Investigação
analisou trocas de torpedos entre o empreiteiro Leo Pinheiro e 29 políticos,
alguns ainda no exercício do mandato e com foro privilegiado
Do
Congresso em Foco
Relatório da Polícia Federal (PF) afirma que o ex-presidente
da empreiteira OAS Léo Pinheiro operou esquema de distribuição de dinheiro a
políticos e autoridades. Mensagens em celulares apreendidos pela PF
revelam variados tipos de pedidos e também tornam públicos nomes e expressões
curiosos como “Brigite Bardot” e “Projeto alcoólico”, identificados como
“centros de custo” para repasses a políticos, da base do governo e da oposição
– em troca de “ação, intervenção ou apoio do agente político”. As informações
são do jornal O Globo.
Segundo o relatório da PF, de 204 páginas, na análise das
mensagens também “aparece o pedido ou agradecimento por contribuição em
campanhas eleitorais ou pelo atendimento de outros favores de caráter
econômico”. As informações do documento têm origem em torpedos apreendidos em
dois celulares e em referências feitas pelo empresário a 29 políticos. Entre
eles, segundo o jornal, boa parte ainda no exercício de mandato e com foro
privilegiado.
Numa das mensagens, Newton Carneiro da Cunha, ex-gestor da
Petros, agradece a Léo Pinheiro:
“Caro Léo, Boa Noite, fui empoçado (sic) hoje, pelo Conselho
como Diretor de Investimentos! Quero agradecer o precioso apoio recebido de sua
parte! Obrigado. E me colocar à disposição para dar vazão aos grandes projetos.
Grande Abraço. Newton Carneiro”. O torpedo é de 28 de fevereiro de 2014, data
em que Carneiro foi empossado como diretor de Investimentos da Petros.
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