Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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quarta-feira, 10 de abril de 2024

CASO ABERTO 'Jogando em casa', Moro é absolvido no TRE-PR, mas terá cassação julgada no TSE

Quarta, 10 de abril de 2024

Ex-juiz da Lava é acusado de usar pré-candidatura a presidente para depois ser eleito senador em 2022

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
 
Apesar de derrota, acusação vê ação 'fortalecida' com parecer favorável do MPE e dois votos a favor da cassação - Foto: Dálie Felberg/Alep

Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) absolveu nesta terça-feira (9) o senador Sergio Moro (União) e decidiu manter seu mandato no Congresso Nacional. O caso, contudo, não foi encerrado, já que os partidos que acusam o ex-juiz da Lava Jato de abuso de poder econômico nas eleições de 2022 e o próprio Ministério Público Eleitoral (MPE) devem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar tirar Moro do Senado.

Nos bastidores, juristas que acompanharam o julgamento no TRE-PR consideram que ele acabou absolvido pois "jogou em casa". Foi julgado no Paraná, sua base eleitoral, e por membros do Judiciário paranaense – ex-colegas de profissão de Moro, portanto.

Durante as quatro sessões de julgamento de Moro no TRE-PR, aliás, por várias vezes o histórico de trabalho do ex-juiz da Lava Jato foi citado. Apesar de os desembargadores do tribunal eleitoral ressaltarem isso não seria levado em consideração para análise das acusações do PL e da federação PT/PCdoB/PV contra o senador, seus opositores acreditam que ele foi beneficiado por um ambiente favorável na corte eleitoral do Paraná.

O desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator dos dois processos contra Moro no TRE-PR, por exemplo, votou contra a cassação do senador. Ao ler seu extenso voto pela absolvição do ex-juiz, ele lembrou que todo processo da Justiça Eleitoral tem um fundo político. Ressaltou que, por isso, as acusações contra Moro poderiam ser uma reação de partidos ou políticos rivais do ex-juiz no cenário nacional.

Ainda assim, para advogados do PL e PT, o placar do julgamento – 5 a 2 pró-Moro – mostra que já há certa aderência de magistrados às acusações contra o ex-juiz. No TSE, eles esperam que seus argumentos ganhem força e que Moro seja cassado.

"Essa ação sai do TRE-PR mais forte que entrou. Sai com apoio do MPE, com dois votos divergentes [pela cassação] robustos", disse Bruno Cristaldi, advogado do PL. "Isso afasta qualquer tese de perseguição política ou vingança de candidatos vencidos."

"O TSE tem uma vantagem pelo distanciamento dos fatos", acrescentou o advogado Luiz Eduardo Peccinin, que representa o PT. "O TRE-PR está no Paraná. É difícil para a corte tomar uma decisão de cassar um senador do próprio estado."

Gustavo Guedes, advogado de Moro, se disse feliz com o resultado no TRE-PR e disse que vai aguardar eventuais recursos para analisar o cenário no TSE. Adiantou que estará preparado para defender suas teses no tribunal superior

Prazos

Segundo o desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, presidente do TRE-PR, com o fim do julgamento no Paraná, haverá tempo para que eventuais recursos sejam avaliados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio. Se isso ocorrer, Moro teria sua cassação avaliada pela atual composição do tribunal, que hoje é presidido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Há advogados que acreditam que os processos contra Moro demorarão mais tempo para chegarem ao TSE e serem julgados pela corte. Se isso ocorrer só no segundo semestre, a composição do tribunal já seria diferente.

Alexandre de Moraes vai deixar o tribunal eleitoral e André Mendonça – ministro do STF indicado por Jair Bolsonaro (PL) – vai ganhar uma cadeira. Essa mudança, contudo, não tende a deixar o ambiente político mais favorável a Moro na corte máxima da Justiça Eleitoral nacional do que no TRE-PR.

Segundo jurisprudência, só após a decisão do TSE é que Moro poderia perder efetivamente seu mandato, podendo ser convocada nova eleição.

