civil investiga o caso.
É lamentável que ainda exista na humanidade esse tipo de pessoas que se acham superiores a alguem, mal sabe ele que na opinião das maioria das pessoas ele sim é um lixo humano, que merece ser punido com todo o rigor da lei.
Entre as participantes estavam a filha e a nora do jornalista Paulo Tavares que colocou toda a equipe de jornalismo do DF em FOCO empenhada em identificar os responsáveis pelo crime.
O portal DF em FOCO, vem a publico repudiar as mensagens publicadas por esse “lixo Humano”, e nos comprometemos a investigar, denunciar e mostrar a cara desse imbecil. Iremos acompanha de perto as investigações e os desfechos desse fato lamentável
Pra nós se tornou uma questão de honra!
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Modelo selecionada para o concurso de moda Top Cufa DF 2017 na categoria fashion — Foto: Diego Vedita/DivulgaçãoMulheres negras que participavam de um concurso de moda em um shopping de Taguatinga, no Distrito Federal, foram alvos de ofensas racistas em um grupo de WhatsApp neste sábado (13). As mensagens, escritas por três homens, foram fotografadas e publicadas na internet.
Na ocasião, 180 modelos de 16 a 25 anos competiam na primeira seletiva do Top Cufa, um concurso de beleza dedicado a mulheres que vivem nas periferias do Brasil, com enfoque na valorização da negritude. O evento era realizado em um espaço aberto ao público dentro do centro de compras.
Modelos negras são alvo de ofensas racistas nas redes socais no DF
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. A suspeita é de que os autores sejam menores de idade. “Tudo indica que aquele era um grupo de WhatsApp de colégio”, disse a delegada Erica Macedo . “Se for, vamos encaminhar o caso para a Delegacia da Criança e do Adolescente.”
Ofensas racistas
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Em grupo de WhatsApp, homens ofendem mulheres que participavam de concurso de desfile em shopping do Distrito Federal — Foto: Reprodução
Finalistas do concurso de moda Top Cufa DF 2017 na categoria street style — Foto: Diego Vedita/Divulgação
Em seguida, outro, identificado como Muniz, fala em tom jocoso que Alex tirou uma foto do desfile e encaminha a imagem de escravas enfileiradas, com cestas em cima da cabeça. Um deles contesta a “brincadeira” e um quarto, de apelido Dandan, responde:
Em grupo de WhatsApp, homens ofendem mulheres que participavam de concurso de desfile em shopping do Distrito Federal — Foto: Reprodução
Na internet e na delegacia
“O que a Cufa faz é combater o racismo. Não vamos deixar que isso passe impune, que as pessoas achem que isso é normal.”
“Esse fato nos mostra a importância do nosso trabalho que vem articulando diversas atividades em busca de desenvolvimento e promoção da igualdade.”
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Delegacia Especial de Repressão aos crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a pessoa idosa (Decrin) no DF — Foto: GDF/Divulgação
A delegada responsável pela investigação do caso, Erica Macedo, explicou que as ofensas serão interpretadas como racismo e não como injúria racial.
“Eles não atingiram determinada pessoa negra, mas usaram elementos de cor para ofender toda uma coletividade, as mulheres negras de forma geral.”
Até a publicação desta reportagem, os suspeitos não haviam sido identificados.
“Tudo o que está relacionado ao sucesso é um campo em disputa para a população negra”, “O que tem que fazer é parar de rir, parar de naturalizar, e parar de achar que um concurso com mulheres negras é exótico. Elas são a maioria da população.”
O Top Cufa não é exclusivo para mulheres negras, mas para mulheres de periferia. Isso significa que, entre as participantes, há meninas brancas, negras, loiras, crespas, encaracoladas e alisadas.
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Rebeca Soares, vencedora do concurso de moda Top Cufa DF 2017 na categoria street style — Foto: Thiago Sabino/Divulgação
“É triste ver esse tipo de repercussão em um shopping de Taguatinga que foi feito, principalmente, para atender o público da Ceilândia, que é a maior periferia do Distrito Federal”, disse Thábata. “Ali, você vê um público que é compatível com o que estava sendo representado no palco por aquelas mulheres.”