Serraglio decide demitir Antônio Costa por
não ter atendido a pedido do líder do governo no Congresso, André Moura,
para nomear 25 pessoas de sua confiança na Fundação Nacional do Índio.
Pressão também foi feita por deputado peemedebista
por Leonel Rocha
Arquivo/Agência Brasil
Serraglio demitiu presidente da Funai por não ter acatado lista de contratação indicada por André Moura
Com o aval do presidente Michel Temer (PMDB), o ministro da Justiça,
Osmar Serraglio (PMDB), decidiu demitir o presidente da Fundação
Nacional do Índio (Funai), Antônio Fernandes Toninho Costa, e
substituí-lo por um representante da bancada ruralista no Legislativo. A
demissão foi exigida pelo líder do governo no Congresso, deputado André
Moura (PSC-SE), porque o presidente da entidade responsável pela gestão
das terras indígenas não a
“A Dilma sabia da dimensão da nossa doação, e sabia que nós éramos quem fazia grande parte dos pagamentos via Caixa Dois para João Santana. Isso ela sabia”, disse o presidente da Odebrecht
Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht, disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Casa Civil Antônio Palocci e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega eram os responsáveis por arrecadar dinheiro à campanha de Dilma Rousseff à Presidência em 2010 e na campanha à reeleição em 2014. De acordo com o empreiteiro, a ex-presidente sabia de doações via caixa dois. Marcelo falou ao tribunal na ação que pode levar à cassação da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) nas eleições de 2014.
O relator da ação no TSE, ministro Herman Benjamin, encaminhou aos demais ministros da Corte um relatório parcial do processo, que está em sigilo e foi revelado na tarde desta quinta-feira (23) pelo site O Antagonista. Em uma parte dos documentos apresentados pela Odebrecht à Procuradoria-Geral da República, uma planilha atualizada até 31 de março de 2014 registra uma doação para o Instituto Lula, em ano eleitoral, no valor de R$ 4 milhões.
Há dois anos o Observatório Social de Brasília tenta ter acesso às planilhas de custo das empresas de ônibus. As informações - públicas - são essenciais para qualquer avaliação sobre tarifas e o "peso" do transporte público no orçamento do DF. Apesar disso, esses dados são protegidos por um sigilo injustificável e ilegal, contra solicitações não só nossas, mas de várias outras entidades e do Conselho de Transparência e Controle Social do DF - órgão nomeado pelo próprio governador Rodrigo Rollemberg.
A quem interessa a falta de transparência? Quem se protege com o segredo em torno dos custos das empresas?
Em depoimento à Polícia Federal já distribuído à Procuradoria-Geral da República, ex-ministro da Cultura acusa presidente da República de pressioná-lo para atender demanda do secretário especial de governo. Oposição já fala em pedir impeachment do peemedebista
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia encaminhou nesta quinta-feira (24) à Procuradoria-Geral da República (PGR) o depoimento em que o agora ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, acusa o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, de pressioná-lo para liberar a obra de um edifício em Salvador (BA), em uma área tombada como patrimônio histórico. No prédio, Geddel possui um apartamento de luxo. No mesmo depoimento, Calero diz que o presidente Michel Temer também o pressionou no sentido de encontrar uma “saída” para a liberação do empreendimento.
