Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 28 de outubro de 2018

Saúde e Bem-Estar 43. A importância dos micro-organismos

Domingo, 28 de outubro de 2018
Por 
Aldemario Araújo*

SAÚDE E BEM-ESTAR
50 textos (um a cada final de semana). Registros de uma caminhada em busca de saúde e bem-estar consistentes e duradouros. Veja todos os escritos em:
http://www.aldemario.adv.br/saude.htm

43— A IMPORTÂNCIA DOS MICRO-ORGANISMOS

Em meados do século XIX, a teoria do germe de Louis Pasteur derrotou a hipótese do terreno biológico de Béchamp e Bernard. Provavelmente, a partir daí foi construído um dos mais poderosos e deletérios mitos no campo da saúde e alimentação. Os germes, bactérias ou micro-organismos foram taxados genericamente como destrutivos, perniciosos ou maléficos. A ordem era, e majoritariamente ainda é: se livre dos germes, mantenha distância deles e elimine os micro-organismos sem dó, nem piedade. 

Não foi pequeno meu espanto quando li a seguinte passagem no livro “Cirurgia Verde”, do doutor Alberto Peribanez Gonzalez: “O organismo humano é composto de 100 trilhões de células organizadas. Mas, vivendo em simbiose com esse enorme terreno biológico – na pele, na boca, no nariz, na orofaringe, nas orelhas, na árvore respiratória, nos intestinos, na cavidade vaginal e no ânus – há um exército de 1 quatrilhão de bactérias”. Repetindo: 100 trilhões de células para 1 quatrilhão de micro-organismos. Em outras palavras, no corpo humano, para cada célula existem 10 (dez) micro-organismos. Essa proporção explica o título do instigante livro “10% humano”, da bióloga Alanna Collen, anteriormente destacado. 

No escrito 23 desta série foi destacada outra passagem do citado livro do doutor Peribanez. Repetimos a transcrição em função da sua relevância: “Dessa maneira, um indivíduo bem alimentado com frutas, sementes e demais plantas orgânicas (alimentação baseada em plantas) pode manter uma microbiota intestinal (antigamente denominada de flora intestinal) rica em lactobacilos e bifidobactérias sem a necessidade de aditivos processados ou encapsulados. Na espécie humana, um terço da matéria fecal provém de restos de bactérias mortas, o que indica que nos alimentamos de bactérias e que obtemos delas parte importante e decisiva de nossa nutrição./Alimentar-se de produtos industrializados significa privar-se do alimento bacteriano fundamental. Bastam dois dias sem hortaliças e produtos orgânicos do reino vegetal para nossa população bacteriana protetora reduzir seu número, passando a ser substituída por bactérias nocivas, que dão origem à quase totalidade das doenças degenerativas”. 

No âmbito do Projeto Microbioma Humano foi possível chegar, depois de várias análises, a uma constatação surpreendente. A soma do material genético dos micro-organismos que vivem no corpo de uma pessoa humana é cem vezes maior que o desse indivíduo. Essas informações genéticas são responsáveis por produzir uma infinidade de substâncias químicas essenciais para a vida humana. Embora as pesquisas ainda sejam limitadas, é seguro afirmar que a boa parte (talvez, a maior parte) de uma vida saudável decorre da interação entre a carga celular-genética da pessoa e o material genético das bactérias que habitam o corpo desse indivíduo. 