Confira como votou cada desembargador no TRE-PR:

Luciano Carrasco Falavinha Souza: Absolveu Moro no último dia 1º. Falavinha Souza foi relator dos processos contra Moro. Argumentou que não é possível condenar o ex-juiz porque ele não planejou desistir de sua candidatura à Presidência, anunciada quando ele filiou-se ao Podemos, nem a provas que essa pré-campanha desequilibrou a eleição para o Senado no Paraná;

José Rodrigo Sade: Votou pela cassação na quarta-feira (3). Contrariou o relator dizendo que, independente da intenção de Moro, ele pode ser condenado se tiver feito pré-campanha irregular para ser eleito. Para Sade, o fato de Moro gastar como um presidenciável acabou aumentando sua exposição pública e o beneficiou na eleição;

Claudia Cristina Cristofani: Votou pela absolvição na segunda-feira (8). Concordou com o relator, argumentando que não há provas de que Moro gastou acima da média de outros pré-candidatos e que esse eventual gasto, de fato, causou algum desequilíbrio nas eleições de 2022;

Guilherme Frederico Hernandes Denz: Votou pela absolvição na segunda-feira (8). Naquela sessão, pediu para antecipar seu pronunciamento e acompanhou o relator, considerando falta de provas sobre gastos excessivos e sobre a eventual influência deles na eleição.

Julio Jacob Junior: Votou pela cassação de Moro nesta terça-feira (9) . Argumentou que há provas de gastos desmedidos de verbas públicas partidárias em favor de Moro durante a pré-campanha. Acrescentou ainda que, independentemente dos efeitos desses gastos na eleição de 2022, Moro elegeu-se ilegalmente. Jacob Junior ainda lembrou o caso da também ex-juíza Selma Arruda, que foi eleita senadora em 2018 e depois cassada pelo TSE em 2019 por gastos excessivos em sua pré-campanha.

Anderson Ricardo Fogaça: Votou pela absolvição de Moro, acompanhando o relator. Analisou as contas da pré-campanha do senador e disse não ter encontrado evidências que eles foram abusivos. Em dúvida, preferiu respeitar o resultado das urnas, mantendo seu mandato.

Sigurd Roberto Bengtsson, presidente do TRE-PR: Votou pela absolvição de Moro, contrariando a tese do Ministério Público Estadual (MPE). Ele não viu abuso de gastos de Moro durante sua pré-campanha.

Edição: Thalita Pires

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Lava Jato, Bolsonaro e a política no Brasil: “jogos, trapaças e dois canos fumegantes

Quarta, 8 de julho de 2020
Do Brasil de Fato



Tentar analisar a conjuntura política brasileira de forma mais ampla virou tarefa de poucas e poucos atrevidos. A confusão, proposital ou por despreparo dos agentes públicos, é tamanha que não caberia tratar de metade dos problemas nacionais em um mesmo espaço de texto.
Em meio à contenda com a Procuradoria-Geral da República e as gravíssimas denúncias de compra de aparelhos para escutas ilegais, e de relacionamento com o FBI sem passar pelos trâmites obrigatórios, a força-tarefa da operação Lava Jato reage como pode. A denúncia apresentada pelo braço da operação em São Paulo contra o senador e ex-governador tucano José Serra e sua filha, Verônica Serra, por fatos ocorridos há 14 anos, é quase risível. Os elementos de prova foram colhidos há muito tempo. A denúncia feita neste momento sinaliza quase uma confissão, uma tentativa tardia de “lavar” as irrefutáveis provas da parcialidade da Lava Jato ao investigar, julgar e condenar pessoas escolhidas, de acordo com a preferência político-ideológica dos seus membros.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Atuação em delação premiada não impede magistrado de julgar ação penal; STJ não reconheceu impedimento do juiz Sérgio Moro para julgar ação do caso Banestado pelo fato de ele ter homologado acordo de delação.

Quinta, 23 de março de 2017
Do STJ

Atuação em delação premiada não impede magistrado de julgar ação penal

O fato de um juiz homologar acordo de colaboração premiada e tomar os respectivos depoimentos não é motivo suficiente para que se reconheça seu impedimento para processar e julgar ação penal contra pessoa citada na delação.
Segundo os ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que o ordenamento jurídico não permite é a participação do magistrado na negociação do conteúdo da delação.
Ao rejeitar pedido feito pelo doleiro Paulo Roberto Krug, a turma afirmou que a atuação do juiz federal Sérgio Moro ao homologar delações do caso Banestado não configurou seu impedimento, de acordo com o que está previsto no artigo 252 do Código de Processo Penal (CPP).

