Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Vivemos em um assalto aos cofres públicos

Quarta, 20 de abril de 2022

Da Auditoria Cidadã da Dívida
Um dos mecanismos mais absurdos e responsáveis pelo aumento da dívida pública no Brasil é a remuneração diária da sobra de caixa dos bancos. Esse gasto injustificado é realizado através do abuso das chamadas “operações compromissadas”, que, só em juros, nos custaram mais de R$1 trilhão em dez anos. Se computados também o custo do títulos da dívida pública utilizados, o custo chega a quase R$4 trilhões no período de 2010 a 2021. Imaginem quantos investimentos em saúde, educação e toda a infraestrutura do país poderiam ter sido feitos!

Essas operações são as principais responsáveis pelo rombo no orçamento público e, ainda por cima, provocam elevação das taxas de juros de mercado, amarrando toda a economia, como mostra o Vídeo 19, da campanha “É Hora de Virar o Jogo”.

Em vez de investigar o Banco Central e interromper essa operação, foi aprovado no ano passado o PL 3877/2020, que “legalizou” a remuneração diária aos bancos através da criação do “Depósito Voluntário Remunerado”, isto é, o Banco Central passou a ficar obrigado a pagar juros diários aos bancos sobre o dinheiro que sequer pertence a eles, já que a sobra de caixa que os bancos depositam no Banco Central é o dinheiro de toda a sociedade – que eles deixam de emprestar ao povo a juros baixos pois preferem ganhar os juros fáceis pagos pelo Banco Central!

Por esses e outros motivos é mais que necessária uma CPI para investigar esta política do Banco Central!