
Na edição deste ano, o Rock in Rio divulgou nota vetando participação de candidatos nos palcos do evento - Reprodução/YouTube
POLÍTICA IN RIO
Rock in Rio 2022 teve manifestações anti-bolsonarismo em todos os sete dias do festival
Gritos pró-Lula foram registrados em apresentações de Emicida, Maria Rita, Ludmilla e da banda Gilsons
Redação
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 12 de Setembro de 2022
Na mesma toada, a banda de metal Gojira fez um apelo contra a destruição da Floresta Amazônica e de seus habitantes, acelerada no governo do atual presidente. Veja:
Segundo dia (03/09)
Outro grande nome que tocou pela primeira em um Rock in Rio foram os Racionais MC, que homenagearam negros assassinados na canção Negro Drama.
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 12 de Setembro de 2022
A edição 2022 do Rock in Rio entra na história como uma das mais políticas do festival. Em meio a reclamações de falta de estrutura, voz de cantores veteranos e rock na escolha de artistas, o que não faltou foram momentos de rejeição ao bolsonarismo, incluindo até um raro posicionamento da "isentona" Ivete Sangalo.
https://youtu.be/hfV4WRCx0gE
Realizado durante a campanha eleitoral para o pleito de outubro, o festival viu artistas e público realizarem diversas manifestações contrárias ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois são os principais candidatos à Presidência da República.
Gritos pró-Lula foram registrados em apresentações de Emicida, Maria Rita, Ludmilla e da banda Gilsons. Rosângela da Silva, a Janja, esposa de Lula, marcou presença no festival e foi tietada pelo público. Ela vestia uma camiseta em homenagem ao ex-presidente.
A banda Gilsons tocou um jingle clássico da campanha de Lula durante show no palco Sunset do Rock in Rio, no sábado (10). Francisco Gil reproduziu a música em um solo de guitarra e puxou coro do público. Lula reproduziu um vídeo do momento em seu perfil no Twitter.
Na edição deste ano, o Rock in Rio divulgou uma nota sobre o período eleitoral, vetando a participação de candidatos em palcos do evento.
Veja abaixo um resumo do que aconteceu no festival:
Primeiro dia (02/09)
A banda paulistana Ratos do Porão estreou no festival com o baixista Juninho usando uma camiseta do MST. Os estadunidenses do Living Color pediram para o público comparecer às urnas e votar no dia 2, além de dedicaram seu show à memória de Marielle Franco, vereadora do RJ morta a tiros em 2018 em um crime que traz relações com a família do atual presidente.
Na mesma toada, a banda de metal Gojira fez um apelo contra a destruição da Floresta Amazônica e de seus habitantes, acelerada no governo do atual presidente. Veja:
https://youtu.be/ARLmSObYmnQ
Outro grande nome que tocou pela primeira em um Rock in Rio foram os Racionais MC, que homenagearam negros assassinados na canção Negro Drama.
https://youtu.be/LiNyvENciXA
No show de Criolo, público improvisou um coro de "Ei, Bolsonaro, vai tomar no c.", levando o cantor a parar a música Menino Mimado para escutar a plateia. Depois, desejou que o sentimento ouvido se ajudasse a criar um novo amanhã.
Terceiro dia (04/09)
"Tem gente dizendo que não é de bom tom falar de política no palco de festival. Mas, se eu estou vivo aqui, é porque o Racionais decidiu falar de política 30 anos atrás", disse Emicida, após a manifestação espontânea da plateia que você pode ver abaixo:
"Não adianta a gente se amar aqui, ser tudo maravilhoso, esses sete dias de festival, e depois sair daqui e ficar lavando ódio na internet de graça, odiando as pessoas por nada. Porque o Brasil sempre foi um país querido, o país da diversidade. Esse festival abrange todas as coisas: a igualdade, a diversidade, o respeito, o amor", disse o vocalista da banda CPM22, Badauí.
"É isso que a gente precisa nesse país, não ódio. Um festival da cultura, que valoriza a arte. Um país que tem cultura, que valoriza a cultura, não precisa de armas. Porque armas matam as pessoas, certo?", finalizou Badauí
Quinto dia (09/09)
O rapper MD Chefe brincou com o novo apelido do presidente: "Não sei se vocês sabem meu nome, mas para quem não sabe é Tchutchuco", disse ele em seu show no Espaço Favela.
Sexto dia (10/09)
Maria Rita trouxe uma roda de samba para o palco Suntet no sábado. Além da palavra DEMOCRACIA exibida no telão, a plateia puxou coro de Ele, não e a favor de Lula. Veja:
https://youtu.be/RTCI2T5mGgY
Sétimo dia (11/09)
Fechando os sete dias de música, uma surpresa: Ivete Sangalo, conhecida por sua neutralidade política saiu do muro e declarou: "Dia 2 vamos mudar tudo", em referência ao dia da votação do primeiro turno presidencial.
"A gente não precisa de armas, a gente precisa de amor. Deus não acredita na violência, acredita no amor."