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Anistia a caixa 2 pode estimular "desprezo à lei", diz Sérgio Moro

Quinta, 24 de novembro de 2016
Daniel Isaia - Correspondente da Agência Brasil*
O juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, emitiu hoje (24) uma nota pública em que contesta as possíveis articulações para anistiar o crime de caixa 2 no projeto que estabelece medidas contra a corrupção (PL 4.850/16), em debate na Câmara dos Deputados. O magistrado responsável pelos processos em primeira instância da Operação Lava Jato disse sentir-se "obrigado a vir a público manifestar-se a respeito, considerando o possível impacto nos processos já julgados ou em curso".

segunda-feira, 4 de julho de 2016

PF investiga esquema de corrupção: Sérgio Moro explica propina de R$ 18 milhões para a WTorre em licitação

Segunda, 4 de junho de 2016
31ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada nesta segunda-feira (4). Juiz federal diz que 'imprevisto' levou empresas a pagarem propina

Por Aline Pavaneli e Thais Kaniak —G1 PR   //// Blog do Sombra

A investigação da 31ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (4), apurou que a empresa WTorre Engenharia e Construção S/A (WTorre) recebeu R$ 18 milhões em propina para desistir da licitação para a execução da obra do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, no Rio de Janeiro. ...
No despacho em que autoriza a nova etapa da Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro explicou que um "imprevisto" levou as empresas que compõem o Consórcio Novo Cenpes oferecerem a propina à WTorre. A empreiteira, que não tinha participado dos ajustes prévios, fez uma proposta de valor inferior em R$ 40 milhões das demais empresas que formavam o consórcio.
 
A WTorre apresentou o preço de R$ 858.366.444,14, enquanto o valor do Consórcio Novo Cenpes era de R$ 897.980.421,13. Então, as empresas ofereceram R$ 18 milhões para que a WTorre desistisse da licitação.
 
As empresas envolvidas no esquema são: OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Shahin Engenharia e Construcap CCPS Engenharia.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Moro intima Lula para depor como testemunha de defesa de Bumlai

Segunda, 7 de março de 2016

André Richter - Repórter da Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro intimou na última sexta-feira (4) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depor como testemunha de defesa do pecuarista José Carlos Bumlai. O depoimento foi marcado para o dia 14 de março. A decisão foi anexada hoje (7) na ação penal sobre Bumlai na Justiça Federal em Curitiba.

sábado, 5 de março de 2016

Em nota, Moro esclarece investigações a Lula: 'não significam antecipação de culpa'

Sábado, 5 de março de 2016

Juiz repudiou confrontos entre manifestantes pró e contra o petista, inflamados pela condução coercitiva do ex-presidente na Lava-Jato


Do Estado de Minas
Em meio a manifestações de apoio e oposição ao ex-presidente Lula, o Juiz Sérgio Moro divulgou, em nota oficial, explicações a respeito da 24ª fase da Operação Lava-Jato deflagrada na sexta-feira, 04

No comunicado, o Juiz Federal esclareceu que as investigações envolvendo Lula e que culminaram na condução coercitiva do petista 'não significam antecipação de culpa do Ex-Presidente'. Moro ainda repudiou os confrontos entre manifestantes pró e contra o petista, deflagradas em decorrência da condução coercitiva de Lula pela Polícia Federal.

Após as buscas na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) e do Instituto Lula, caberá ao juiz Sérgio Moro avaliar se os materiais recolhidos ontem pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal confirmam o envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no esquema de corrupção da Petrobras. O juiz não tem um prazo para apresentar a conclusão das investigações, mas caso entenda que existam provas suficientes para demonstrar a participação do ex-presidente, Moro poderá pedir a prisão.

Leia a nota, na íntegra

"A pedido do Ministério Público Federal, este juiz autorizou a realização de buscas e apreensões e condução coercitiva do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento. Como consignado na decisão, essas medidas investigatórias visam apenas o esclarecimento da verdade e não significam antecipação de culpa do ex-Presidente. Cuidados foram tomados para preservar, durante a diligência, a imagem do ex-Presidente. Lamenta-se que as diligências tenham levado a pontuais confrontos em manifestação políticas inflamadas, com agressões a inocentes, exatamente o que se pretendia evitar. Repudia este julgador, sem prejuízo da liberdade de expressão e de manifestação política, atos de violência de qualquer natureza, origem e direcionamento, bem como a incitação à prática de violência, ofensas ou ameaças a quem quer que seja, a investigados, a partidos políticos, a instituições constituídas ou a qualquer pessoa. A democracia em uma sociedade livre reclama tolerância em relação a opiniões divergentes, respeito à lei e às instituições constituídas e compreensão em relação ao outro.

Curitiba, 05 de março de 2016."