Ex-senador afirma que petista loteou a estatal por apoio político, para evitar impeachment e indiciamento do filho e aprovar a CPMF. Nesse caso, segundo ele, negociação teve as “bênçãos” do atual presidente e da cúpula peemedebista. Assista aos depoimentos dele e de Pedro Corrêa, anexados à denúncia do MPF
por Edson Sardinha
Preso por oferecer mesada e rota de fuga para silenciar Cerveró, Delcídio fez delação para atenuar pena
Em depoimentos anexados à denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-presidente Lula, o ex-senador Delcídio do Amaral (MS) e o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) afirmaram que o petista fatiou as diretorias da Petrobras entre os partidos em troca de apoio político. Cassado em maio pelo Senado, Delcídio disse que Lula acomodou o PMDB na estatal para escapar do impeachment do mensalão e proteger seu filho Fábio Luís de um pedido de indiciamento na CPI dos Correios. Foi a partir desse episódio, segundo o ex-líder do PT e do governo Dilma, que o uso da companhia para arrecadar propina ficou “mais escrachada”. “Aí as coisas escancararam mesmo, porque aí era uma máquina operando para atender partidos importantes da base, para garantir a dita governabilidade”, declarou. Delcídio disse que o então presidente concluiu, em 2005, que se não ampliasse o espaço do PMDB na Petrobras não concluiria o seu primeiro mandato. “Quando veio o mensalão, ele (Lula) percebeu, ou ele se arruma ou poderia ser impichado”, afirmou o ex-petista. Para isso, prosseguiu o ex-senador, contou com o apoio do hoje presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Nessa época, o PMDB também passou a dominar o setor elétrico, até então sob comando do PFL, explicou. O ex-petista contou, ainda, que, para aprovar a CPMF, o PMDB da Câmara exigiu o cargo do então diretor da área internacional da estatal, Nestor Cerveró. A negociação, segundo ele, foi intermediada pelo então deputado Fernando Diniz (PMDB-MG), já falecido, com as “bênçãos” do hoje presidente Michel Temer, do atual ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Quando vem a votação da CPMF, o PMDB da Câmara diz assim: ‘Ou vamos ter espaço na diretoria da Petrobras, na diretoria internacional, ou então não passa a CPMF aqui’. Aí, foi negociada a substituição do Nestor. Foi negociada com o deputado Fernando Diniz, já falecido, com as bênçãos de Eduardo Cunha, Temer, na época presidente da Câmara, Geddel”, contou Delcídio. Confira o depoimento de Delcídio:
Leia a íntegra no Congresso em Foco: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/delcidio-envolve-lula-temer-geddel-renan-e-cunha-em-fatiamento-da-petrobras/
Presidente interino confirma a realização de
uma das reuniões no gabinete da Vice-Presidência, que não constou da
agenda oficial, e diz não se lembrar de outros dois encontros citados em
inquérito. Peemedebista afirma ao Globo que empreiteiro anunciou doação
ao partido
O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) organizou ao menos
três encontros do então presidente do grupo Andrade Gutierrez, Otávio
Azevedo, com o então vice-presidente Michel Temer. De acordo com o jornal O Globo,
os encontros não foram registrados na agenda oficial do vice. As
informações, segundo a reportagem, constam de anexo do relatório sobre a
perícia feita pela Polícia Federal em um celular do executivo e foram
incluídos em inquérito da Operação Lava Jato.
Polícia Federal encontra em celular de Léo
Pinheiro, sócio da empreiteira, texto sobre a execução de um
empreendimento na Guiné Equatorial “com a ajuda do Brahma”, como o
petista era chamado pelo empresário. Instituto Lula diz que não comenta
“vazamentos”
Valter Campanato/Agência Brasil
Sócio da OAS se referia a Lula como “Brahma”, apelido que faz referência ao lema “número 1” da cervejaria
Mensagem
encontrada pela Polícia Federal no celular do empreiteiro Léo Pinheiro,
um dos sócios da OAS, diz que o ex-presidente Lula atuou para que a
empresa conquistasse na África o direito de executar uma obra de cerca
de R$ 1 bilhão. No texto, lê-se que a empreiteira obteve a execução de
um empreendimento na Guiné Equatorial “com a ajuda do Brahma” – codinome
com que, segundo interpretação da PF a partir de informações da Operação Lava Jato, Pinheiro se referia ao petista.
Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a mensagem
foi enviada para o celular de Pinheiro em 31 de janeiro de 2013 por
Jorge Fortes, diretor de Relações Institucionais da OAS em Brasília
àquela época. O objetivo do comunicado era que o empreiteiro
conseguisse, por intermédio de um ministro não identificado, que a
presidente Dilma Rousseff colocasse a pedra fundamental em uma estrada
de 51 quilômetros ligando a capital da Guiné, Malabo, a Luba – as duas
principais cidades portuárias do país. Continue lendo
De acordo com Léo Pinheiro, OAS pagou 3%
sobre o valor da obra de construção da Cidade Administrativa, em Minas
Gerais, a um dos principais auxiliares de Aécio. Na época, o senador
tucano era o governador do Estado
O empreiteiro Léo Pinheiro, sócio e ex-presidente da OAS, vai relatar,
com base em documentos, que pagou suborno a auxiliares do então
governador de Minas Gerais, o hoje senador Aécio Neves (PSDB), durante a
construção da Cidade Administrativa. De acordo com matéria publicada
pela Folha na manhã deste domingo (26), trata-se da mais cara
obra do tucano nos oito anos em que permaneceu à frente do Estado
– entre 2003 e 2010.
O relato do empreiteiro sobre o centro administrativo, um complexo
inaugurado em 2010 para abrigar 20 mil funcionários públicos, faz parte
do acordo de delação premiada que está sendo negociado com procuradores
da força-tarefa da Operação Lava Jato de Curitiba e Brasília. A Folha destacou ainda que o acordo ainda não foi assinado. Continue lendo
“Estamos trabalhando nos limites da economia
real, na qual a produção de bens materiais e imateriais é capaz de
transformar qualitativamente as condições de bem-estar do sistema
econômico como um todo e para todos”
Por Gisella Colares
Mestre em Desenvolvimento Econômico, doutora em Desenvolvimento Sustentável e membro da Auditoria Cidadã da Dívida.
O objetivo deste artigo é divulgar nossos estudos sobre a
impossibilidade física dos juros compostos, fazendo um paralelo entre
conceitos fundamentais da Física com a Economia, tendo em vista que a
Economia atua no mundo físico.
Os estudos partem da existência da entropia – parcela de energia
que não pode mais ser transformada em trabalho em certas transformações
termodinâmicas – e em alguns princípios do novo paradigma científico
pós-normal.
Pedidos de abertura de inquérito contra a
presidente, seu antecessor e ministro do STJ têm como base a delação
premiada de Delcídio e parecer contra a nomeação de Lula como ministro,
segundo a Folha de S.Paulo
Ex-ministro da Fazenda aparece em
depoimento prestado por esposa do marqueteiro João Santana, responsável
pelas campanhas de Lula e Dilma. Mônica Moura falou a procuradores
federais para tentar acordo de delação premiada
Wilson Diasa/Agência Brasil
Lava Jato: Guido Mantega é citado como intermediador de caixa 2
A
esposa do marqueteiro João Santana, Mônica Moura, ao negociar acordo de
delação premiada, afirmou em depoimento a procuradores federais de
Brasília que o responsável por intermediar o pagamento de “caixa 2″ para
a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff era o ex-ministro
da Fazenda, Guido Mantega. As informações do jornal O Globo da
manhã desta quinta-feira (21) mostram que, segundo Mônica, Mantega se
reuniu com ela e indicou, mais de uma vez, executivos de empresas que
deveriam ser procurados para que ela pudesse receber as contribuições em
dinheiro, que não passaram por contas oficiais do PT e, por isso, não
foram declaradas à Justiça Eleitoral. De acordo com a publicação,
Mantega reconhece ter se encontrado com Mônica, mas nega a acusação.
A investigada também revelou que na disputa de 2014, pelo menos R$ 10
milhões teriam sido pagos a ela e a João Santana fora da contabilidade
oficial. De acordo com o jornal, Mônica disse aos procuradores que os
pagamentos via caixa 2 não teriam sido prática exclusiva da última
eleição e ocorreram nas campanhas presidenciais pela eleição de Dilma
(2010), e pela reeleição de Lula (2006), além das campanhas municipais
de Fernando Haddad (2012), Marta Suplicy (2008) e Gleisi Hoffmann
(2008).
