Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 1 de abril de 2012

O equívoco político de Agnelo

Domingo, 1 de abril de 2012
Do Blog do Hélio Doyle
                Cristovam Buarque é o melhor senador do DF para 42,4% dos eleitores. José Antonio Reguffe é o melhor deputado federal para 23,3% dos brasilienses. Ambos são do PDT e se mantêm afastados do governo de Agnelo Queiroz, ao contrário do único deputado distrital do partido, o inexpressivo Israel Batista. Apenas 0,5% dos eleitores consideram Batista o melhor distrital, o que o coloca em penúltimo lugar.

            Rodrigo Rollemberg, do PSB, é o melhor senador para 18,3% dos brasilienses. Seu partido tem dois secretários no gDF, o de Turismo e o de Agricultura. Mas há um movimento nas bases do PSB para que o partido deixe o gDF e tenha candidato a governador em 2014, em aliança com o PDT.

            O PSol não tem nenhum parlamentar em Brasília, mas seu candidato a governador em 2010, Toninho Andrade, foi muito bem votado. A ex-deputada Maninha não tem tido o desempenho eleitoral que tinha quando era do PT, mas não se elegeu para a Câmara em 2010 porque o PSol não fez o coeficiente eleitoral.

            Cristovam, Rollemberg, Reguffe, Toninho e Maninha, mesmo que o PSol não esteja junto, formam um grupo político poderoso para 2014. Mas isso se o governo de Agnelo Queiroz não deslanchar e superar a má fase que começou em 1º de janeiro de 2011. 
 
               O governo está sendo aprovado por apenas 16,3% dos eleitores e desaprovado por 65,3%. Se continuar assim, Agnelo que terá sua reeleição inviabilizada e o PT terá dificuldade em ter outro candidato ao governo em condições de derrotar a possível aliança à esquerda e o bloco rorizista à direita.
 
                   Agnelo e o PT só têm uma saída: fazer um bom governo, bem avaliado pelos eleitores, e manter ao seu lado o PDT e o PSB, deixando de lado a ideia megalomaníaca de Agnelo de ter unanimidade na Câmara Legislativa graças ao apoio de deputados inexpressivos e de passado e presente no mínimo condenáveis.
 
               Não adianta ter maioria esmagadora na Câmara Legislativa e rejeição na opinião pública.