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(Millôr Fernandes)

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Privatização: Aprovada a venda de parte do capital acionário do BRB

Terça, 29 de dezembro de 2029

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna


Comunicado oficial de que a oferta de ações para a venda já foi publicado. Não se sabe, ainda, qual parcela do BRB, que tem um valor de mercado duas vezes superior à CEB, o GDF pretende abrir mão, mas ela pode ultrapassar a um quarto das açoes. Hoje, o GDF possui 75,44% das ações ordinárias, com direito a voto, e 96,85% das ações preferenciais, somando 80,33%, do total. Há também especulações de que ações repassadas em 2017 ao Iprev-DF poderiam entrar na venda.

Por Chico Sant’Anna

A porteira da privatização parece ter sido efetivamente aberta em Brasília pelo governador Ibaneis Rocha. Ele que havia jurado de pés juntos na capanha eleitoral que não venderia estatais do DF. Bem, depois de privatizar a Ceb, de anunciar a privatização da Caesb e do Metrô, chegou a vez da mão de Ibaneis agir sobre o Banco de Brasília – BRB. Enquanto todos estavam concentrados na alegria do Natal, o Conselho de Administração do Banco, cujos nomes contam com a simpatia do governador, autorizou o início dos estudos visando a realização de “follow-on”. Esse complexo nome esconde no economês a informação de que o BRB vai colocar à venda ações e o perfil do controle acionário da empresa pode mudar. Em outras palavras, o Governo do Distrito Federal, principal acionista do Banco, decidiu passar para a iniciativa privada parte de seu patrimônio. O atual valor de mercado do BRB equivale a duas vezes ao valor ofertado na privatização da CEB Distribuição.

A iniciativa é vista como um primeiro passo para privatizar – ou, no mínimo, reduzir a participação do governo no banco. Criado em 10 de dezembro de 1964, o BRB foi considerado, em 2018, a 34ª instituição bancária do país, segundo o site especializado em análise bancária Econoinfo.

Fatia à venda

Não se sabe ainda que parcela do BRB o GDF pretende abrir mão. O governo possui, segundo o site Ivalor, 75,44% das ações ordinárias e 96,85% das ações preferenciais, somando 80,33%, do total. Ação ordinária é aquela que garante o poder de voto a quem a possui, podendo portanto, influir nas decisões da companhia ou até mesmo garantir o controle da operação no caso de compra de 50% das ações mais uma. Já as ações preferenciais, que o GDF possui em maior quantidade, assegura ao seu titular a preferência no recebimento de dividendos, além de normalmente conferir o pagamento de maiores quantias em relação aos detentores de ações ordinárias.

Leia a íntegra clicando aqui

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O Blog Gama Livre sugere que você veja o vídeo abaixo. É da campanha eleitoral de 2018 para governador do DF. Muito elucidativo para quem assiste.