Assim, é crucial manter e alimentar os micro-organismos benéficos presentes no corpo humano. Como foi dito no escrito 28 desta série, Alanna Collen, no livro anteriormente destacado (“10% humano”), faz inúmeras menções a extrema importância das fibras para o adequado equilíbrio da microbiota (já considerada por muitos um “novo” órgão do corpo humano). Afirmou a bióloga: “Penso não apenas na nutrição que as células humanas podem extrair [da alimentação], mas também no que minhas células microbianas vão comer./Não precisei fazer muitas mudanças para me adaptar à minha microbiota – minhas refeições continuam parecidas, apenas com um maior teor de fibras. Meu desjejum, por exemplo, deixou de ser uma tigela de cereal matinal – embalado, com conservantes, açucarado e pobre em fibras – e se transformou numa tigela de aveia, trigo e cevada integrais misturados com nozes, sementes, frutas vermelhas frescas, iogurte natural vivo e leite./É claro que as mudanças em minha microbiota após adotar uma dieta rica em fibras não são permanentes. Para sustentar indefinidamente os micróbios que ela alimenta, tenho que manter o teor de fibra das minhas refeições no nível apropriado”. 

Essas últimas observações de Collen chamam a atenção para duas palavras de uso cada vez mais frequente: a) probióticos e b) prebióticos. Os probióticos são alimentos, como os iogurtes e leites fermentados, que possuem micro-organismos vivos. Os prebióticos são fibras não-digeríveis, encontradas na cebola, alho, tomate, banana, aveia, entre outros, que servem de alimento para as bactérias benéficas. Atualmente, é possível encontrar probióticos em sachês e cápsulas. É comum o termo probióticos ser utilizado para indicar as bactérias propriamente. 

Convém destacar que a ingestão de probióticos e prebióticos não deve ser esporádica ou integrante de alguma dieta (passageira). O consumo desses alimentos deve integrar hábitos (comportamentos permanentes) alimentares saudáveis. 

*Aldemario Araujo CastroProfessor, Advogado, Mestre em Direito, Procurador da Fazenda Nacional

Bolsonaro confirma quatro ministros para seu governo: Paulo Guedes, Onyx Lorenzoni, Augusto Heleno e Marcos Pontes

Domingo, 28 de outubro de 2018
Por Agência Brasil  Brasília e Rio de Janeiro

A definição do ministério do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) deverá se acelerar nos próximos dias, mas os primeiros nomes foram confirmados hoje por ele. No poderoso ministério da Fazenda, que poderá ser renomeado para Economia, figura desde o início o economista Paulo Guedes. Para a estratégica Casa Civil, foi escolhido o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS). E para o Ministério da Defesa, a escolha recaiu sobre o general reformado Augusto Heleno.

A democracia vencerá, é uma necessidade histórica

Domingo, 28 de outubro de 2018
Por


As chamadas ditaduras de novo tipo, ou modernas, distinguem-se do modelo clássico porque, para a tomada propriamente dita do poder, não precisam mais fraturar a ordem legal, nem dependem da movimentação dos tanques.
 O que está em jogo e em disputa é a democracia

Os mecanismos de conquista e conservação do poder mudam, mas a essência – o totalitarismo — continua íntegra. Ou seja: o que está diante de nós não é uma eleição pura e simples, mas saber se o projeto autoritário anunciado pelo capitão poderá ser implantado com a sanção do voto popular.
Esta é a ameaça que ronda nosso futuro imediato, se a lucidez organizada, mobilizando as grandes massas,  não se impuser sobre a loucura.
A configuração totalitária que começa a definir-se na linha do horizonte chega cavalgando um processo eleitoral caracterizado pela manipulação da política pela mídia, pela exploração do primitivismo religioso, pela disseminação do ódio, pela violência e pela mentira que toma o lugar do debate, silenciado.

Qual Bravo Mundo Novo

Domingo, 28 de outubro de 2018
Por
Pedro Augusto Pinho
Quem está nos poderes nacionais, internacionais, nas mídias, nas análises das academias é a geração pré-1990, mais provavelmente pré-1980. Ou seja, nasceram antes da queda do muro de Berlim, do “fim da história”

Portanto, todos estudaram e vivenciaram um mundo diferente. Um mundo onde os poderes eram identificados pelas Nações, pelos Estados Nacionais. Quando muito, associados a alguma ideologia.

