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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pagamento da dívida continua sendo o fardo mais pesado nos gastos do governo da União

Quarta, 4 de abril de 2011
Dívida, a conta que os governos teimam em não auditar
                                                       Imagem Google
Até agora o governo Dilma já pagou de dívida (juros, encargos, amortizações e rolagem) R$244,7 bilhões, o que representa mais da metade de todos os pagamentos efetuados em 2011 dentro do orçamento da União. Esses pagamentos da dívida correspondem a 51,06% de todos efetuados. Já com pessoal e encargos de servidores públicos foram apenas R$62,23 bilhões, significando tão somente 12,08% do total dos pagamentos.

Com outras despesas correntes (gastos sociais, como são os da previdência, educação, saúde, transferências a estados e municípios) o governo federal desembolsou 182,2 bilhões (35,2% do total de despesas pagas nesses quatro meses de governo Dilma). Estes 35,2% mais os 12,08% com pessoal e encargos de servidores atingem 47,29% dos pagamentos até agora. Percentual menor que os 51,06% dos gastos com a dívida.

Quanto aos "investimentos", que representam gastos com construção de novas estruturas, como por exemplo, hospitais, estradas, aeroportos, escolas, o valor é irrisório. Pouco mais de meio bilhão de reais (697 milhões), o que dá 0,13%. Nas inversões financeiras os gastos foram de R$7,88 bilhões. As inversões financeiras representam principalmente a concessão de financiamentos públicos.

E a auditoria da dívida, uma exigência constante das Disposições Transitórias da Constituição de 1988, continua sem ser realizada, permitindo que dívidas ilegítmas (e ilegais, certamente) permaneçam a carrear bilhões de reais para os rentistas. E a saúde, educação, segurança, meio ambiente...