Sergio Fernando Moro
Juiz Federal

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Moro: divulgação de abertura de inquérito sobre sítio em Atibaia foi equívoco

Quarta, 10 de fevereiro de 2016
Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil
O despacho do juiz Sérgio Moro que autorizou a Polícia Federal (PF) a instaurar um inquérito para apurar se empresas investigadas na Operação Lava Jato pagaram por obras de melhorias em um sítio em Atibaia (SP) frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi publicado ontem (9) "inadvertidamente" no site do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, por um equívoco do Poder Judiciário.

A divulgação do despacho inicial que, segundo o próprio Moro, deveria ser sigiloso, permitiu que a imprensa noticiasse a intenção da PF de apurar a eventual relação entre empresas investigadas na Lava Jato, como as construtoras OAS e Odebrecht, e o sítio frequentado por Lula.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Em um ano, Sérgio Moro condena 57 investigados na Lava Jato

Segunda, 7 de dezembro de 2015
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Um ano e dois meses após proferir a primeira sentença na Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, contabiliza 57 condenações de pessoas investigadas. A informação consta de um balanço divulgado hoje (7) pela Justiça Federal. Somadas, as penas dos envolvidos no esquema de desvios na Petrobras chegam a 680 anos, oito meses e 25 dias de prisão.
Entre os condenados pelo juiz estão o doleiro Alberto Youssef, os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque, além de executivos das maiores empreiteiras do país. A primeira sentença ocorreu em outubro do ano passado, quando foi condenado Carlos Habib Charter, dono de um posto de combustível e de um Lavo Jato em Brasília, que inspirou o nome da operação, e ex-funcionários dele.
Enquanto as condenações passam de cinco dezenas na Justiça Federal em Curitiba, os tribunais superiores ainda não determinaram a abertura de nenhuma ação penal contra investigados com prerrogativa de foro e que só podem ser processados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

"Custo da corrupção sistêmica é algo extraordinário", diz Sérgio Moro

Segunda, 31 de agosto de 2015
Foto: internet

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Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, disse hoje (31) que  “o custo da corrupção sistêmica é algo extraordinário”, ao participar de palestra no Fórum Exame: Prepare-se para planejar 2016. O juiz afirmou também que o enfrentamento da corrupção trará ganhos ao país no longo prazo. 
Ao falar sobre corrupção sistêmica, o juiz disse que as provas colhidas na Lava Jato e as delações premiadas de envolvidos no esquema apontam que o pagamento de propina em contratos da Petrobras era comum. ”Embora existam vários casos que demandam julgamento, as provas, indícios, indicam aquele quadro informado pelos chamados colaboradores da Justiça, que em todo contrato da Petrobras havia pagamentos”, disse. “A corrupção como crime é um tipo de crime que sempre vai acontecer, não importa o que nós façamos, a não ser que num futuro muito distante nos transformemos em anjos”, acrescentou.
Na palestra, Moro citou o caso da Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, que teve os custos elevados, como exemplo de contrato com indícios de irregularidades. Com previsão de ter a construção finalizada em 2010, o início das operações da refinaria ocorreu em dezembro de 2014. “Entre as testemunhas, agentes da Petrobras, o comentário é que a refinaria não será paga se funcionar em toda a sua vida útil, um prejuízo”, disse.
Em março, o ex-gerente-geral da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, Glauco Legatti, negou superfaturamento na obra em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. De acordo com Legatti, mais de 90% dos contratos foram em reais e o projeto final foi orçado em R$ 26 bilhões. Segundo ele, o valor de US$ 18 bilhões seria resultado de uma contabilidade da variação da taxa de câmbio. “Ela foi contratada por R$ 26 bilhões, em 2009, vim aqui [ao Congresso] e disse que a refinaria custava próximo de R$ 12 bilhões. Como é que a gente explica esse negócio de US$ 13,3 bilhões que foi pra US$ 18,5 bilhões? A Petrobras converte todos os seus investimentos para dólar, que na época era [cotado a] R$ 2,438.”
A reportagem entrou em contato com a Petrobras e aguarda posicionamento.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Operação Lava Jato: Juiz bloqueia contas de Dirceu e de mais sete investigados


Segunda, 3 de julho de 2015
André Richter - Repórter da Agência Brasil
 
O juiz federal Sérgio Moro determinou hoje (3) o bloqueio de até R$ 20 milhões nas contas do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e outros sete investigados na 17ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta manhã. O bloqueio é preventivo e não significa que o valor está depositado nas contas dos investigados.
A decisão também atinge as contas do irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, e da empresa JD consultoria, que era controlada por Dirceu. Ambos foram presos na operação. A medida tem objetivo de garantir ressarcimento aos cofres públicos, no caso de eventual condenação.