Embora ainda haja resquícios destes “poderes nacionais”, o mais relevante poder, neste século XXI, é um sistema: o sistema financeiro internacional, que, por abreviação denomino banca. Ele se coloca acima e contra os Estados Nacionais.

A referência que alguns analistas fazem do estágio final do capitalismo, descrito por Karl Marx, não é inteiramente correta. Nem poderia ser, com as realidades e os recursos analíticos do século XIX.

É evidente que a banca se criou no sistema capitalista, mas, como expressão de poder, ganhou instrumentalidade com as teorias e tecnologias do século XX, em especial a dos sistemas gerais, da informação e da comunicação.

Precisamos então estudar a banca como da emergência de um poder, como estudamos o Imperialismo Britânico, no século XIX, ou, ainda mais identificado com o poder não territorial, o do catolicismo, na Idade Média europeia.

Recordando, a Europa, entre os séculos V e XV, tinha nos senhores feudais a mais visível expressão do poder, mas havia um poder ao qual eles se subordinavam, que vinha dos “representantes de Deus na Terra”, da Igreja Católica. Esta, por sua vez, lutava contra as heresias, e buscava no poder dos senhores feudais a força “deste mundo” para derrotar, por exemplo, os cátaros/albigenses ou os valdenses.

É o que, mais perto de um evento histórico, identifico na luta de Donald Trump contra o sistema dominante na administração estadunidense, a banca.

Artimanhas da Banca
Vejamos o que ocorreu em 24 de outubro de 2018 nos Estados Unidos da América (EUA). O envio de pacotes com explosivos direcionados a críticos do presidente Donald Trump, quais sejam:

a) o casal Bill e Hillary Clinton, esta derrotada por Trump na última eleição;

b) Barack Obama, o antecessor e opositor de Donald Trump;

c) George Soros, financista internacional, personagem conhecido do mundo da banca, que copatrocinou a campanha de Hillary Clinton;

d) John Brenann, ex-Diretor, no Governo Obama, da Central Intelligence Agency (CIA), a mais importante agência para derrubada de governos, insurreições e promoções de guerra entre países, em todo mundo;

e) Maxime Waters, uma sulista, octogenária, negra e democrata, com atuação no estado da Califórnia; e

f) Eric Holder, procurador-geral com Obama, cujo pacote tinha como remetente a deputada democrata Debbie Wasserman Schultz.

Sabemos que a banca tem na mentira, na farsa, nas “fakes” de toda ordem, sua comunicação por todo mundo.

O que a banca pretendeu com esta agressão “infrutífera” aos democratas estadunidenses, incluindo um de seus apoiadores?

Parece óbvio, para mim: demonstrar a “incompetência” do Governo Trump, dos “riscos” de se ter um presidente que não garante segurança, não segue as orientações do sistema financeiro internacional.

Observe o esclarecido leitor: Trump não tem poder sobre o "establishment”.

As instituições dos EUA vem sendo aparelhadas pela banca, desde o governo Ronald Reagan, e já o estão quase integralmente tomadas.

Vários exemplos similares poderíamos enumerar no Brasil, desde o “Mensalão do PT”, da “Lava Jato” e da “primavera brasileira” de 2013.

Mas fiquemos nos EUA, menos sensível às emoções eleitorais brasileiras e  igualmente instrutivo.

Conflito da Banca com Estados Nacionais
Para nós, nascidos e educados no século XX, para quem os governos nacionais e suas instituições representavam os mesmos interesses, fica complicado e muito estranho raciocinar com um Governo que esteja em luta com as instituições nacionais (seja o executivo, que dá, normalmente, a cara e o objetivo do País, mas, igualmente, os Parlamentos, onde estes conduzem a Nação pelos Primeiros Ministros).

Mas a eleição de Donald Trump colocou os EUA nesta situação, como a eleição de Lula, em menor escala, levou o Brasil a esta contemporaneidade.

