Ontem ativistas saíram do Fórum do Rio de Janeiro em passeata pela Avenida Presidente
Antonio Carlos em direção à Cinelândia. O ato aconteceu em virtude da
prisão do ativista Igor Mendes (colaborador fixo do nosso blog).
Ato em repúdio à prisão de Igor Mendes chegou à Cinelândia por volta das 20h, centenas de pessoas aderiram e participaram.
A prisão de qualquer ativista envolvido no processo farsante da Copa
abre precedente para criminalização de qualquer tipo de manifestação,
inclusive atos culturais!
O motivo pelo qual o juiz Itabaiana mandou prender novamente ativistas
políticos foi por participarem de atividade cultural no
dia 15 de outubro de 2014 (veja as fotos abaixo), o que, segundo ele seria um descumprimento
das restrições impostas no parecer que concedeu Habeas Corpus que
proibia a participação dos mesmo em protestos. Protesto?
Tem alguma coisa muito errada com as percepções destes policiais e juízes do Rio de Janeiro.
Eduardo Viveiros de Castro (Antropólogo)
"A Globo,
através do G1, "informa" que três pessoas estão sendo acusadas de
descumprir medida cautelar que as proibiam de participar de atos
políticos de protesto. Isto porque estiveram presentes ao evento
cultural realizado na Cinelândia no dia 15 de outubro passado. Estive
lá, entre outros convidados, como palestrante, para dar uma aula pública
sobre direitos dos índios na CF. Não foi um ato de protesto - não houve
violência, nem bloqueio de ruas, nem
"perturbação da ordem pública". O evento foi plenamente anunciado pelas
redes sociais, e não foi objeto de qualquer proibição por parte das
autoridades constituídas. Se foi um ato político ele o foi como todo ato
humano. Essas ordens de prisão contra os três ativistas estão baseadas
em uma interpretação maliciosa da natureza do evento. Protesto
veementemente aqui contra essa evidência - mais uma - de que voltamos a
viver num regime autoritário".
Palavras do advogado Marino D'Icarahy
Ufa! Terminamos a peça
com o pedido de habeas corpus na noite de ontem, feito em conjunto por nosso escritório e
pelo DDH, em favor de IGOR MENDES, Elisa e Karlayne. Estamos confiantes de que a
justiça triunfará mais uma vez, pela força dessa unidade e pela
confiança na prevalência do Direito sobre mais essa perseguição política
sofrida por esses ativistas. Vamos partir agora para a distribuição
eletrônica.
Mais tarde, concluiremos as demais medidas programadas em
prol dos nossos assistidos, contra as barbaridades desse processo
bizarro e kafkiano, as quais esperamos conseguir distribuir ainda hoje.
A luta continua! A vitória é a nossa meta!