Terça, 1 de março de 2011
Da Agência Pulsar Brasil
Cerca de 500 mulheres da Via Campesina
ocuparam o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra),
em Recife, na manhã desta segunda-feira (28) . A ação faz parte da
jornada de lutas em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
As
manifestantes reivindicaram reforma agrária e soberania alimentar.
Denunciaram a precária política agrária para os assentamentos, a
ausência de assistência técnica e de liberação de créditos para produção
de alimentos.
Um
dos pontos centrais da manifestação foi denunciar o avanço do
agronegócio e da utilização de agrotóxicos nos monocultivos e na
fruticultura irrigada.
As
trabalhadoras rurais de Pernambuco protestaram contra a "extrema
violência" do atual modelo de desenvolvimento para o campo, denunciando a
conivência dos governos federal e estadual.
Desde
2008, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Marluce
Melo, integrante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), destacou que, além
do campo, a cidade também deve lutar contra os agrotóxicos. Além de
contaminar o ar, a terra e as fontes de água, ela lembra que o destino
dos venenos é a mesa da população.
Este
ano, a jornada de luta das mulheres da Via Campesina em Pernambuco leva
o nome "Luiza Ferreira”, em homenagem à trabalhadora rural assassinada
pelo ex-marido. Ela foi morta no município de Aliança, norte do
estado, em março de 2010.
Mobilizações da Via Campesina vão acontecer em várias partes do país até o 8 de março, Dia Internacional da Mulher. (pulsar)