Há algumas vitórias do Trump, como a aprovação pelo Senado do juiz Brett Kavanaugh, para a Suprema Corte dos EUA. Mas as derrotas também se sucedem, obrigando aos recuos, como na paz com Vladimir Putin, em Helsinque (Finlândia), em 16/07/2018 e na desastrosa intervenção militar na Síria.

Trump, como Lula, tem dado um passo atrás, buscando dois à frente; o que nem sempre ocorre. Mas ambos conseguiram proporcionar alguma melhoria na vida dos nacionais. Trump aumentou a oferta de emprego e a renda dos estadunidenses, deverá também, com a política de repatriamento de empresas e as restrições alfandegárias, aumentar ainda mais a oferta de emprego e o rendimento nacional.

Mas a banca está armando nova crise. Esta será um desafio poderoso para Trump e também para o governo brasileiro, a partir de 2019.

“American First” é um programa que poderá dar a vitória a Donald Trump, principalmente se ele usar, como Obama, os recursos financeiros estatais estadunidenses só que, desta vez, diferentemente, para o desenvolvimento nacional.

Obama os usou para a banca. Foram emissões monetárias e compras de “títulos podres”, os Quantitative Easing (QE), que despejaram cerca de US$ 10 trilhões, entre novembro de 2008 e outubro de 2014, no mercado.

As curvas de ganho dos Fundos e Ações, analisadas pelo S&P - Standard & Poor's 500 é um índice composto por quinhentos ativos, cotados nas bolsas NYSE e NASDAQ, que melhor representariam a economia dos EUA -, mostram as elevações devidas aos QE de 2009 até 2018. A banca lucrou muito.

Trump poderá usar estas mesmas “facilidades” para incentivar a produção industrial e avanços tecnológicos, em proveito do enriquecimento dos EUA.

A crise é uma unanimidade entre analistas de todas as tendências e de organismos nacionais e internacionais. Discute-se a intensidade, a data e seu epicentro.

O S&P sinaliza a baixa. Se houvesse lógica nas movimentações financeiras, poderíamos estimar uma queda de 30% a 40% dentro de quatro meses, desencadeando a rápida descida dos ativos a níveis possivelmente inferiores a setembro de 2008.

Mas a banca irá dosar e não fará prevalecer esta estatística, que qualquer analista pode fazer. Acredito em curta e profunda queda, tendo por epicentro o euro.

Esta crise já estava pronta em 2014.

Foram questões políticas, entre as quais deve ser considerada a apropriação do petróleo brasileiro do pré-sal, que fizeram os gestores da banca retardar sua eclosão. Também a eleição da Hillary Clinton, que deveria favorecer a banca. Outra derrota, sem dúvida.

Rápida Transformação no Poder
Os leitores que acompanham as ações dos poderes coloniais, os interesses de dominação dos Estados Nacionais, devem se lembrar da constituição do Clube de Roma, da Comissão Trilateral, do Bilderberg Group e das ações que desencadearam crises, golpes e mudanças em governos e administrações de organismos internacionais, a partir de 1960.

Naquela década começaram as transformações no Poder com as denominadas “crises” do petróleo. Junto à Organização do Atlântico Norte (OTAN), foi constituído o Atlantic Institute (1961-1988), atuando como articulador e mentor de academias, centros de estudo e pesquisa, que daria suporte ao empoderamento da banca.

Note-se que o Atlantic Institute fecha suas portas às vésperas do fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e da data - 1990 - que fixo, assim como diversos analistas, como início do poder mundial da banca.

De início a banca era formada por um grupo de famílias trilionárias, do lado estadunidense vem sempre à mente a figura onipresente na guerra fria de David Rockefeller e, no grupo europeu, a secular família de banqueiros, os Rothschild. Ao todo, menos de 50 famílias, e muitos nomes da nobreza europeia, os Windsor, os Thurn und Taxis, os Liechtenstein, por exemplo.