Segundo a Folha de S. Paulo, ex-presidente
da empreiteira afirmou em delação premiada que grande parte do dinheiro
doado pelo grupo às campanhas de Dilma em 2010 e 2014 era fruto de obras
superfaturadas da Petrobras
A empreiteira Andrade Gutierrez, a segunda maior do país, fez doações
legais às campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT) e de seus aliados
com dinheiro proveniente de obras superfaturadas da Petrobras e do
sistema elétrico. A revelação foi feita pelo ex-presidente da
construtora Otávio Marques de Azevedo em sua delação premiada. O
empresário apresentou ainda uma planilha com os trâmites do esquema à
Procuradoria-Geral da República (PGR). As informações são do jornal Folha de S. Paulo. Continue lendo
Manifestantes pró e contra o impeachment: renda e grau de escolaridade estão entre as principais semelhanças dos dois grupos
Apesar
de ocuparem as ruas por motivos opostos, os manifestantes dos atos a
favor e contra o impeachment em São Paulo apresentam perfis
socioeconômicos similares. É o que aponta o levantamento feito pelo
Datafolha, divulgado hoje (02) no jornal Folha de S.Paulo. Há semelhanças entre os dois grupos em relação à renda e ao grau de escolaridade – ambos superiores à média do município.
A pesquisa foi feita com base nos atos que aconteceram durante o mês
de março. No dia 13, quando foi realizada manifestação pró-impeachment,
77% dos entrevistados disseram ter ensino superior, índice próximo dos
73% que deram a mesma resposta e que estavam no protesto da última
quinta-feira (31), em defesa do governo. A média municipal é de 28%.
Nove governadores, sete ministros, 16
senadores e 54 deputados federais aparecem, nos documentos apreendidos
pela PF, entre os beneficiários de doações da empresa
Análise feita pelo Congresso em Foco nos documentos que
se encontravam em poder do executivo do grupo Odebrecht Benedicto
Barbosa Silva Júnior, apreendidos pela Polícia Federal em fevereiro e divulgados na última quarta-feira
(23), dão uma dimensão impressionante sobre o seu alcance. Os papéis,
entre os quais cópias de planilhas com várias anotações a mão, atribuem
doações eleitorais a três centenas de políticos.
Mas o número de citados é menos expressivo que a sua importância. Se
os citados na papelada formassem, digamos, um “Partido da Odebrecht”,
ele superaria todos os outros em número de governadores (9), teria a
segunda maior bancada no Senado (16) e a terceira na Câmara dos
Deputados (54).
Segundo empresários da Carioca Engenharia,
US$ 3,9 milhões foram repassados ao peemedebista, entre 2011 e 2014, em
troca da liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS para o
projeto do Porto Maravilha, no Rio
Dois delatores da Operação Lava Jato contaram à Procuradoria-Geral da
República que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebia
propina em outras cinco novas contas no exterior. Até o momento, quatro
haviam sido identificadas pelos investigadores fora do país.
De acordo com os empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco
Junior, da Carioca Engenharia, as transferências foram feitas em troca
da liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS para o projeto
do Porto Maravilha, no Rio, em que a empreiteira teve concessão em
consórcio com a Odebrecht e a OAS. As informações são do jornal Folha de S.Paulo. Continue lendo
País ficou em 76º lugar entre os 168
analisados e foi o que apresentou maior queda, perdendo cinco pontos e
sete colocações em comparação com 2014. Para a Transparência
Internacional, alteração de mais de quatro pontos é muito significativa
A Transparência Internacional, coalizão global anticorrupção, lançou hoje (27), em Berlim, a 21ª edição do Índice de Percepção da Corrupção (IPC).
Enquanto a maioria dos países aumentou sua pontuação, o Brasil foi o
que apresentou a maior queda entre os 168 países avaliados, com apenas
38 pontos. A pontuação vai de 0 (considerado o mais corrupto) a 100
(considerado o menos corrupto). O Índice baseia-se em opiniões
especializadas sobre a corrupção do setor público, e tem sua metodologia ancorada em diversos estudos comparativos.
