Sexta, 3 de dezembro de 2010
O Supremo Tribunal Federal —STF— negou ontem (2/12) o pedido de habeas corpus para os pastores da Igreja Universal do Reino de Deus, Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda, que respondem pelo assassinato de um jovem em Salvador. O jovem Lucas Terra, fiel da igreja, foi violentado sexualmente e em seguida queimado vivo.
O crime, ocorrido em 21 de março de 2001 no Rio Vermelho, bairro de Salvador, chocou a população baiana. Os assassinos carbonizaram o jovem como uma tentativa de esconder as marcas do abuso sexual. Pelo crime, até o momento foi condenado apenas o obreiro Sílvio Galiza. Ele pegou 23 anos de prisão. Essa pena foi reduzida depois para 18 e agora está em 15 anos, dos quais nove já cumpridos.
Para o Ministério Público (MP) o crime teve a participação do bispo Fernando Aparecido da Silva e do pastor Joel Miranda. A defesa alegou no STF, ao pedir o habeas corpus para os pastores, que as investigações foram conduzidas pelo MP e não pelas autoridades policiais. Em razão disso seriam consideradas sem valor. O Supremo levou em consideração que as investigações não tiveram início no Ministério Público, mas sim num inquérito policial. Negou o pedido da defesa, o que mantém o curso da ação penal contra os dois pastores.