Mas, aos poucos, a forma de dominação, conforme os dois objetivos da banca - transformar todas as rendas em ganhos financeiros e promover a permanente concentração de renda - resultou no expurgo de algumas famílias e na troca de comando da banca, com a criação de megacorporações, gestoras de ativos financeiros.

As cinco maiores gestoras trilionárias são: BlackRock, State Street Global Advisors, Allianz Global Investors, Vanguard Group, Fidelity Investments. Estimo que, neste ano de 2018, seus recursos atinjam cerca de 20 trilhões de dólares, ou seja, um Produto Interno Bruto (PIB) estadunidense.

Estas gestoras tem em comum com a banca, do século XX, e com os que, conscientemente ou não, a fizeram surgir, um malthusianismo contemporâneo, ter a humanidade como inimiga.

Recordando as pregações do Clube de Roma, lemos entre seus argumentos que os finitos recursos naturais, do petróleo, de minérios, da água doce, não poderiam atender a toda humanidade. Parece que estas ideias entorpeceram as mentes e criaram argumentos midiáticos para guerras e a disseminação de pestes e doenças (gripe asiática (1957), ebola (1976), vaca louca (1980), aids (1981) etc).
O fim da humanidade, ou a redução para alguns milhares dos 8 bilhões atuais, exigirá guerras e doenças que colocam os compromissos políticos dos Estados Nacionais com suas populações na oposição à nova banca.

Como já está ocorrendo na Europa, os Estados Nacionais vão perdendo seu poder, sua força, sua soberania para organismos multinacionais, globais.

Há uma contrapartida, hoje midiatizada como nazista ou fascista - Marine Le Pen (francesa), Alexander Gauland (alemão), Matteo Salvini (italiano) - escondendo as esquerdas opositoras, como o francês Jean-Luc Mélenchon, para que a maioria das populações entenda a anti-banca como extremista de direita.

Logo teremos, na medida em que as esquerdas se conscientizarem do perigo da banca (o que não ocorreu na França - François Hollande - nem no Brasil, com o Partido dos Trabalhadores - PT), além da extrema direita, um suposto “perigo comunista”.

É o ideal político da banca dos fundos trilionários, posicionar-se como centrista, contra o nazismo e o comunismo.

As mídias já colaboram e colaborarão para mais esta farsa da banca.

Verdadeira Ação Humanitária
Já discorremos sobre as questões transversais, identitárias, morais, com que a banca procura desfocar as verdadeiras questões, que afligem todos os povos, dominados ou não por seus prepostos, os Temer, Macri, Macron, quais sejam: emprego e renda, educação, saúde e moradia.

Na condição atual, somente Estados Nacionais fortes - que não se deixem seduzir pela falsa “competitividade” de um mercado dominado por único grupo ou por um acordo do tipo que as sete irmãs do petróleo fizeram, em 27 de agosto de 1928, no Castelo de Achnacarry (Escócia) - podem enfrentar a banca.

Isto exige, basicamente, o domínio das finanças nacionais pelo Estado. No Brasil, o Banco Central e todas as “Agências Reguladoras” são instrumentos dos bancos e dos “regulados”. É necessário estatizar o Estado Brasileiro, como precisam, igualmente, o argentino, o chileno, o francês e até os EUA.

Apenas Estados fortes, com o efetivo controle de seus recursos naturais e financeiros, podem mudar o rumo que leva ao extermínio da humanidade.

O fogo, a roda, a máquina a vapor foram conquistas da humanidade substituídas pelo avanço tecnológico e pela apropriação dos recursos, cada vez com maior  cuidado e o conhecimento de nossas limitações.

Colaborar com a distopia do Clube de Roma, da banca, é colocar limite na ciência, na criatividade e no poder do homem em face da natureza.
O primeiro passo é desdenhar batalhas ideológicas e começar a batalha pela vida, pela construção de seus Estados Nacionais.

Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado

As loucuras de Simón

Outubro
28

As loucuras de Simón
Hoje nasceu em Caracas, em 1769, Simón Rodrigues.
A Igreja o batizou como párvulo expósito, filho de ninguém, mas foi o mais lúcido filho da América hispânica.
Como castigo para sua lucidez, era chamado de O Louco. Ele dizia que nossos países não são livres, embora tenham hino e bandeira, porque livres são os que criam, e não os que copiam, e livres são os que pensam, e não os que obedecem. Ensinar, dizia O Louco, é ensinar a duvidar.
Eduardo Galeano, no livro ‘Os filhos dos dias’, 2ª edição, L&PM Editores, página 340

sábado, 27 de outubro de 2018

Direitos Humanos: Indígena brasileira eleita deputada federal vence prêmio da ONU

Sábado, 27 de outubro de 2018
Joênia Wapichana/Direitos Reservados/Agência Brasil

Por Agência Brasil
A deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RO), primeira indígena eleita para o cargo no país, venceu o Prêmio das Nações Unidas de Direitos Humanos. O anúncio foi feito pela presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Maria Fernanda Espinosa, na última quinta-feira (25). Com 43 anos, ela está entre os oito deputados federais eleitos por Roraima este ano.

Já receberam esse prêmio - concedido a pessoas e organizações pelas suas conquistas em direitos humanos – o pastor norte-americano Martin Luther King, o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela e a ativista paquistanesa Malala Yusafzai -, além das organizações Anistia Internacional e Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Cármen Lúcia concede liminar suspendendo ações de censura e mordaça em universidades

Sábado, 27 de outubro de 2018
Além de suspender as decisões judiciais, Cármen Lúcia defendeu a liberdade de expressão.

Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil  
A ministra Carmén Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu medida cautelar para suspender atos judiciais e administrativos em universidades contra a livre manifestação de pensamento. A decisão ocorre no momento em que várias universidades públicas foram alvo de ações policiais e de fiscais eleitorais. A medida tem caráter de urgência para impedir que a ocorrência de atos semelhantes aos registrados nos últimos dias. 

Segundo as decisões judiciais expedidas, as ações policiais e administrativas baseavam-se na fiscalização de supostas propagandas eleitorais irregulares. Estudantes, professores e entidades educacionais, no entanto, viram as ações como censura.

De acordo com a ministra, a decisão tem carácter de urgência para evitar que as ações deflagradas nos últimos dias se multipliquem. A medida foi enviada ao presidente do STF, Dias Toffoli, que poderá submeter a decisão ao plenário. Além de suspender as decisões judiciais, Cármen Lúcia defendeu a liberdade de expressão.

“Os efeitos de atos judiciais ou administrativos, emanados de autoridade pública que possibilite, determine ou promova o ingresso de agentes públicos em universidades públicas e privadas, o recolhimento de documentos, a interrupção de aulas, debates ou manifestações de docentes e discentes universitários, a atividade disciplinar docente e discente e a coleta irregular de depoimentos desses cidadãos pela prática de manifestação livre de ideias e divulgação do pensamento nos ambientes universitários ou em equipamentos sob a administração de universidades públicas e privadas e serventes a seus fins e desempenhos.”

A ministra Cármen Lúcia condena ações totalitárias, afirmando que “toda forma de autoritarismo é iníqua”. “Pior quando parte do Estado. Por isso, os atos que não se compatibilizem com os princípios democráticos e não garantam, antes restrinjam o direito de livremente expressar pensamentos e divulgar ideias são insubsistentes juridicamente por conterem vício de inconstitucionalidade.”

PGR
Ontem (26) a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, anunciou o pedido de liminar ao STF para “restabelecer a liberdade de expressão e de reunião de estudantes e de professores no ambiente das universidades públicas brasileiras”.

