Segunda, 30 de abril de 2012
Carlos Newton
O governador Sérgio Cabral está absolutamente descontrolado. Sabe que
a divulgação das fotos e das filmagens de suas alegres visitas a Paris
liquidaram com sua carreira política.
Seu plano político, conforme Helio Fernandes revelou aqui na Tribuna
em primeira mão, era ser nomeado embaixador na capital francesa, passar
três anos na farra pela Europa e depois voltar em 2018 como candidato a
vice-presidente da República na chapa do PT. Mas o sonho acabou.
Desde o começo do caso Cachoeira, Cabral não consegue dormir direito.
Sabe que a derrocada de Fernando Cavendish, dono da Delta e seu
cúmplice em muitas negociatas, vai atingir diretamente o governo
estadual, e cada foto ou imagem divulgada pelo blog do deputado Anthony
Garotinho vale mais do que um milhão de palavras.
Cabral, se pudesse, mandaria acabar com Garotinho. Mas seu ódio maior
é dirigido agora ao ex-amigo Fernando Cavendish, porque as fotos foram
feitas pela então mulher dele, Jordana, que o acompanhava na farra em
Paris.
Entre todos os membros da quadrilha, Cavendish foi o mais
irresponsável. Ele até achava divertida a mania de Jordana viver fazendo
fotos. Afinal, todo mundo curtia. Mas o resultado da brincadeira acabou
sendo desastroso.
Para tirar uma onda e mostrar o quão importante o marido havia se
tornado, Jordana cometeu o erro de enviar por email as imagens para
outras pessoas. E uma delas, talvez por inveja, simples inveja, passou
adiante as fotos e acabou prestando um serviço especial à nação.
Quem vazou as fotos e imagens na verdade se tornou um herói anônimo,
que deveria merecer uma estátua pelos serviços públicos que está
prestando a todos os brasileiros, ao revelar quem é Sergio Cabral e quem
está na sua quadrilha.
Como dizia o colunista Ibrahim Sued, em sociedade tudo se sabe. E
logo se ficou sabendo que Jordana foi a autora das fotos. Mas não foi
ela quem fez a filmagem do jantar de poucos lugares, na comemoração do
aniversário da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo (que no ano passado até
chegou a deixar de ser a primeira dama, quando Cabral namorava
Fernanda, irmão de Jordana e cunhada de Cavendish. Porém, com a morte da
rival no acidente de helicóptero, Adriana voltou a ocupar o antigo
posto). Esta filmagem foi feita por outra pessoa, porque Jordana aparece
em cena.
Quanto a Cabral, também merece um monumento que o perpetue. Mas tem
que ser uma estátua equestre – metade cavalo, e a outra metade, também,
como nosso amigo Helio Fernandes sugere genialmente.
Fonte: Tribuna da Internet