Carlos Fernando dos Santos Lima afirma que
há “dedo do governo” na edição de medidas que beneficiam investigados
pela Operação Lava Jato
Os investigados pela Operação Lava Jato
se beneficiam de medidas aprovadas pelo governo, como as mudanças nas
regras de leniência e a repatriação de recursos ilegais no exterior. É o
que aponta o procurador da força-tarefa, Carlos Fernando dos Santos
Lima, em entrevista ao jornal O Globo. Para ele, há o “dedo do governo” na edição dessas medidas. Continue lendo
Em documento obtido pelo Valor Econômico,
ex-diretor da Petrobras destaca que negociação com estatal de petróleo
angolana serviu para financiar, em até R$ 50 milhões, reeleição do
ex-presidente
Do Congresso em Foco
Documento elaborado pela defesa de Nestor Cerveró, ex-diretor da área
internacional da Petrobras, afirma que a campanha do ex-presidente Lula à
reeleição, em 2006, recebeu propina da Sonangol (estatal angolana de
petróleo) de até R$ 50 milhões. A declaração, obtida pelo jornal Valor Econômico, foi feita antes do acordo de delação premiada, assinado em novembro passado com o Ministério Público Federal. Continue lendo
Investigação
analisou trocas de torpedos entre o empreiteiro Leo Pinheiro e 29 políticos,
alguns ainda no exercício do mandato e com foro privilegiado
Do
Congresso em Foco
Relatório da Polícia Federal (PF) afirma que o ex-presidente
da empreiteira OAS Léo Pinheiro operou esquema de distribuição de dinheiro a
políticos e autoridades. Mensagens em celulares apreendidos pela PF
revelam variados tipos de pedidos e também tornam públicos nomes e expressões
curiosos como “Brigite Bardot” e “Projeto alcoólico”, identificados como
“centros de custo” para repasses a políticos, da base do governo e da oposição
– em troca de “ação, intervenção ou apoio do agente político”. As informações
são do jornal O Globo.
Segundo o relatório da PF, de 204 páginas, na análise das
mensagens também “aparece o pedido ou agradecimento por contribuição em
campanhas eleitorais ou pelo atendimento de outros favores de caráter
econômico”. As informações do documento têm origem em torpedos apreendidos em
dois celulares e em referências feitas pelo empresário a 29 políticos. Entre
eles, segundo o jornal, boa parte ainda no exercício de mandato e com foro
privilegiado.
Numa das mensagens, Newton Carneiro da Cunha, ex-gestor da
Petros, agradece a Léo Pinheiro:
“Caro Léo, Boa Noite, fui empoçado (sic) hoje, pelo Conselho
como Diretor de Investimentos! Quero agradecer o precioso apoio recebido de sua
parte! Obrigado. E me colocar à disposição para dar vazão aos grandes projetos.
Grande Abraço. Newton Carneiro”. O torpedo é de 28 de fevereiro de 2014, data
em que Carneiro foi empossado como diretor de Investimentos da Petros.
“Pela primeira vez o DFTrans espera entender
as planilhas de custos das empresas de ônibus que venceram a licitação
realizada em 2012 e que hoje operam o serviço na capital do país”
Do Congresso em Foco
Rodrigo Chia— Vice-presidente
do Observatório Social de Brasília, servidor público e advogado
Este início de ano poderá oferecer aos brasilienses uma
surpresa tão bem-vinda quanto absurda: pela primeira vez o DFTrans espera
entender as planilhas de custos das empresas de ônibus que venceram a licitação
realizada em 2012 e que hoje operam o serviço na capital do país.
Para ficar claro: o DFTrans é a autarquia responsável por
planejar, controlar e avaliar o transporte público do DF. Apesar disso, em
reunião do Conselho de Transparência e Controle Social (CTCS) no início de
dezembro, representantes do órgão afirmaram, sem esconder o constrangimento,
que os dados de custos referentes a essa licitação são incompreensíveis até
para eles. Ou, na definição de Frederico Martins, chefe de gabinete da
diretoria-geral do DFTrans, “uma incógnita”.