Raquel Dodge, que também é procuradora-geral eleitoral, apresentou ao Supremo uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). Segundo a procuradora, esse tipo de ação busca reparar lesão a princípio fundamental da Constituição que tenha sido provocada por ato do Poder Público.

Morre João W. Nery, primeiro homem transexual a ser operado no Brasil; o ativista enfrentava um câncer no cérebro

Sábado, 27 de outubro de 2018
Por Agência Brasil  Brasília
Morreu nesta sexta-feira (26), aos 68 anos, João W. Nery, primeiro homem transexual a passar por cirurgia de redesignação no Brasil, em 1977. A informação foi confirmada por meio de comunicado do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades.

Caso do vídeo do coronel: PF faz apreensões no Rio em inquérito sobre ameaça a ministros do STF

Sábado, 27 de outubro de 2018
A Polícia Federal também conseguiu da Justiça Federal o monitoramento eletrônico do investigado, a proibição de andar armado e ainda de manter arma em casa. Além disso, o oficial da reserva está impedido de deslocar-se à Brasília e ainda deve se manter a pelo menos 5 quilômetros de todos os ministros do STF, do TSE e do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

Por Agência Brasil 
A Polícia Federal realizou hoje (26), no Rio de Janeiro, a apreensão de computadores e aparelhos celulares no âmbito do inquérito aberto para investigar ameaças divulgadas em vídeo na internet contra ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral.

PGR vai ao Supremo garantir direito de expressão nas universidades

Sábado, 27 de outubro de 2018



===================
PGR vai ao Supremo garantir direito de expressão nas universidades

Por Agência Brasil
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, anunciou que pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma liminar para “restabelecer a liberdade de expressão e de reunião de estudantes e de professores no ambiente das universidades públicas brasileiras”. O anúncio foi feito na abertura da sessão extraordinária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira (26). A medida tem como base as notícias de que várias universidades públicas em todo o país estariam sofrendo censura à livre manifestação do pensamento.
Dodge, que também é procuradora-geral Eleitoral, apresentará ao Supremo uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF).  Segundo a PGR, este  tipo de ação busca reparar lesão a princípio fundamental da Constituição que tenha sido provocada por ato do Poder Público. Na avaliação da procuradora-geral, “há indícios claros de que houve ofensa à liberdade de expressão, de reunião e de cátedra, que garante a autonomia universitária e o debate nesse ambiente”. “Estou requerendo ao STF providências para assegurar a plena vigência da Constituição Federal no país, sobretudo nesse momento de eleições”, afirmou.
A questão está preocupando também os ministros do Supremo Tribunal Federal. Mais cedo, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, anunciou que a Justiça Eleitoral vai investigar a conduta dos juízes que autorizaram ações policiais e de fiscais em universidades públicas para apurar suposta realização de propagandas eleitorais irregulares. A polêmica ganhou evidência a partir de decisão da Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro, que ordenou a retirada de uma bandeira antifascismo da fachada da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense.

Guerra contra as drogas


Outubro
27

Guerra contra as drogas

Em 1986, o presidente Ronald Reagan pegou a bandeira que Richard Nixon havia erguido alguns anos antes, e a guerra contra as drogas recebeu um impulso multimilionário.
A partir de então, aumentaram seus lucros os narcotraficantes e os grande bancos que lavam seu dinheiro;
as drogas, mas concentradas, matam o dobro de gente que antes matavam;
a cada semana se inaugura uma nova prisão nos Estados Unidos, porque os drogados se multiplicam na nação que mais drogados tem;
o Afeganistão, país invadido e ocupado pelos Estados Unidos, passou a abastecer quase toda a heroína que o mundo compra;
e a guerra contra as drogas, que fez da Colômbia uma grande base militar norte-americana, está transformando o México num enlouquecido matadouro.

