Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Eleições: Lições de uma campanha feminista alternativa

Sexta, 30 de setembro de 2022

“É possível romper as barreiras do que está instituído, é possível participar, tomar os espaços e garantir o direito ao livre exercício político feminino e, em especial, das mulheres artistas, das negras, indígenas, ciganas, albinas, etc. Não estou só e nem vou só, vou com todas” : depoimento de uma mulher feminista, enfrentando o grande desafio de se candidatar.


Por Rita Andrade*

Sou mulher, sou mãe, filha , avó. Sou trabalhadora, sou artista, sou cidadã e, no momento, estou candidata a deputada distrital. Não é um acaso, não foi por um estalar de dedos. É a consequência da minha luta desde a adolescência e juventude, quando aprendi que precisava lutar por meu lugar no mundo, por direitos e por voz num cenário competitivo e machista. Minha trajetória na Cultura por décadas me preparou muito também, pois foi mais que um exercício de cidadania e militância. E essa luta e participação na área cultural ocorreu lado a lado com o trabalho, a vida, a realização, a maternidade. Por isso, estar como candidata à Câmara Legislativa do DF é uma responsabilidade que me coloca muito segura, ciente do meu papel como mulher, como cidadã, como candidata capaz de representar a minha categoria.

Acredito que a mulher que quer se colocar como representante da sociedade deve ter em mente de que não será fácil, ainda somos minoria nas instâncias de poder. Mas é possível romper as barreiras do que está instituído, é possível participar, tomar os espaços e garantir o direito ao livre exercício político feminino e, em especial, das mulheres artistas, das negras, indígenas, cigna, albinas, etc. E não estou só e nem vou só, vou com todas. Por isso mesmo, pretendemos evidenciar a urgência da elaboração de mecanismos de segurança e proteção das mulheres, além das outras pautas da nossa candidatura.

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