Eduardo Galeano, no livro 'Os filhos dos dias'.
L&PM Editores, 2ª edição, página 339.
 ==========

Leia também:

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Editora do Jornal da Record se demite e anuncia voto em Haddad; Luciana Barcellos afirma que o que está em jogo é a democracia e que votar em Fernando Haddad “é defender o nosso direito de seguir em frente. E pra nós, jornalistas, votar no Haddad é também defender o direito de exercer livremente a profissão”

Sexta, 26 de outubro de 2018
Da
Revista Forum

Foto: Reprodução/Facebook
Depois que o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP) divulgou que informações de que os profissionais de imprensa da TV Record, do Bispo Edir Macedo, estão sendo pressionados pela direção, no sentido de produzir noticiário parcial, em favor do candidato Jair Bolsonaro (PSL), a jornalista Luciana Barcellos pediu demissão de seu cargo de chefe de redação do Jornal da Record. Além disso, nesta sexta-feira (26), ela anunciou seu voto em Fernando Haddad em uma postagem nas redes sociais.
Ela não revela a razão de sua demissão, mas diz que Haddad não foi sua opção no primeiro turno e que votar no candidato neste domingo “não é assinar cheque em branco para o PT, não é isentar o PT da responsabilidade de não ter feito a autocrítica. É defender o nosso direito de seguir em frente. E pra nós, jornalistas, votar no Haddad é também defender o direito de exercer livremente a profissão”.
“Ninguém é racista ou homofóbico só da boca pra fora. Ninguém defende tortura só porque é ‘meio doido’. “Não existe fascismo ‘light’”, critica ainda Luciana. Em outro post, do dia 20 de outubro, ela fala sobre o pedido de demissão, agradecendo aos colegas de trabalho. “A decisão de pedir desligamento não foi das mais fáceis. Mas a vida às vezes exige que a gente assuma riscos”.
==============

============

TSE vai investigar decisões de juízes sobre fiscalização em universidades; ministra Rosa Weber defende a liberdade de manifestação de pensamento

Sexta, 26 de outubro de 2018
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por André Richter - Repórter da Agência Brasil
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, anunciou há pouco que a Justiça Eleitoral vai investigar a conduta dos juízes que autorizaram ações policiais e de fiscais em universidades públicas para apurar suposta realização de propagandas eleitorais irregulares.

No início da sessão do TSE desta tarde, última antes do segundo turno das eleições, a ministra defendeu liberdade de manifestação de pensamento nas universidades e disse que eventuais excessos devem ser investigados.

O COMANDO QUE ESTÁ CAÇANDO ‘ESQUERDISTAS’ NAS UNIVERSIDADES JÁ PERSEGUIU 181 PROFESSORES

Sexta, 26 de outubro de 2018

Por
The Intecept Brasil
Juliana Sayuri
26 de Outubro de 2018

A DENÚNCIA PARTIU de um membro do Movimento Brasil Livre, o MBL. Luís Felipe Nunes, da Paraíba, se indignou com o evento “UFCG contra o fascismo e pela democracia”, previsto para acontecer ontem na Universidade Federal de Campina Grande. “Apesar do nome bonito, está claro que se trata de um evento pró-PT”, ele postou no Facebook, ao contar que havia feito a denúncia ao Tribunal Regional Eleitoral de seu estado.
[Clique na imagem abaixo para melhor visualizá-la]
Esse é o manifesto que a polícia foi ordenada a apreender.  
Reprodução

Segundo os professores da universidade, os policiais revistaram o espaço da Adufcg “minuciosamente” a portas fechadas e apreenderam, além do manifesto, também cinco HDs externos usados pelos profissionais.Deu certo. Em uma decisão assinada pelo juiz eleitoral Horácio Ferreira de Melo Júnior, a justiça expediu um mandado de busca e apreensão para a polícia apreender materiais pró Fernando Haddad na Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande. Mais especificamente, Júnior pediu que os policiais entrassem na universidade pública para apreender os panfletos chamados “manifesto em defesa da democracia e da universidade pública”, assinados pelo sindicato dos professores.